Assessoria de Imprensa
ramais: 87018 e 87865
imprensa@unicamp.br
..............Campinas, 15 a 21 de abril de 2002

Internet

Construção
Incentivo
Painel da semana
Em dia
Oportunidades
Eventos Futuros
Teses
Atenção Mulher
Informática
Prefeitura
Artes Plásticas


ATENÇÃO A MULHER

 

Caism já tem Ouvidoria Hospitalar

Isabel Gardenal

O Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism), referência no Brasil em atendimento à mulher, apresenta mais um avanço em termos administrativos, criando a primeira Ouvidoria Hospitalar da Unicamp. Este processo foi consolidado através da Lei Estadual nº 10.241, de março de 1999, que torna obrigatória a implantação de uma ouvidoria nas instituições públicas. Ela define o paciente como um cliente e o atendimento como um produto que deve ser avaliado quanto à qualidade, credibilidade e funcionabilidade.

A figura do ouvidor surgiu na Suécia em 1809, vinte anos após a Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão, chegando ao Brasil na década de 50. Sua função era a de observar o cumprimento das leis de proteção aos direitos individuais. Atualmente, extrapolou em muito essas atividades, atuando em assuntos militares, judiciais, de liberdade de imprensa e de defesa do consumidor, entre outras.

E foi de tanto ouvir as pacientes do Centro Cirúrgico, quando fazia instrumentação, que Adriana Eugênia Alvim Barreiro deixou a carreira de enfermagem para tornar-se a primeira ouvidora do Caism, com total endosso da Diretoria do Hospital.

Estímulo natural – Preocupada em capacitar-se para o cargo, Adriana aprofundou-se em leituras sobre o assunto e visitou serviços pioneiros no Brasil e nos Estados Unidos (onde a ouvidoria na área de saúde é terceirizada). Segundo ela, o principal papel da Ouvidoria é oferecer ao cliente um eficiente canal de comunicação com a instituição. “Por isso, é fundamental que o ouvidor esteja envolvido no dia-a-dia do hospital”, afirma.

Somente neste último mês, em 15 dias, Adriana recebeu 28 registros de pacientes, por meio de uma caixa de sugestões. “As notificações são encaminhadas para as áreas pertinentes. Trabalhamos em estreito contato com a Diretoria Clínica e a Comissão de Ética”, explica.

“O relacionamento institucional, que muitas vezes fica rotulado por reclamações, engloba também esclarecimentos, com foco na humanização do atendimento, noções de cidadania, ética, sugestões e um feedback que contemple questões não identificadas em pesquisas internas”, afirma Adriana. “O cliente é hoje a parte mais forte da relação com a instituição”. Para mais informações: 3788-9463 e 3788-9458.

 

INFORMÁTICA

 

HC adota escala informatizada

A escala de Enfermagem do HC está informatizada, graças a um projeto desenvolvido pelos alunos de graduação Daniel Ferber (Instituto de Computação, IC) e Tiago Macedo (Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação, FEEC), sob orientação dos professores Cid de Souza e Arnaldo Moura, ambos IC. O software atendeu a pedido do

Departamento de Enfermagem (Denf) do HC.
O HC parte para uma experiência pioneira dentre os hospitais de Campinas e que vem sendo muito estudada pela área de Pesquisa Operacional da Unicamp. Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), através de bolsa de iniciação científica, e pelo Fundo de Apoio ao Ensino e à Pesquisa (Faep), através de projeto de pesquisa, o software foi testado no mês de fevereiro e com a escala de abril, espera-se a entrada definitiva em operação.

O software “Escala de Enfermagem” – cuja interface permite a entrada e a saída de dados – possui um algoritmo que resolve o modelo matemático em curso, partindo dos dados apresentados. Suas ferramentas possibilitam a solução de problemas e uma fácil manipulação na troca de informações. “A escala mensal sempre foi feita manualmente pelos enfermeiros, mas com o novo software será possível definir a escala de funcionários em menos de dois minutos, e com uma grande precisão”, explica o professor Arnaldo Moura.

Antes, quando o responsável pela escala manual entrava em férias, precisava treinar outra pessoa para exercer suas funções, o que implicava gasto de tempo. Agora, mesmo não sendo especializado, o aprendiz é capaz de introduzir os dados e obter, a seguir, um resultado factível de ser realizado. Entre os itens da escala está a exigência de o funcionário não trabalhar mais que seis dias por semana, ou de trabalhar um sábado por mês.

Cleusa Regina Milani, do Núcleo de Informática do HC (NIHC), afirma que o custo do projeto foi mínimo. Além da contratação de dois alunos como estagiários para dar continuidade ao projeto, colocou-se em prática um plano de estágio, e foram comprados sete computadores com impressoras, disponibilizados nas Enfermarias do 4o ao 6o andar, na Unidade de Terapia Intensiva, Pronto-Socorro, Centro Cirúrgico, Diretoria da Enfermagem e Procedimentos Especializados, atendendo a todos os serviços de enfermagem que utilizam as escalas.

De concreto, os estagiários já promoveram um treinamento no NIHC a pelo menos uma pessoa de cada enfermaria. Foi realizado, numa segunda fase, um levantamento sobre possíveis alterações do software para atender às mudanças solicitadas. De acordo com seus idealizadores, a escala informatizada poderia ter outras aplicações, como no setor público e privado, sobretudo nas áreas de segurança, medicina, transporte, nutrição, serviço social e muitos outros serviços.

“O benefício direto da nova escala é que a administração do HC terá uma carga de trabalho mais balanceada, com potencial redução no número de horas-extras, um dos seus principais objetivos”, afirma o enfermeiro Willians José Morales Pinsetta, diretor do Denf. Em alguns casos as horas-extras baixaram substancialmente durante os testes.

Prêmio – O projeto “Escala de Enfermagem” foi reconhecido pela Sociedade Brasileira de Pesquisa Operacional (Sobrapo), classificando-se entre os cinco finalistas na avaliação de trabalhos de Iniciação Científica desenvolvidos em 2001. A Sobrapo convidou os autores do projeto a apresentá-lo em uma sessão técnica no XXXIII Simpósio de Pesquisa Operacional, que aconteceu em Campos do Jordão-SP, em novembro último. (I.G.)