O médico
Ademar Yamanaka, professor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM)
da Unicamp, recebeu, recentemente, uma comenda da Universidade de Chiba, Japão:
o 2001 International Prize, pelas contribuições acadêmicas
à Associação Médica Brasil-Japão na área
de diagnóstico por imagem em gastroenterologia e serviços prestados
à contrapartida japonesa. A
comenda foi oferecida a Ademar pelo Conselho dos Professores Titulares
Inohana Do So Kai da Faculdade de Medicina da Universidade de Chiba. Na
solenidade, o Conselho ressaltou a importância do pesquisador na divulgação
dos conhecimentos adquiridos no Japão e transferidos para os hospitais
do HC da Unicamp, Mário Gatti e Celso Pierro de
Campinas, este dois últimos mais no segmento de ultra-som. De
acordo com Ademar, sua relação com o Japão, além dos
laços de ascendência, foi mais intensa a partir de 1987. Ele fez
alguns contatos com a Missão Japan International Cooperation Agency (Jica)
para ampliar os estudos em sua área de atuação, quando era
ainda estagiário (1983-1986). O
projeto inicial foi solicitado pelo professor José Carlos Parejas, no valor
de US$ 10 mil, para a aquisição de endoscópios. Após
a contratação de Ademar pela Unicamp, e com o apoio do reitor na
época Paulo Renato Costa Souza a Universidade teria que construir
um prédio para abrigar um Centro de Treinamento na Área de Aparelho
Digestivo e fornecer infra-estrutura para o seu funcionamento. Daí nasceu
o Centro de Diagnóstico de Doenças do Aparelho Digestivo
Gastrocentro, em 1990, seguindo os padrões da Escola Japonesa. O
professor Paulo Renato se interessou pela implementação do Centro
e indicou Ademar para intermediar um acordo com o Governo, através do Itamaraty,
conseguindo, de concreto, aumentar o valor, o apoio e a abrangência do projeto
para US$ 3,5 milhões. Desde
então, a Missão Jica enviou ao Brasil cerca de 100 colaboradores,
que permaneceram no País por período mínimo de três
meses, investindo aqui mais US$ 5 milhões. Mais de 30 médicos e
professores foram enviados ao Japão para treinamento. O projeto cresceu
e, hoje, o Gastrocentro é centro de referência internacional reconhecido
pela Jica, recebendo há três anos médicos de países
da América Latina, África e de língua portuguesa, afirma
Ademar.
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Especialista em medicina nuclear organiza e
ministra curso em encontro internacional
O
professor titular de Radiologia Medicina Nuclear, Edwaldo Eduardo Camargo,
da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, foi especialmente convidado
pela Society of Nuclear Medicine órgão de maior destaque
na área para montar o curso designado Medicina Nuclear Ortopédica:
da Pélvis ao Pé no 48th Annual Meeting of the Society of Nuclear
Medicine, realizado neste ano em Toronto, no Canadá. O
curso, totalmente ministrado em inglês, foi preparado e apresentado pelo
professor Edwaldo, no último dia 24 de junho, no Metro Toronto Convention
Centre, com a colaboração dos professores Elba Etchebehere e Allan
Santos, ambos também da Unicamp, e da professora Isabel Roca, do Hospital
Val dHebron, de Barcelona, Espanha. Edwaldo
conta que esta é a primeira vez em sua especialidade que um brasileiro
recebe um convite para organizar e apresentar um curso completo de educação
continuada da Sociedade de Medicina Nuclear. Este curso, com duração
de quase duas horas, foi dirigido a uma atenta platéia de especialistas
do mundo inteiro. Tivemos a oportunidade de mostrar que a Unicamp é
um importante centro de ensino e pesquisa nesta área, diz. Segundo
Edwaldo, a medicina nuclear é um ramo que está em franca expansão
na medicina atual. Ela se presta a fornecer o diagnóstico de patologias
praticamente do organismo inteiro, como as doenças do cérebro, endócrinas,
do coração, pulmões, rins, fígado e ósseas,
etc. Ela estuda ainda cânceres de um modo geral e focos ocultos de infecção.
A medicina nuclear não é uma ciência nova. Existe há
aproximadamente 60 anos e, no Brasil, teve início na década de 50.
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