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..............Campinas, 21 de janeiro a 3 de fevereiro de 2002
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SERVIÇO

 

Ambulatório de Reprodução
Humana é ampliado

Antonio Roberto Fava

A O s vinte mil pacientes que anualmente freqüentam o
Ambulatório de Reprodução Humana terão, a partir do próximo dia 5, atendimento mais rápido, mais eficiente e com mais conforto naquela unidade de saúde da Unicamp. É que o prédio onde funciona a Unidade, ligada ao Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, passou por reforma, sendo ampliado de 300 m2 para 420 m2.

Esses 120 m2 adicionais significam um aumento de 40% nas instalações, que vão beneficiar não apenas pacientes, mas também melhorar as condições de trabalho do servidor. A reforma abrange desde troca de piso, pintura, salas especiais e banheiros privativos, aquisição de móveis novos, até uma reservada aos monitores de pesquisa, psicólogos e uma repartição destinada ao almoxarifado. A sala de espera, com capacidade para acomodar 30 mulheres, também foi reformada e recebeu mobiliário novo, assim como a sala para palestras e sala de estufa, para a esterilização de instrumental.

A ampliação da Unidade possibilitou a criação de mais dois consultórios completos — antes eram seis — com os mais modernos equipamentos, inclusive máquinas para exames de ultra-sonografia que, mediante emissão de ondas sonoras de alta freqüência, permitem a visualização de órgãos internos do corpo. No andar térreo está instalada a casa de repouso destinada a pacientes que ficam em observação após passarem por exames.

Segundo o ginecologista Luís Bahamondes, chefe da Unidade de Reprodução Humana, atualmente o setor está desenvolvendo cerca de dez projetos de pesquisa voltados para a área de reprodução humana. Como o contraceptivo DIU liberador de Levonorgestrel, um dispositivo introduzido no útero da mulher, assim como o uso de novas pílulas anticoncepcionais. Bahamondes adianta ainda que o serviço registra dez novas consultas por dia, o que demonstra uma procura bastante satisfatória pelo serviço de saúde proporcionado pela Universidade. Por outro lado, a Unidade realiza, todas as terças-feiras, uma média de quatro vasectomias por semana.

A Unidade de Reprodução Humana, que funciona no prédio da Cemicamp, atua hoje com um quadro de dezessete servidores: três médicos, sete enfermeiros, dois auxiliares, dois administrativos, um assistente social e dois serviços gerais.

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SAÚDE

FCM promove curso de extensão

Às E ncerram-se no próximo dia 15 de
fevereiro (sexta-feira) as inscrições para candidatos interessados no curso de Especialização em Circulação Extra-corpórea e Suporte de Vida Avançado, em nível de extensão, ministrado pela disciplina de Cirurgia Cardíaca, Departamento de Cirurgia e Faculdade de Ciências Médicas (FCM/Unicamp). As inscrições deverão ser feitas na secretaria da Extecamp, prédio ao lado da reitoria da Universidade, campus de Barão Geraldo.

O curso, para o qual serão destinadas dez vagas, destina-se basicamente a profissionais de nível superior na área de ciências biológicas e da saúde. O objetivo do curso é a formação de profissional especializado em circulação extra-corpórea e suporte de vida avançado. Os candidatos serão submetidos a uma entrevista, dia 19 de fevereiro, às 9 horas, na secretaria de Cirurgia Cardíaca, no prédio a esquerda da saída F 2. Mais informações na Extecamp, pelo telefone 3788.4646, 3788.4648, ou pelo fax 3788.4645. (A.R.F.)

 

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PESQUISA

Estudo avalia
anticoncepcional

De alta eficácia e com efeitos no padrão menstrual, está comprovado que o Sistema Liberador de Levonorgestrel (SIU-LNg) – um novo modelo de Dispositivo Intra-Uterino (DIU) – amplia as opções anticoncepcionais no Brasil para mulheres que desejam usar algum tipo de DIU e também para as que têm sangramento aumentado.

Essas são algumas conclusões constantes na dissertação de mestrado “Aceitabilidade, desempenho clínico e padrão de sangramento em mulheres usuárias do sistema intra-uterino liberador de levonorgestrel”, recentemente apresentada à Faculdade de Ciências Médicas (FCM) pela pesquisadora Maria Margarete Hidalgo.

As primeiras experiências com DIUs liberadores foram empreendidas na Escandinávia, em 1976. Produto final dessas pesquisas, o SIU-LNg foi desenvolvido pelo Laboratório Leiras, na Finlândia, passando a ser comercializado naquele país em 1990 e, no Brasil, oficialmente em 2000.
Na Unicamp, local em que foi realizada a dissertação, o SIU foi estudado a partir de pacientes atendidas no Ambulatório de Planejamento Familiar do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism).

A quantidade de hormônio que uma mulher recebe por dia (20mg de levonorgestrel) é muito menor que a contida em uma pílula. “Por isso, os efeitos hormonais gerais são menores”, explica Margarete. Este hormônio atua dentro do útero e diminui o sangramento menstrual, podendo o fluxo cessar por vários meses, sem que isso, no entanto, traga danos à paciente.

A avaliação do SIU no estudo, de acordo com a pesquisadora, foi encarada como mais uma opção adicional, num regime de livre escolha, ao DIU com cobre em mulheres com sangramento aumentado ou que queriam remover o DIU por essa razão.

Das 1.101 novas usuárias de métodos anticoncepcionais, 256 (23%) escolheram o SIU, em estudo que foi procedido em 1998. Duzentas e seis o adotaram como anticoncepcional, entre outros métodos (naturais, hormonais, DIUs e anticoncepção cirúrgica), e 50 por apresentarem sangramento aumentado.

O SIU apresentou alta eficácia em relação a outras possibilidades de tratamento, similar inclusive à ligadura tubária. “Retirando o SIU, a mulher recupera a fertilidade no mês seguinte. Mas, infelizmente, a Unicamp ainda não o oferece por problemas de custo elevado para a instituição, o que poderá mudar no futuro”, acredita Margarete. (I.G.)

 

ERRATA

Por problemas de ordem técnica, a foto do professor Antonio Celso Novaes Magalhães (ao lado), falecido em dezembro de 2001, saiu trocada na edição de número 174 (7 a 20 de janeiro de 2002).


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