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..............Campinas, 15 a 21 de abril de 2002

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CONSTRUÇÃO

 

FEQ ganha área de 2.000 m²

Raquel do Carmo Santos

Dois mil metros quadrados. Esta é a área expandida que a Faculdade de Engenharia Química (FEQ) acaba de ganhar. São amplas salas de aula equipadas com acessórios de multimídia, laboratórios de ponta para planta piloto e tecnologia limpa, anfiteatro com capaz de receber mais de cem pessoas, pavilhão de apoio ao Laboratório de Pesquisa Experimental e dependências para a Escola de Extensão.

De acordo com a diretora da FEQ, professora Maria Regina Wolf Maciel, as novas instalações contemplaram de uma só vez as atividades de ensino, pesquisa e extensão da Unidade. “Estamos crescendo e é necessário manter o patamar antes de avançar para outro degrau”, afirma. O montante de recursos utilizados para as novas construções, da ordem de R$ 500 mil, foram financiados pelo Programa de Infra-estrutura da Fapesp. À Unicamp coube a contrapartida da construção dos prédios, utilizando para isso os serviços do Estec.

Maria Regina conta que os projetos para expansão da área física começaram a ser desenhados em 1998, logo que assumiu a diretoria. “Completar a infra-estrutura do local era uma das metas defendidas, uma vez que tradicionalmente as direções da FEQ privilegiaram o crescimento não só qualitativo como também o quantitativo”. Estudos realizados por outros diretores estabelecem uma área mínima de 40 metros quadrados por docente RDIDP (dedicação exclusiva). Na FEQ, de um total de 50, somente dois professores não estão neste regime.
De 11 projetos apresentados naquele ano, apenas três não foram aprovados, por indicarem a instalação de hardwares que não estava contemplada no Programa. Um funcionário foi destacado exclusivamente para realizar as compras da obra. “Embora os recursos fossem suficientes para completar as instalações, tivemos inúmeros contratempos. Isto poderia inviabilizar a aquisição de material pelo preço estimado no projeto”, esclarece a diretora. As obras, tiveram início efetivamente em março de 2000.

Novas instalações – A grande novidade da área expandida da FEQ são os laboratórios de planta piloto e de tecnologia limpa. Até então, essas atividades, que envolvem um caráter multidisciplinar, não contavam com instalações para o desenvolvimento da prática. “Agora os alunos poderão visualizar desde processos químicos e petroquímicos até procedimentos na área de farmácia e biotecnologia, no contato direto com equipamentos profissionais”, destaca Maria Regina. O que permitirá, segundo a diretora, aumentar o potencial de pesquisa da Faculdade, estimulando as atividades nessas áreas de grande crescimento no país.

O pavilhão de apoio ao Laboratório de Pesquisa Experimental foi um dos departamentos que mais ganhou com a expansão. As atividades de torno, serralheria, marcenaria e outras funcionavam em um espaço reduzido de 160 m², próximas a laboratórios de pesquisa. Isso causava transtornos, como interferências em aparelhos de medição. “O barracão possui agora 800 m² e está localizado em uma área externa e apropriada”, diz. As áreas antigas serão aproveitadas para salas de estudos dos alunos de graduação e sede da Atlética e Centro Acadêmico. Os escritórios administrativos e salas de aula para a pós-graduação também ganham maior sofisticação. Anteriormente, principalmente as defesas de teses, precisavam ser improvisadas em salas de aulas e as instalações não chegavam a 80 m². O espaço mais que triplicou e possui 320 m².

Uma importante conquista, destaca Maria Regina, foi a construção de um anfiteatro próprio. “Sempre que promovíamos palestras, workshops e mesmo reuniões da congregação, precisávamos buscar um local fora da Faculdade”. Com a construção, os eventos organizados para o público local ficarão em área agradável e adequada.

 

INCENTIVO

 

Lei de Informática beneficia a região

Depois de uma fase difícil de desaceleração
dos investimentos em pesquisa, a renovação de incentivos até 2009, pela Lei de Informática, deve alterar este cenário. Uma das principais beneficiárias deve ser a Região Metropolitana de Campinas (RMC). Esta é a análise do presidente da Softex e relator da lei, deputado Julio Semeghini, que esteve proferindo palestra no último dia 8 de abril, no Núcleo Softex, instalado na Unicamp. O deputado acredita que o montante de recursos a serem investidos no Brasil deve chegar a R$ 500 milhões, sem incluir a Zona Franca de Manaus. “Com isso o mercado passa a ser competitivo”, declara.

Semeghini explica que, como a Lei de Informática não teve validade em 2001, as empresas pagavam a taxa de 15% de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Carga alta para empresas que acabavam importando peças e produtos com o mesmo tratamento dos produtos nacionais, o que não compensava a fabricação no Brasil. Agora, uma das maiores vantagens é ter empresas fabricando o produto no país, gerando mais empregos.

Outro ponto da Lei, que beneficia principalmente a universidades e institutos de pesquisa, é a obrigatoriedade de que 5% dos investimentos das empresas sejam em pesquisa e desenvolvimento. Isso estimula o potencial de pesquisa da região, aumentando ainda mais a importância da RMC, que possui um alto pólo tecnológico e abriga empresas de grande porte como Motorola, Compaq, Lucent e Nortel, entre outras.

O deputado também anunciou que o Programa Softex – ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia e quem como finalidade viabilizar parcerias entre as empresas de software e os núcleos responsáveis pelo trabalho de pesquisa em tecnologia – passa a ser classificado como prioritário. Esta premissa garante recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para implementar projetos estratégicos e parcerias com empresas. (RCS)