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Ambulatório
de Reprodução
Humana é ampliado
Antonio
Roberto Fava
A
O s vinte mil pacientes que anualmente freqüentam o
Ambulatório de Reprodução Humana terão,
a partir do próximo dia 5, atendimento mais rápido,
mais eficiente e com mais conforto naquela unidade de saúde
da Unicamp. É que o prédio onde funciona a Unidade,
ligada ao Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências
Médicas (FCM) da Unicamp, passou por reforma, sendo ampliado
de 300 m2 para 420 m2.
Esses
120 m2 adicionais significam um aumento de 40% nas instalações,
que vão beneficiar não apenas pacientes, mas também
melhorar as condições de trabalho do servidor.
A reforma abrange desde troca de piso, pintura, salas especiais
e banheiros privativos, aquisição de móveis
novos, até uma reservada aos monitores de pesquisa, psicólogos
e uma repartição destinada ao almoxarifado. A
sala de espera, com capacidade para acomodar 30 mulheres, também
foi reformada e recebeu mobiliário novo, assim como a
sala para palestras e sala de estufa, para a esterilização
de instrumental.
A
ampliação da Unidade possibilitou a criação
de mais dois consultórios completos antes eram
seis com os mais modernos equipamentos, inclusive máquinas
para exames de ultra-sonografia que, mediante emissão
de ondas sonoras de alta freqüência, permitem a visualização
de órgãos internos do corpo. No andar térreo
está instalada a casa de repouso destinada a pacientes
que ficam em observação após passarem por
exames.
Segundo
o ginecologista Luís Bahamondes, chefe da Unidade de
Reprodução Humana, atualmente o setor está
desenvolvendo cerca de dez projetos de pesquisa voltados para
a área de reprodução humana. Como o contraceptivo
DIU liberador de Levonorgestrel, um dispositivo introduzido
no útero da mulher, assim como o uso de novas pílulas
anticoncepcionais. Bahamondes adianta ainda que o serviço
registra dez novas consultas por dia, o que demonstra uma procura
bastante satisfatória pelo serviço de saúde
proporcionado pela Universidade. Por outro lado, a Unidade realiza,
todas as terças-feiras, uma média de quatro vasectomias
por semana.
A
Unidade de Reprodução Humana, que funciona no
prédio da Cemicamp, atua hoje com um quadro de dezessete
servidores: três médicos, sete enfermeiros, dois
auxiliares, dois administrativos, um assistente social e dois
serviços gerais.
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FCM
promove curso de extensão
Às
E ncerram-se no próximo dia 15 de
fevereiro (sexta-feira) as inscrições para candidatos
interessados no curso de Especialização em Circulação
Extra-corpórea e Suporte de Vida Avançado, em
nível de extensão, ministrado pela disciplina
de Cirurgia Cardíaca, Departamento de Cirurgia e Faculdade
de Ciências Médicas (FCM/Unicamp). As inscrições
deverão ser feitas na secretaria da Extecamp, prédio
ao lado da reitoria da Universidade, campus de Barão
Geraldo.
O
curso, para o qual serão destinadas dez vagas, destina-se
basicamente a profissionais de nível superior na área
de ciências biológicas e da saúde. O objetivo
do curso é a formação de profissional especializado
em circulação extra-corpórea e suporte
de vida avançado. Os candidatos serão submetidos
a uma entrevista, dia 19 de fevereiro, às 9 horas, na
secretaria de Cirurgia Cardíaca, no prédio a esquerda
da saída F 2. Mais informações na Extecamp,
pelo telefone 3788.4646, 3788.4648, ou pelo fax 3788.4645. (A.R.F.)
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Estudo
avalia
anticoncepcional
De
alta eficácia e com efeitos no padrão menstrual,
está comprovado que o Sistema Liberador de Levonorgestrel
(SIU-LNg) um novo modelo de Dispositivo Intra-Uterino
(DIU) amplia as opções anticoncepcionais
no Brasil para mulheres que desejam usar algum tipo de DIU e
também para as que têm sangramento aumentado.
Essas
são algumas conclusões constantes na dissertação
de mestrado Aceitabilidade, desempenho clínico
e padrão de sangramento em mulheres usuárias do
sistema intra-uterino liberador de levonorgestrel, recentemente
apresentada à Faculdade de Ciências Médicas
(FCM) pela pesquisadora Maria Margarete Hidalgo.
As
primeiras experiências com DIUs liberadores foram empreendidas
na Escandinávia, em 1976. Produto final dessas pesquisas,
o SIU-LNg foi desenvolvido pelo Laboratório Leiras, na
Finlândia, passando a ser comercializado naquele país
em 1990 e, no Brasil, oficialmente em 2000.
Na Unicamp, local em que foi realizada a dissertação,
o SIU foi estudado a partir de pacientes atendidas no Ambulatório
de Planejamento Familiar do Centro de Atenção
Integral à Saúde da Mulher (Caism).
A
quantidade de hormônio que uma mulher recebe por dia (20mg
de levonorgestrel) é muito menor que a contida em uma
pílula. Por isso, os efeitos hormonais gerais são
menores, explica Margarete. Este hormônio atua dentro
do útero e diminui o sangramento menstrual, podendo o
fluxo cessar por vários meses, sem que isso, no entanto,
traga danos à paciente.
A
avaliação do SIU no estudo, de acordo com a pesquisadora,
foi encarada como mais uma opção adicional, num
regime de livre escolha, ao DIU com cobre em mulheres com sangramento
aumentado ou que queriam remover o DIU por essa razão.
Das
1.101 novas usuárias de métodos anticoncepcionais,
256 (23%) escolheram o SIU, em estudo que foi procedido em 1998.
Duzentas e seis o adotaram como anticoncepcional, entre outros
métodos (naturais, hormonais, DIUs e anticoncepção
cirúrgica), e 50 por apresentarem sangramento aumentado.
O
SIU apresentou alta eficácia em relação
a outras possibilidades de tratamento, similar inclusive à
ligadura tubária. Retirando o SIU, a mulher recupera
a fertilidade no mês seguinte. Mas, infelizmente, a Unicamp
ainda não o oferece por problemas de custo elevado para
a instituição, o que poderá mudar no futuro,
acredita Margarete. (I.G.)
Por
problemas de ordem técnica, a foto do professor Antonio
Celso Novaes Magalhães (ao lado), falecido em dezembro
de 2001, saiu trocada na edição de número
174 (7 a 20 de janeiro de 2002).
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