Quem faz o cinema
nacional hoje e o olhar dessas pessoas sobre a sétima arte no Cone Sul
são os principais motivos que levaram uma equipe de produtores do Centro
de Comunicação (CCO) da Universidade a acompanhar, de perto, a realização
da 29a edição do Festival Latino-Americano de Cinema de Gramado.
O evento acontece de 6 a 11 deste mês no Rio Grande do Sul, considerado
um importante pólo cinematográfico brasileiro. A viagem coincide
com um momento relevante das produções nacionais, em que se percebe
avanços concretos como durante a fase áurea do cinema, algumas décadas
atrás. Todo
material captado em 13 dias de viagem será exibido no programa Camarins,
que o CCO (www.unicamp.br/cco) produz
e veicula no Canal Universitário, dentro da programação da
Unicamp no canal 10 da NET. Em sua terceira fase, revela os camarins das artes
e da cultura brasileira, em bate-papos informais com artistas e realizadores do
teatro, cinema, dança e música, entre outras expressões.
O material
produzido em Gramado não pretende ter apenas caráter informativo,
uma vez que pode servir como complemento didático aos alunos, pesquisadores
e demais interessados em artes. Com direção de Francisco De Paolis
e apresentação de Armando Neto, as gravações contam
ainda com o suporte técnico e de produção de Diego Caroca
Riquelme, Marcos Ribeiro dos Santos, João Ricardo Luiz e Américo
Garcia Filho. O
roteiro Os seis integrantes da equipe levam na bagagem equipamentos
profissionais de áudio e vídeo de captação digital
e Beta, para serem usados num roteiro que tem uma avant première na capital
gaúcha, onde trabalham os principais nomes das produções
para cinema e televisão Jorge Furtado (diretor e roteirista de produções
especiais para TV) e Ana Luiza Azevedo (diretora e roteirista, se destaca também
por seu trabalho com médias e curtas metragens). A pauta da equipe tem
ainda espaço reservado para relatos de Carlos Gerbasi e Giba Assis Brasil,
bem como para as produtoras Luciana Tomasi e Nora Goulart que assinam, entre outras,
a produção do longa Tolerância (2000). As
gravações em Porto Alegre incluem imagens em pontos culturais e
turísticos Praças da Matriz e da Alfândega, pôr-do-sol
no Gasômetro e o Morro de Santa Tereza, todos cartões postais da
cidade. As cenas serão editadas em chamadas inseridas no meio da programação
do canal 10, convidando os telespectadores a assistir o programa. Em
Gramado, considerada a capital do cinema latino-americano durante o evento, a
equipe do CCO acompanha exibições de diversas mostras (competitiva
de longas-metragens, paralela e super-8), círculos de discussões
e as feiras de equipamentos e de novas tecnologias de transmissão em TV.
Saiba mais sobre o evento em www.terra.com.br/festcinegramado.
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Trocoloco é classificado em festival de Sorocaba
O
Grupo de Dança Trocoloco, formado pelas bailarinas Ana Carolina Mundin,
Patrícia Spadaccia e Silvana Passos, alunas de Artes Corporais do IA/Unicamp,
acaba de ser classificado em terceiro lugar no V Festival Nacional Curta Dança
de Sorocaba com o espetáculo Três Céus e Infernos. E não
é só: como conseqüência, o espetáculo abriu-lhe
as portas também para ser mostrado nos palcos do Sesi (Centro Cultural
Fiesp), em São Paulo, no próximo dia 20 (segunda-feira), às
19 horas, com entrada franca. Para
Ana Carolina, diretora do espetáculo, por várias razões
foi muito bom poder participar do festival de Sorocaba. Sobretudo porque é
considerado um dos mais importantes festivais que visam o desenvolvimento da dança
no País. Além disso, é um dos raros locais onde as apresentações
possibilitam debates que incentivem a discussão e a reflexão das
produções em dança que ocorrem no interior do Estado,
observa a bailarina. Ela
ressalta que a participação do Trocoloco nesse festival foi de
extrema importância pela empatia que obtivemos do público, pelas
críticas recebidas, quanto do corpo de jurados, o que colabora para o desenvolvimento
do nosso espetáculo. Este é o segundo ano consecutivo que
o grupo consegue a terceira colocação. Receber esse prêmio
e os aplausos do público significa o reconhecimento de um trabalho
sério de pesquisa, que estamos desenvolvendo com o grupo há quatro
anos. Carolina
diz ainda que o aprendizado adquirido na Unicamp teve papel determinante para
a criação do grupo e às investigações que as
bailarinas realizaram. Três Céus e Infernos, segundo diz, surgiu
da necessidade de investigar as vertentes religiosas e expressar, através
da dança, a espiritualidade presente na população brasileira.
A partir de pesquisas de campo em cultos religiosos foi selecionado apenas um
culto para que, através de um universo particular específico, poderiam
ser levantados questionamentos e reflexões sobre a questão da religiosidade
no mundo contemporâneo. Com isso, pudemos colher sensações,
impressões e constatações que, somados ao estudo bibliográfico
nos ofereceram subsídios para discussões, diz a diretora do
espetáculo. O
Trocoloco é formado pelas bailarinas Ana Carolina da Rocha Mundim (que
também cuida da direção), Patrícia Spadaccia e Silvana
Passos, e a coreografia de Letícia Orfali e do próprio grupo.
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