|
|
|
Caism
já tem Ouvidoria Hospitalar
Isabel
Gardenal
O
Centro de Atenção Integral à Saúde
da Mulher (Caism), referência no Brasil em atendimento
à mulher, apresenta mais um avanço em termos administrativos,
criando a primeira Ouvidoria Hospitalar da Unicamp. Este processo
foi consolidado através da Lei Estadual nº 10.241,
de março de 1999, que torna obrigatória a implantação
de uma ouvidoria nas instituições públicas.
Ela define o paciente como um cliente e o atendimento como um
produto que deve ser avaliado quanto à qualidade, credibilidade
e funcionabilidade.
A
figura do ouvidor surgiu na Suécia em 1809, vinte anos
após a Declaração Francesa dos Direitos
do Homem e do Cidadão, chegando ao Brasil na década
de 50. Sua função era a de observar o cumprimento
das leis de proteção aos direitos individuais.
Atualmente, extrapolou em muito essas atividades, atuando em
assuntos militares, judiciais, de liberdade de imprensa e de
defesa do consumidor, entre outras.
E
foi de tanto ouvir as pacientes do Centro Cirúrgico,
quando fazia instrumentação, que Adriana Eugênia
Alvim Barreiro deixou a carreira de enfermagem para tornar-se
a primeira ouvidora do Caism, com total endosso da Diretoria
do Hospital.
Estímulo
natural Preocupada em capacitar-se para o cargo,
Adriana aprofundou-se em leituras sobre o assunto e visitou
serviços pioneiros no Brasil e nos Estados Unidos (onde
a ouvidoria na área de saúde é terceirizada).
Segundo ela, o principal papel da Ouvidoria é oferecer
ao cliente um eficiente canal de comunicação com
a instituição. Por isso, é fundamental
que o ouvidor esteja envolvido no dia-a-dia do hospital,
afirma.
Somente
neste último mês, em 15 dias, Adriana recebeu 28
registros de pacientes, por meio de uma caixa de sugestões.
As notificações são encaminhadas
para as áreas pertinentes. Trabalhamos em estreito contato
com a Diretoria Clínica e a Comissão de Ética,
explica.
O
relacionamento institucional, que muitas vezes fica rotulado
por reclamações, engloba também esclarecimentos,
com foco na humanização do atendimento, noções
de cidadania, ética, sugestões e um feedback que
contemple questões não identificadas em pesquisas
internas, afirma Adriana. O cliente é hoje
a parte mais forte da relação com a instituição.
Para mais informações: 3788-9463 e 3788-9458.
HC
adota escala informatizada
A
escala de Enfermagem do HC está informatizada, graças
a um projeto desenvolvido pelos alunos de graduação
Daniel Ferber (Instituto de Computação, IC) e
Tiago Macedo (Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação,
FEEC), sob orientação dos professores Cid de Souza
e Arnaldo Moura, ambos IC. O software atendeu a pedido do
Departamento
de Enfermagem (Denf) do HC.
O HC parte para uma experiência pioneira dentre os hospitais
de Campinas e que vem sendo muito estudada pela área
de Pesquisa Operacional da Unicamp. Financiado pela Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp),
através de bolsa de iniciação científica,
e pelo Fundo de Apoio ao Ensino e à Pesquisa (Faep),
através de projeto de pesquisa, o software foi testado
no mês de fevereiro e com a escala de abril, espera-se
a entrada definitiva em operação.
O
software Escala de Enfermagem cuja interface
permite a entrada e a saída de dados possui um
algoritmo que resolve o modelo matemático em curso, partindo
dos dados apresentados. Suas ferramentas possibilitam a solução
de problemas e uma fácil manipulação na
troca de informações. A escala mensal sempre
foi feita manualmente pelos enfermeiros, mas com o novo software
será possível definir a escala de funcionários
em menos de dois minutos, e com uma grande precisão,
explica o professor Arnaldo Moura.
Antes,
quando o responsável pela escala manual entrava em férias,
precisava treinar outra pessoa para exercer suas funções,
o que implicava gasto de tempo. Agora, mesmo não sendo
especializado, o aprendiz é capaz de introduzir os dados
e obter, a seguir, um resultado factível de ser realizado.
Entre os itens da escala está a exigência de o
funcionário não trabalhar mais que seis dias por
semana, ou de trabalhar um sábado por mês.
Cleusa
Regina Milani, do Núcleo de Informática do HC
(NIHC), afirma que o custo do projeto foi mínimo. Além
da contratação de dois alunos como estagiários
para dar continuidade ao projeto, colocou-se em prática
um plano de estágio, e foram comprados sete computadores
com impressoras, disponibilizados nas Enfermarias do 4o ao 6o
andar, na Unidade de Terapia Intensiva, Pronto-Socorro, Centro
Cirúrgico, Diretoria da Enfermagem e Procedimentos Especializados,
atendendo a todos os serviços de enfermagem que utilizam
as escalas.
De
concreto, os estagiários já promoveram um treinamento
no NIHC a pelo menos uma pessoa de cada enfermaria. Foi realizado,
numa segunda fase, um levantamento sobre possíveis alterações
do software para atender às mudanças solicitadas.
De acordo com seus idealizadores, a escala informatizada poderia
ter outras aplicações, como no setor público
e privado, sobretudo nas áreas de segurança, medicina,
transporte, nutrição, serviço social e
muitos outros serviços.
O
benefício direto da nova escala é que a administração
do HC terá uma carga de trabalho mais balanceada, com
potencial redução no número de horas-extras,
um dos seus principais objetivos, afirma o enfermeiro
Willians José Morales Pinsetta, diretor do Denf. Em alguns
casos as horas-extras baixaram substancialmente durante os testes.
Prêmio
O projeto Escala de Enfermagem foi reconhecido
pela Sociedade Brasileira de Pesquisa Operacional (Sobrapo),
classificando-se entre os cinco finalistas na avaliação
de trabalhos de Iniciação Científica desenvolvidos
em 2001. A Sobrapo convidou os autores do projeto a apresentá-lo
em uma sessão técnica no XXXIII Simpósio
de Pesquisa Operacional, que aconteceu em Campos do Jordão-SP,
em novembro último. (I.G.)
|
|