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..............Campinas, 08 a 14de Outubro 2001

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...Emfermagem - pág.. 4...Mostra - pág. 11
...Painel da semana- pág. 5...Personagem - pág. 12
...Em dia- pág. 6...Atlestismo - pág. 10
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....PERSONAGEM
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Técnico tri campeão de vôlei é da FEF

Adversários fortes e times equilibrados foi o que a equipe brasileira juvenil de voleibol feminino, comandada pelo aluno de Mestrado da Faculdade de Educação Física (FEF) da Unicamp, Antonio Rizola, encontrou quando desembarcou em setembro último na República Domenicana. Gigantes na altura, a equipe de Cuba era a mais assustadora das competidoras: altura na média de 3,16 metros das jogadoras do ataque e 3,3 metros no bloqueio. As brasileiras a média é de 2,98 metros no ataque e 2,83 no bloqueio. Mas como nas Escrituras Sagradas o profeta Davi surpreendeu o gigante Golias, no Mundial de Voleibol não foi diferente. O Brasil é tricampeão na categoria – único time no mundo com esta marca.
Afinal, qual o segredo do sucesso? Rizola confessa que neste aspecto o conhecimento científico adquirido na Faculdade de Educação Física ajudaram e muito a classificação. Ele desenvolve projeto de pesquisa na área de treinamento esportivo e discorre justamente sobre preparação física associada à preparação técnica, orientado pelo professor Paulo Roberto de Oliveira. Pelo destaque em sua área de atuação, o técnico foi homenageado pela FEF no último dia 4 de outubro. Ele recebeu das mãos de outro campeão, também aluno de pós-graduação, Nelson Prudêncio – medalhista olímpico de salto triplo, uma placa de reconhecimento no esporte.

Rizola se sentiu emocionado ao receber a homenagem. “É uma situação ímpar obter este tipo de reconhecimento da academia”, destacou. O diretor da FEF, professor Pedro José Wintterstein, salientou a importância da solenidade, na medida em que é importante para a Universidade manter em seu quadro profissionais da competência do treinador, demonstrados dentro e fora da Unicamp. “Trata-se de um fato significativo, pois ele tem conseguido através do conhecimento científico melhorar a prática”.

As vitórias – A seleção brasileira teve um desempenho excepcional durante os nove dias de competições (de 1o a 9 de setembro). Foram seis vitórias consecutivas contra times de tradição já consolidada como Estados Unidos (resultado 3x0), China (3x2), Córeia (3x0), Alemanha (3x0), República Tcheca (3x0) e Argentina (3x0). Apenas perderam para a Itália, por três sets a dois, em um jogo que não havia relação com a classificação final.

Rizola atribuiu a vitória a três fatores trabalhados com maior ênfase durante os treinos. “Um redirecionamento das ações que vinham sendo feitas”, explica. Em primeiro lugar a preparação física. “A seleção brasileira já é conhecida pela técnica criativa que desenvolve nas quadras”, diz. Isto já é consolidado na equipe brasileira, explica, o que tentamos foi inovar, privilegiando a parte física. Com as alterações das regras do jogo de voleibol, Rizola lembra que hoje o essencial é possuir uma força explosiva e velocidade. “Antes era necessário desenvolver outros elementos para que as jogadoras pudessem suportar quatro longas horas de jogo. Hoje em dia, a partida dura em média duas horas”.

Outra atenção especial foi dedicada à parte psicológica. Buscou-se um equilíbrio e uma integração entre as jogadoras. Um dos aspectos interessantes na organização da equipe foi a seleção das 25 melhores jogadoras que, surpreendentemente, estavam representando 11 estados brasileiros. “Em geral, as equipes sempre eram compostas por talentos de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro e raras as vezes uma jogadora do Sul era escolhida”.

Ao final de cada jogo, Rizola lembra que não fazia comentários com as jogadoras sobre o desempenho na quadra, mesmo quando vinha a vitória. Depois das celebrações, ele passava um questionário em que as jogadoras deveriam realizar uma avaliação da partida. “Isto dava à elas a possibilidade de discutir e propor soluções para os problemas”. Esta atitude, segundo Rizola é incomum, pois normalmente a comissão técnica define o plano de jogo. Colocar a partida em discussão, acabou por trazer maior conhecimento tático das jogadoras que foram evoluindo a cada partida.

Trajetória – Formado em Educação Física pela Puc-Campinas, Antonio Rizola iniciou no voleibol em 1978 no time do Guarani. Entrou para a seleção brasileira de volei feminino em 1989, para ser campeão, no Peru, como assistente técnico do treinador Wadson de Lima. Antes desta classificação, a seleção brasileira também havia sido campeã em 1987, na Coréia, com o técnico Marco Aurélio Mota. Este ano, a equipe resgatou o título para o Brasil, tornando-se o único país a possuir a marca de tricampeão.

 

...ATLETISMO

 

Pedagoga chega na frente da Corrida Integração

Com um tempo de 46 minutos e 52 segundos, a fundista Nadir Aparecida Gomes Camacho, pedagoga e funcionária da Faculdade de Educação (FE), conquistou o 1º lugar na categoria mais de 40 na 18ª Corrida Integração da EPTV, promovida pela TV Campinas, realizada no domingo passado, dia 39. Disputando com 4400 corredores, ficou (“nem todos atletas”) Nadir diz que já sabia que teria uma boa colocação. “Fiz um ótimo tempo, ainda que sob um calor intenso”, relembra a atleta, salientando que “em minha vida já cheguei a fazer os dez quilômetros num tempo recorde de 37 minutos”.


Na corrida de Domingo, com um percurso de dez quilômetros, o que dificultou o seu desempenho foi o congestionamento que ocorreu no momento da largada. “Só aí perdi uns dois minutos, pois tive que sair de vagar para não cair e não atropelar outros corredores ao meu redor”, diz a atleta. No entanto, lembra que, em seguida, se impôs um único ritmo que o manteve até o fim da prova.

Nadir conta que está se “preparando como louca” para que obtenha bons resultados também nas próximas provas. Entre elas, a de Holambra, no próximo dia 28, e a da cidade de São Carlos, no dia 24 de outubro.

 

 
 
 

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