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FEQ
ganha área de 2.000 m²
Raquel
do Carmo Santos
Dois
mil metros quadrados. Esta é a área expandida
que a Faculdade de Engenharia Química (FEQ) acaba de
ganhar. São amplas salas de aula equipadas com acessórios
de multimídia, laboratórios de ponta para planta
piloto e tecnologia limpa, anfiteatro com capaz de receber mais
de cem pessoas, pavilhão de apoio ao Laboratório
de Pesquisa Experimental e dependências para a Escola
de Extensão.
De
acordo com a diretora da FEQ, professora Maria Regina Wolf Maciel,
as novas instalações contemplaram de uma só
vez as atividades de ensino, pesquisa e extensão da Unidade.
Estamos crescendo e é necessário manter
o patamar antes de avançar para outro degrau, afirma.
O montante de recursos utilizados para as novas construções,
da ordem de R$ 500 mil, foram financiados pelo Programa de Infra-estrutura
da Fapesp. À Unicamp coube a contrapartida da construção
dos prédios, utilizando para isso os serviços
do Estec.
Maria
Regina conta que os projetos para expansão da área
física começaram a ser desenhados em 1998, logo
que assumiu a diretoria. Completar a infra-estrutura do
local era uma das metas defendidas, uma vez que tradicionalmente
as direções da FEQ privilegiaram o crescimento
não só qualitativo como também o quantitativo.
Estudos realizados por outros diretores estabelecem uma área
mínima de 40 metros quadrados por docente RDIDP (dedicação
exclusiva). Na FEQ, de um total de 50, somente dois professores
não estão neste regime.
De 11 projetos apresentados naquele ano, apenas três não
foram aprovados, por indicarem a instalação de
hardwares que não estava contemplada no Programa. Um
funcionário foi destacado exclusivamente para realizar
as compras da obra. Embora os recursos fossem suficientes
para completar as instalações, tivemos inúmeros
contratempos. Isto poderia inviabilizar a aquisição
de material pelo preço estimado no projeto, esclarece
a diretora. As obras, tiveram início efetivamente em
março de 2000.
Novas
instalações A grande novidade da área
expandida da FEQ são os laboratórios de planta
piloto e de tecnologia limpa. Até então, essas
atividades, que envolvem um caráter multidisciplinar,
não contavam com instalações para o desenvolvimento
da prática. Agora os alunos poderão visualizar
desde processos químicos e petroquímicos até
procedimentos na área de farmácia e biotecnologia,
no contato direto com equipamentos profissionais, destaca
Maria Regina. O que permitirá, segundo a diretora, aumentar
o potencial de pesquisa da Faculdade, estimulando as atividades
nessas áreas de grande crescimento no país.
O
pavilhão de apoio ao Laboratório de Pesquisa Experimental
foi um dos departamentos que mais ganhou com a expansão.
As atividades de torno, serralheria, marcenaria e outras funcionavam
em um espaço reduzido de 160 m², próximas
a laboratórios de pesquisa. Isso causava transtornos,
como interferências em aparelhos de medição.
O barracão possui agora 800 m² e está
localizado em uma área externa e apropriada, diz.
As áreas antigas serão aproveitadas para salas
de estudos dos alunos de graduação e sede da Atlética
e Centro Acadêmico. Os escritórios administrativos
e salas de aula para a pós-graduação também
ganham maior sofisticação. Anteriormente, principalmente
as defesas de teses, precisavam ser improvisadas em salas de
aulas e as instalações não chegavam a 80
m². O espaço mais que triplicou e possui 320 m².
Uma
importante conquista, destaca Maria Regina, foi a construção
de um anfiteatro próprio. Sempre que promovíamos
palestras, workshops e mesmo reuniões da congregação,
precisávamos buscar um local fora da Faculdade.
Com a construção, os eventos organizados para
o público local ficarão em área agradável
e adequada.
Lei
de Informática beneficia a região
Depois
de uma fase difícil de desaceleração
dos investimentos em pesquisa, a renovação de
incentivos até 2009, pela Lei de Informática,
deve alterar este cenário. Uma das principais beneficiárias
deve ser a Região Metropolitana de Campinas (RMC). Esta
é a análise do presidente da Softex e relator
da lei, deputado Julio Semeghini, que esteve proferindo palestra
no último dia 8 de abril, no Núcleo Softex, instalado
na Unicamp. O deputado acredita que o montante de recursos a
serem investidos no Brasil deve chegar a R$ 500 milhões,
sem incluir a Zona Franca de Manaus. Com isso o mercado
passa a ser competitivo, declara.
Semeghini
explica que, como a Lei de Informática não teve
validade em 2001, as empresas pagavam a taxa de 15% de Imposto
sobre Produtos Industrializados (IPI). Carga alta para empresas
que acabavam importando peças e produtos com o mesmo
tratamento dos produtos nacionais, o que não compensava
a fabricação no Brasil. Agora, uma das maiores
vantagens é ter empresas fabricando o produto no país,
gerando mais empregos.
Outro
ponto da Lei, que beneficia principalmente a universidades e
institutos de pesquisa, é a obrigatoriedade de que 5%
dos investimentos das empresas sejam em pesquisa e desenvolvimento.
Isso estimula o potencial de pesquisa da região, aumentando
ainda mais a importância da RMC, que possui um alto pólo
tecnológico e abriga empresas de grande porte como Motorola,
Compaq, Lucent e Nortel, entre outras.
O
deputado também anunciou que o Programa Softex
ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia e
quem como finalidade viabilizar parcerias entre as empresas
de software e os núcleos responsáveis pelo trabalho
de pesquisa em tecnologia passa a ser classificado como
prioritário. Esta premissa garante recursos do Fundo
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(FNDCT) para implementar projetos estratégicos e parcerias
com empresas. (RCS)
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