Documentos
sobre a AP são doados à Unicamp
O
professor e jornalista Duarte Pacheco Pereira, que durante
as décadas 60 e 70 militou no movimento Ação
Popular organização brasileira de esquerda
vai doar todo o seu arquivo pessoal à Unicamp.
A cerimonia de assinatura será no gabinete do reitor
Hermano Tavares, no próximo dia 24 (terça-feira),
às 10 horas. À tarde, às 16 horas, no
auditório do IFCH, Duarte dará palestra sobre
A Ação Popular (AP) na História da Esquerda
Brasileira. No mesmo dia, o jornalista deve gravar depoimento
para o acervo da Universidade.
O
Ação Popular foi um movimento revolucionário
criado no início da década de 60, pelo sociólogo
mineiro Herbert de Souza, o Betinho. Ligado à Juventude
Universitária Católica, o AP lutava pela implantação
do socialismo no Brasil. Duarte foi um dos dirigentes da organização
entre 1965 e 1973. Advogado, professor e jornalista, ingressou
no AP em 1962 e, um ano depois, assumia a função
de vice-presidente da UNE.
A
documentação que Duarte vai doar à Unicamp
reúne os papéis oficiais do AP, além
de outros documentos do movimento estudantil, do PC do B,
de partidos e organizações de esquerda, que
o jornalista reuniu durante a sua militância política.
Duarte é autor de vários artigos e dos livros
O estudante e a revolução brasileira (União
dos Estudantes da Bahia), Mulher presença (Vozes),
Ensaios Populares (editados pelo Jornal Movimento), ABC do
entreguismo: o capital estrangeiro no Brasil (Vozes), e China:
cinqüenta anos de República Popular (Anita Garibaldi).
Duarte escreveu ainda inúmeros artigos, publicados
pelos mais diversos órgãos de imprensa brasileiros.
Além
do reitor da Unicamp, professor Hermano Tavares, a assinatura
dos termos de doação do acervo de Duarte Pereira,
terá a presença do vice-reitor, Fernando Galembeck,
do pró-reitor de Pesquisa, Ivan Chambouleyron, do pró-reitor
de Extensão e Assuntos Comunitários, Roberto
Teixeira Mendes, do chefe do Gabinete, Rui Albuquerque, do
diretor do IFCH, Rubem Murilo Leão Rego, do professor
do Departamento de História e diretor do Arquivo Edgard
Leuenroth, Sidney Chalhoub, do professor do Departamento de
Ciência Política do IFCH e diretor do Centro
de Estudos Marxistas, Armando Boito Júnior, e Silvia
Rosana Modena Martini, socióloga e arquivista do AEL.