|
|
|
Amor,
o melhor presente do Natal
Maria
Alice Cruz
O
Um desenho produzido pelo estudante Alex Moraes
Gomes, de 12 anos, deve compor o cartão de natal da Diretoria
Geral de Administração (DEA). Alex foi o vencedor
em sua categoria do Concurso de Desenho e pintura do natal 2001.
O tema do concurso era Qual o melhor presente neste natal?.
A arte do garoto respondeu: Amor.
A
escolha pelo desenho de Alex, bem como pelo de Letícia
Maria Del Tio, primeira colocada na categoria de 6 a 8 anos,
foi feita pelos artistas-plásticos Edmar Francisco de
Souza e Denise Pena, convocados para monitorar a oficina realizada
durante todo o dia 23 de novembro com filhos e parentes de funcionários
da Diretoria Geral de Administração. A decisão
pelo cartão foi do técnico administrativo Rubens
Gonzaga de Campos Leite por proporcionar melhor definição
depois de impresso.
O
concurso de desenho de natal é realizado por profissionais
da DGA há quatro anos. Durante a oficina, as crianças
recebem noções de pintura e ficam à vontade
para exprimir suas idéias relacionadas ao tema proposto.
A seleção é feita ao final da oficina pelos
monitores, e um dos desenhos premiados (cada categoria tem um
ganhador) é escolhido para compor o cartão.
Segundo
Célia Regina, uma das organizadoras do evento, os prêmios
não são diferenciados, todos os selecionados
receberam um kit de pintura sofisticado.
Alex
pelos olhos da mãe, Lucinéia Moraes Feijó,
lamenta não ter despertado para mais um talento do filho.
Segundo a mãe, o garoto tem predileção
por futebol. Apesar dos desenhos bonitos que sempre
fez na escola e das boas notas obtidas em educação
artística, muitas vezes superiores a conceitos de outras
disciplinas, o ex-estudante do Sistema Educativo da Unicamp
e da EEEF Sérgio Porto, jamais manifestou a vontade de
realizar um curso de desenho ou artes plásticas. Ano
passado, eles criaram um desenho para ser estampado na camiseta
no fim do ano. Ficou muito bonito.
Como
toda criança que toma gosto pela arte, Alex não
deixa de registrar sua habilidade artística na contracapa
do caderno escolar em momentos de dispersão. Ele
não é arteiro. Nunca reprovou. Mas é um
pouco disperso. Às vezes faz alguns desenhos para os
amigos. Os sinais são dados de uma forma quase implícita,
somente por gestos, pelo aluno da sexta-série da EEEFM
João Rodrigues Lourenço. Já a irmã
Priscila, vencedora em outros concursos de desenho, também
ex-estudante do Sistema Educativo da Unicamp, sempre expressa
sua vontade de realizar um curso de artesanato.
Alex não pode ver uma latinha no chão que
já sai chutando.
Sempre achei que ele seria jogador, a exemplo do pai, mas se
ele quiser fazer um curso de desenho, eu vou investir,
admite. Se assim for, o artista Alex Moraes Gomes já
tem a primeira arte para compor seu portifólio: o cartão
de natal da DGA.
------------------------------------
Nunca
é tarde
O
Há mais ou menos cinco anos, a fisioterapeuta Silvia
Magalhães levou sua filha de 13 anos para iniciar aulas
de pintura na Galeria Vera Ferro, em Campinas. A garota, porém,
não encontrou satisfação na atividade.
Mas com Silvia a história foi diferente. Descobri
que poderia me expressar através da pintura, diz.
Começava, ali, um estreito relacionamento com as artes.
A carreira de fisioterapeuta foi esquecida para sempre, mas
a de artista plástica tomou rumos inesperados. Participou
de várias exposições coletivas e já
teve a oportunidade de expor individualmente na Galeria. Também
esteve envolvida com as pinturas realizadas na Sala de Emergência
do Hospital Mário Gatti e do Centro Boldrini.
Agora, foi selecionada para expor no hall do Gabinete do Reitor.
É a primeira vez que sua arte é vista fora de
uma galeria. Silvia organizou 26 quadros, alguns em aquarelas
e outros pintados sobre o papel. Muitos foram produzidos no
início da carreira, cuja série ela denomina Na
Palma da Mão. São figuras humanas não
totalmente definidas, mas que garantem momentos de reflexão.
Sempre
que inicia uma nova tela a artista explica que o primeiro sentimento
é de emoção; uma sensação
que ela tenta transportar para o papel. Em suas obras, ela explora
os tons claros (pastel) em contraste com cores fortes, através
de gestos e movimentos e isto tem determinado sua decisão
de cada vez mais se dedicar à pintura. Em breve, ela
pretende exercer a atividade em tempo integral. Creio
que expor individualmente aqui na Unicamp me deu coragem para
alcançar novos horizontes, afirma. (R.C.S.)
|
|