Cuidados
para o bebê nascer bem
Um
subproduto. Essa era a imagem do feto para a Obstetrícia até meados
do século 20. Estudar o embrião, o pequeno corpo dentro da mãe
e o bebê formado, depois do parto, deixou de ser tabu após esse período
e representou o amadurecimento da medicina, segundo especialistas. Se fosse
feita uma cirurgia, era para salvar a mãe e não o feto. Investir
no feto ficou mais aceitável a partir do momento em que a Obstetrícia
conseguiu resolver problemas de infecção cirúrgica, de melhorar
a capacidade de anestesia e de reduzir o número de mortes maternas,
lembra Ricardo Barini, especialista em Medicina Fetal.
A preocupação
se limitava em saber se o feto possuía as condições necessárias
para nascer bem, sem seqüelas por falta de oxigenação, e em
evitar que o pequeno corpo morresse dentro do útero. Isso já
era um avanço, recorda Barini.
Da
preocupação exclusiva com a mãe à garantia do nascimento
seguro, a Obstetrícia mostrou nítidos sinais de inovação.
Mas o grande salto do setor foi quando os especialistas passaram a estudar os
defeitos do feto. Era possível pensar em tratar aqueles que adquirissem
uma doença transmitida dentro do útero ou, tendo certeza de que
aquela infecção era devastadora, dava para discutir com a mãe
a possibilidade de interromper a gravidez, detalha Barini.
Prevenção