Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) buscam aperfeiçoar a válvula aórtica de Wheatley, um dispositivo que poderá ajudar a vida de milhões de pessoas afetadas pela estenose aórtica, um estreitamento da abertura da válvula aórtica que bloqueia o fluxo de sangue do ventrículo esquerdo para a aorta.
A estenose aórtica é comum entre idosos e, em quadros graves, a única alternativa viável para garantir uma melhoria na qualidade de vida do paciente é um transplante da válvula natural disfuncional por uma artificial.
Os estudos já renderam o Prêmio Pós-Doc USP deste ano, na área de ciências exatas e da terra, para o professor da Unicamp Hugo Luiz Oliveira, participante do grupo de pesquisadores.
O aprimoramento da válvula aórtica de Wheatley é importante porque ela deverá dispensar o uso de medicamentos anticoagulantes na fase pós-operatória, como ocorre com outras válvulas poliméricas.
Os anticoagulantes são utilizados para “afinar” o sangue, ou seja, impedem a formação de coágulos e facilitam a circulação sanguínea. Esse tipo de tratamento medicamentoso requer extremo cuidado e atenção do paciente principalmente quando acontecem sangramentos que podem levar a outras complicações.
A pesquisa, desenvolvida no âmbito do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), consiste na modelagem computacional do dispositivo que substitui a válvula aórtica natural em pacientes com casos graves da doença. O CeMEAI é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) apoiado pela Fapesp e sediado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP), campus de São Carlos.
Leia matéria na íntegra publicada no site da Agência Fapesp.