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Aprendendo
a ensinar matemática
A dificuldade
demonstrada por muitos estudantes em aprender matemática não se deve, necessariamente,
a uma incapacidade por parte deles: muitas vezes o problema está nos professores.
“Tudo é uma questão de método, pois o professor pode não estar usando todos os
recursos de que deveria dispor”, observa Ronaldo Nicolai, professor de matemática
do Colégio Progresso Campineiro. Nicolai
estava entre os 246 inscritos no 16° Encontro Regional de Professores de Matemática,
realizado na Unicamp em 29 e 30 de abril. O evento foi organizado pelo Instituto
de Matemática, Estatística e Computação Científica (Imecc). Para o mesmo professor,
quase sempre, a maneira como se ensina matemática não é a mais correta. “Entre
os alunos que não aprendem ou têm dificuldade com a matemática, apenas uma pequena
porcentagem mostra problemas individuais. Por isso, defendemos o ensino coletivizado,
em que os estudantes aprendem e trocam idéias uns com os outros”, explica. O
ensino da matemática é uma seqüência lógica; quem perde uma explicação em aula,
deve correr para sanar as dúvidas, se não perde o fio da meada. Nicolai acredita
que se estuda e se aprende melhor em grupo. “Há questões que, às vezes, o aluno
não tem coragem de tratar com o professor”, acentua. Com
a informática e a internet, o ensino da matemática poderia ser melhor que no passado.
Nas escolas particulares, isso já pode estar acontecendo. “Mas, na escola publica,
o que vemos é uma acentuada queda no nível do ensino. O processo de aprovação
automática não trouxe os benefícios desejados. Estamos aprovando alunos analfabetos
(ou quase). E a Universidade precisa se pronunciar quanto a isso”, finaliza o
professor. O
16° Encontro Regional de Professores de Matemática – Individualismo versus Coletividade,
coordenado pela professora Maria Zoraide Soares, do Departamento de Matemática,
teve duas mesas-redondas e 18 mini-cursos. Miriam Sampieri, do Laboratório de
Ensino de Matemática (LEM), comemora os resultados. “Discutimos temas que desmistificam
o conceito de que matemática é ‘um bicho de sete cabeças’. Buscamos métodos de
despertar no aluno o prazer de aprender a matéria”.
A
história de um historiador Sérgio
Buarque de Hollanda sempre teve um lugar especial na Unicamp desde que a Universidade
recebeu todo o seu acervo em 1986. Por ser especial, tanto para a cultura brasileira
quanto para o âmbito da instituição, uma equipe nomeada pela Reitoria prepara
um site para ser inaugurado em 9 de maio. A página integra um conjunto de realizações
em homenagem aos 100 anos de nascimento do historiador, que se comemoram em 11
de julho de 2002. O endereço será www.unicamp.br/siarq/sbh.
“Vida”
é o ícone que direciona para uma cronologia elaborada por Maria Amélia Buarque
de Hollanda, viúva do historiador. Ao acessar a barra “Obra”, o internauta encontra
resenhas, artigos e uma mostra da produção científica, além de registros manuscritos
do autor. “Acervo” é o ícone revelando cartas, fotografias, obras brutas e cadernos
redigidos à mão. O Acervo Sérgio Buarque de Hollanda é composto de livros, móveis
e objetos que pertenceram ao historiador. “Os documentos pessoais fazem parte
do Acervo Permanente do Arquivo Central, e a biblioteca do escritor está na área
de Coleções Especiais da Biblioteca Central”, esclarece a diretora do Siarq, Neire
do Rossio Martins. Segundo
ela, o site está preparado para receber artigos e outras publicações baseadas
na vida e nas obras de Sérgio Buarque de Hollanda, por meio da barra “Produtos
de Pesquisa”. “O espaço é aberto à publicação desses trabalhos inspirados no historiador”,
explica. Alguns desses trabalhos já estarão disponíveis na página no dia do lançamento,
bem como duas mostras virtuais, na barra “Exposições”. Todas as realizações comemorativas
ao centenário estão em “Notícias e Eventos”. Admiradores,
parentes, ex-alunos, amigos, pesquisadores e estudiosos que se valeram da sabedoria
do historiador podem fazer sua homenagem por meio do link “Depoimentos”. O
site é organizado por profissionais do Siarq, da Biblioteca Central e da área
de informática do Gabinete da Reitoria. Pelo Instituto de Filosofia e Ciências
Humanas (IFCH) participa o professor Edgar de Decca. Também participam da produção
profissionais da Universidade de São Paulo (USP). | |