Pedro
Felício
conquista prêmio
Antonio
Roberto Fava
O
professor Pedro Eduardo de Felício, da Faculdade de Engenharia
de Alimentos
(FEA) acaba de conquistar o Prêmio de Automação
Industrial da EAL Brasil (Associação Brasileira
de Automação), pela primeira vez concedido ao
setor de carne, área em que o pesquisador da Unicamp
é especialista.
O trabalho desenvolvido pelo professor Felício refere-se
à padronização internacional e rastreabilidade,
um sistema padrão através de códigos
de barras que permite o gerenciamento eficiente de cadeias
de suprimentos por meio da identificação de produtos,
de forma a reduzir custos adicionando valor para produtos e
serviços.
O
professor Felício explica que essa é também
a primeira vez que unidade de pesquisa da Unicamp é agraciada
com tal prêmio. Foi uma honra poder recebê-lo
em nome da Faculdade de Engenharia de Alimentos. É um
estímulo para que possamos fazer ainda mais pelo desenvolvimento
tecnológico do setor da carne, diz.
De
acordo com Felício, o Brasil tem o maior rebanho comercial
do mundo, hoje calculado em aproximadamente 2 milhões
de cabeças. O Brasil é, ainda, o 3° maior
exportador de carne bovina do mundo, com um faturamento de mais
de l,l00 bilhão de dólares em exportação
por ano. E mais: o país responde ainda pela exportação
de couro e calçados avaliada em cerca de 2,5 bilhões
de dólares.
O
professor avalia ainda que, nas exportações, há
uma necessidade premente de implementar um bom sistema de rastreabilidade
da carne não só para atender às exigências
dos importadores europeus, mas também para criar um diferencial
positivo para a carne brasileira. Para tanto, o Brasil
precisa de imediato implantar um sistema nacional de identificação
e registro animal. O que já está sendo providenciado
por órgãos do governo e entidades representativas
do setor, às quais o professor presta todo tipo de assistência
técnica.
Por
outro lado, a importância da automação está
intimamente relacionada à rastreabilidade da carne e
seus derivados. Sem a utilização do código
de barras seria praticamente impossível a implantação
desse sistema que visa a garantir a qualidade e a segurança
em toda a cadeia de suprimentos do produto. Nesse particular,
a automação traz importantes benefícios
para que só cheguem ao consumidor brasileiro produtos
confiáveis e, no caso de uma crise alimentar, sejam tomadas
medidas rápidas e efetivas.
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Equipe
de ginástica
olímpica estréia em torneio
Pela
primeira vez a Unicamp participa de um torneio universitário
de ginástica olímpica. Ainda que com pouco tempo
para treinar principalmente nestes tempos de provas de
fim de ano os oitos alunos que participaram do Torneio
Universitário Brasileiro de Ginástica Olímpica,
no começo deste mês, na Faculdade de Educação
Física e Esportes da USP, conseguiram boas classificações.
Sob
a orientação do professor Júlio Gavião,
da Faculdade de Educação Física (FEF/Unicamp),
Rafaela Rodrigues, aluna da FEF, classificou-se em segundo lugar
nas modalidades solo, salto, paralela assimétrica e trave
de equilíbrio. Pela equipe masculina, Heber Teixeira
ficou com a sexta posição no solo, salto, paralela
simétrica, barra fixa, cavalo e argola. Na equipe feminina,
foram classificadas ainda Andréia Desidério (FEF),
Elaine Cristina Guerreiro (FEF); Mariana Cabral Medina (Geociências);
Márcia Togani (FEF), Marina Toledo Dini (Engenharia Agrícola);
e Patrícia Towoko Tsuga (Estatística), que disputaram
nas modalidades salto sobre cavalo, paralelas assimétricas,
solo e trave de equilíbrio.
Rafaela
explica que os resultados poderiam ser melhores se tivéssemos
um pouco mais de tempo para treinar. Só começamos
os treinos pouco mais de uma semana antes do torneio. Apesar
disso, considero os resultados obtidos muito bons. Enquanto
isso, o negócio das atletas é treinar bastante,
pelo menos duas vezes por dia, de segunda a sábado, conta.
(A.R.F.)
Estudante da Unicamp se destaca em congresso
O
estudante de pós-graduação Luís
Augusto Perles conquistou o prêmio de melhor trabalho
apresentado durante o VI Congresso Brasileiro de Física
Médica, realizado recentemente no Rio de Janeiro. Com
a orientação da professora Carola Chinellato (IFGW)
e de José Renato Oliveira Rocha (CEB), o trabalho que
conferiu o prêmio ao estudante denomina-se Otimização
de um algoritmo para o cálculo 3D da distribuição
da dose de radiação em meios heterogêneos
para o uso no planejamento em radioterapia.
O
trabalho de Perles que concorreu com mais de 80 inscritos
consiste na otimização de um modelo matemático
e sua implementação computacional para realizar
os cálculos de distribuição em três
dimensões de dados de radiação no ser humano
em tratamento. A radioterapia é um dos procedimentos
usados no combate ao câncer.
Para
que a radioterapia seja aplicada com sucesso é necessário,
antes, realizar um detalhado planejamento. A radiação
tanto pode afetar as células sadias quanto as tumorais.
O nosso objetivo então é concentrar a dose no
tecido tumoral, revela Perles. Mas isso nem sempre é
possível e é justamente nesse momento em que entra
o seu trabalho.
Os
cálculos feitos por Luís Perles comprovam que
o modelo desenvolvido apresenta resultados bastante positivos
em laboratório. Temos boas indicações
que poderão ser usados também em seres humanos,
pacientes em processo de tratamento, numa primeira fase, no
Hospital das Clínicas da Unicamp e no Caism, diz
o estudante-pesquisador.
Durante
os testes, o pesquisador também observou que programas
que se encontram hoje no mercado destinados ao planejamento
da radioterapia apresentam cálculos incorretos, como
por exemplo, na irradiação do tecido pulmonar.
Ele adianta que o programa que acaba de desenvolver pode muito
bem substituir produto similar importado, muito mais caro, custando
hoje 70 mil dólares, em média. Há ainda
uma outra questão: o programa exige computadores, que
também custam muito caro, em média 30 mil dólares.
Mas o estudante tem uma alternativa: Podemos fazê-lo
rodar num simples PC com sistema operacional livre de código
aberto, como o Linux, que é gratuito, ressalta
Perles. (A.R.F.)
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