Adversários
fortes e times equilibrados foi o que a equipe brasileira juvenil de voleibol
feminino, comandada pelo aluno de Mestrado da Faculdade de Educação
Física (FEF) da Unicamp, Antonio Rizola, encontrou quando desembarcou em
setembro último na República Domenicana. Gigantes na altura, a equipe
de Cuba era a mais assustadora das competidoras: altura na média de 3,16
metros das jogadoras do ataque e 3,3 metros no bloqueio. As brasileiras a média
é de 2,98 metros no ataque e 2,83 no bloqueio. Mas como nas Escrituras
Sagradas o profeta Davi surpreendeu o gigante Golias, no Mundial de Voleibol não
foi diferente. O Brasil é tricampeão na categoria único
time no mundo com esta marca. Afinal, qual o segredo do sucesso? Rizola confessa
que neste aspecto o conhecimento científico adquirido na Faculdade de Educação
Física ajudaram e muito a classificação. Ele desenvolve projeto
de pesquisa na área de treinamento esportivo e discorre justamente sobre
preparação física associada à preparação
técnica, orientado pelo professor Paulo Roberto de Oliveira. Pelo destaque
em sua área de atuação, o técnico foi homenageado
pela FEF no último dia 4 de outubro. Ele recebeu das mãos de outro
campeão, também aluno de pós-graduação, Nelson
Prudêncio medalhista olímpico de salto triplo, uma placa de
reconhecimento no esporte. Rizola
se sentiu emocionado ao receber a homenagem. É uma situação
ímpar obter este tipo de reconhecimento da academia, destacou. O
diretor da FEF, professor Pedro José Wintterstein, salientou a importância
da solenidade, na medida em que é importante para a Universidade manter
em seu quadro profissionais da competência do treinador, demonstrados dentro
e fora da Unicamp. Trata-se de um fato significativo, pois ele tem conseguido
através do conhecimento científico melhorar a prática.
As
vitórias A seleção brasileira teve um desempenho
excepcional durante os nove dias de competições (de 1o a 9 de setembro).
Foram seis vitórias consecutivas contra times de tradição
já consolidada como Estados Unidos (resultado 3x0), China (3x2), Córeia
(3x0), Alemanha (3x0), República Tcheca (3x0) e Argentina (3x0). Apenas
perderam para a Itália, por três sets a dois, em um jogo que não
havia relação com a classificação final. Rizola
atribuiu a vitória a três fatores trabalhados com maior ênfase
durante os treinos. Um redirecionamento das ações que vinham
sendo feitas, explica. Em primeiro lugar a preparação física.
A seleção brasileira já é conhecida pela técnica
criativa que desenvolve nas quadras, diz. Isto já é consolidado
na equipe brasileira, explica, o que tentamos foi inovar, privilegiando a parte
física. Com as alterações das regras do jogo de voleibol,
Rizola lembra que hoje o essencial é possuir uma força explosiva
e velocidade. Antes era necessário desenvolver outros elementos para
que as jogadoras pudessem suportar quatro longas horas de jogo. Hoje em dia, a
partida dura em média duas horas. Outra
atenção especial foi dedicada à parte psicológica.
Buscou-se um equilíbrio e uma integração entre as jogadoras.
Um dos aspectos interessantes na organização da equipe foi a seleção
das 25 melhores jogadoras que, surpreendentemente, estavam representando 11 estados
brasileiros. Em geral, as equipes sempre eram compostas por talentos de
São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro e raras as vezes uma jogadora
do Sul era escolhida. Ao
final de cada jogo, Rizola lembra que não fazia comentários com
as jogadoras sobre o desempenho na quadra, mesmo quando vinha a vitória.
Depois das celebrações, ele passava um questionário em que
as jogadoras deveriam realizar uma avaliação da partida. Isto
dava à elas a possibilidade de discutir e propor soluções
para os problemas. Esta atitude, segundo Rizola é incomum, pois normalmente
a comissão técnica define o plano de jogo. Colocar a partida em
discussão, acabou por trazer maior conhecimento tático das jogadoras
que foram evoluindo a cada partida. Trajetória
Formado em Educação Física pela Puc-Campinas,
Antonio Rizola iniciou no voleibol em 1978 no time do Guarani. Entrou para a seleção
brasileira de volei feminino em 1989, para ser campeão, no Peru, como assistente
técnico do treinador Wadson de Lima. Antes desta classificação,
a seleção brasileira também havia sido campeã em 1987,
na Coréia, com o técnico Marco Aurélio Mota. Este ano, a
equipe resgatou o título para o Brasil, tornando-se o único país
a possuir a marca de tricampeão. |
Pedagoga
chega na frente da Corrida Integração Com
um tempo de 46 minutos e 52 segundos, a fundista Nadir Aparecida Gomes Camacho,
pedagoga e funcionária da Faculdade de Educação (FE), conquistou
o 1º lugar na categoria mais de 40 na 18ª Corrida Integração
da EPTV, promovida pela TV Campinas, realizada no domingo passado, dia 39. Disputando
com 4400 corredores, ficou (nem todos atletas) Nadir diz que já
sabia que teria uma boa colocação. Fiz um ótimo tempo,
ainda que sob um calor intenso, relembra a atleta, salientando que em
minha vida já cheguei a fazer os dez quilômetros num tempo recorde
de 37 minutos. Na
corrida de Domingo, com um percurso de dez quilômetros, o que dificultou
o seu desempenho foi o congestionamento que ocorreu no momento da largada. Só
aí perdi uns dois minutos, pois tive que sair de vagar para não
cair e não atropelar outros corredores ao meu redor, diz a atleta.
No entanto, lembra que, em seguida, se impôs um único ritmo que o
manteve até o fim da prova.
Nadir
conta que está se preparando como louca para que obtenha bons
resultados também nas próximas provas. Entre elas, a de Holambra,
no próximo dia 28, e a da cidade de São Carlos, no dia 24 de outubro.
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