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..............Campinas, 6 a 12 de maio de 2002

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PRÊMIO

 

Alunos de Artes Cênicas
mostram a que vieram

Uma pitada de folclore vai animar o segundo dia do Unicena X, a ser realizado em 8 e 9 de maio, a partir das 12 horas, no auditório do Instituto de Artes. Uma espécie de “chegança” organizada pelo grupo popular Folia dos 6, na área externa do prédio, conduzirá o público até o auditório do IA para conferir o melhor da produção dos alunos de artes cênicas. “A idéia é abrir um espaço para os alunos mostrarem o que fazem”, afirma Carlos Eduardo Canhameiro, estudante de segundo ano e organizador do evento.

Este ano, o Unicena está reunindo trabalhos montados por alunos do próprio departamento. Os espetáculos, em sua maioria, são escritos ou adaptados por estudantes do primeiro ano de artes cênicas, estimulados a mostrar a que vieram. As peças se configuram em cenas pequenas e cômicas e dramaturgias consagradas de Jean-Paul Sartre, Hilda Hilst, Lígia Fagundes Telles e Carlos Drummond de Andrade. O grupo Lume é lembrado na apresentação do espetáculo “Rito”, obra de Ricardo Pucetti. O grupo orientado pelo Lume é o Trupifusca.

O chiclete, direção de Tatiana Sapata, apresenta a disputa por um chiclete como espelho do individualismo na sociedade materialista. Resíduo é uma criação livre a partir do poema de Carlos Drummond de Andrade – uma reflexão sobre o poder destruidor da memória. Aptidão exibe um trecho das peças O rei da vela e A escalada para a morte. Os alunos criaram uma adaptação para o conto O muro, de Jean-Paul Sartre – o texto relata a realidade de dois condenados esperando a morte. Hilda Hilst se faz presente na interpretação adaptada de Do álcool, do desejo e da morte, com direção de Fábio Nunes. A falta de comunicação é tema da peça A tartaruga e o avestruz, a ser apresentada pelo grupo Mas a Panela é Dela.

PROGRAMAÇÃO

8 de maio
Os Cataventos – Grupo Os Cataventos
Como um lagarto sobre pétalas – Grupo Rosas Tingidas
A prova de aptidão – Felipe Chagas
Do álcool, do desejo e da morte – Fábio Nunes e Vanessa Medeiros
O chiclete – Tatiana Sapata Resíduo
Resíduo – Luísa Nóbrega
A tartaruga e o avestruz – Grupo Mas a Panela é Dela

9 de maio
Folia dos 6 – Grupo Ô 6 na Rua
Do álcool, do desejo e da morte
O muro – Mariana Mattar e Felipe Chagas
O rito – Grupo Trupifusca
A tartaruga e o avestruz
Como um lagarto sobre pétalas
Resíduo
Os cataventos

EXPOSIÇÃO


A arte como terapia no HC

“O esteio da nossa vida é a forte luz que trazemos dentro d’alma”. Esta epígrafe acompanha a tela Luz, que será apresentada na Área de Quimioterapia do HC da Unicamp (3o andar). Outros cinco quadros e dez esculturas completam a exposição Luz no Jardim das Esculturas, da artista plástica Maria Ângela Ferreira da Rosa, que será aberta às 9 horas do próximo dia 20, com a finalidade de levar arte para os pacientes do Hospital.

“Acredito que esta beleza produza um efeito terapêutico e que sua relação num contexto hospitalar só pode trazer benefícios aos apreciadores”, afirma Maria Ângela. Cada tela traz uma poesia, escrita pela artista em diferentes momentos de sua vida. Apesar de não ter formação artística formal, ela avançou muito no domínio das técnicas que empregam tinta em acrílico e a óleo. Seus trabalhos propõem, a partir de um processo inovador, a representação de esculturas em telas, que ficam em relevo, refletindo temas abstratos, embora em muitas possam ser verificadas figuras pertencentes ao mundo real.

Dentro dessa proposta, as telas ganham forma e nomes como Liberdade, Ascensão, Voar de Copos, Encantada, Busca Interior, Súplica, Caminhando, Esplendor, Almas Gêmeas e Monge. Não é a primeira vez que Maria Ângela apresenta suas obras. No ano passado, promoveu duas exposições em Limeira, onde tem um ateliê. “Minha intenção, de agora em diante, é fazer sempre um trabalho de cunho social, sobretudo em instituições de saúde e de recuperação de drogados”, planeja a artista. Depois de deixar o HC, a exposição, itinerante, será levada a outras instituições.

Informações: (019) 3441-6805 e 9782-2751.