| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 342 - 30 de outubro a 12 de novembro de 2006
Leia nesta edição
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Incamp
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Inova da Unicamp integra agentes de CT&I,
com foco na consolidação do Pólo Tecnológico

As ações que visam fortalecer
o sistema regional de inovação

Eduardo Grizendi: “A consolidação do Parque é estratégica para a Agência” (Foto: Antoninho Perri/Antonio Scarpinetti)A vocação de pólo tecnológico da região de Campinas ganhou, com a criação da Inova, novos contornos. Alguns dos focos da agência estão centrados no apoio ao ambiente regional de inovação. O efeito mais imediato dessa linha de ação é o fato de as discussões acerca da importância da inovação para o ensino, pesquisa e cadeia produtiva, cuja ressonância ficava até pouco tempo atrás restrita aos iniciados, terem assumido uma dimensão pública. Essa mudança de paradigma consolidou-se a partir da articulação feita por representantes da Inova junto a outros atores.

Foram fundamentais, nesse processo, o apoio dado pela Universidade à implantação do Parque Tecnológico de Campinas, a inserção da Inova no encaminhamento de propostas, na formulação e implementação de projetos, além do trabalho desenvolvido pela agência na sua incubadora de empresas (Incamp) e na geração de spin-off. A importância da tecnologia gerada na Unicamp para a economia da região pode ser medida pelas cerca de 60 “empresas-filhas” estabelecidas na Região Metropolitana de Campinas. Elas movimentam 100 milhões de dólares anualmente. Outras 40 funcionam nas demais regiões do país e também no exterior.

A Inova vem cumprindo um papel fundamental na integração dos agentes de CT&I. “As ações não podem ser apenas pontuais. Estamos estabelecendo canais de comunicações visando mostrar para a sociedade, de uma maneira mais intensiva, as tecnologias desenvolvidas nas instituições e sua importância em relação ao desenvolvimento socioeconômico. A Inova participa diretamente de diversos fóruns procurando discutir ações de interesse comum, que favoreçam a criação desse ambiente de inovação”, afirma Eduardo Gurgel do Amaral, relações institucionais da Agência.

Nessa cadeia de inovação, a consolidação do Parque Científico e Tecnológico de Campinas, que vem sendo implantado pela prefeitura no Pólo II de Alta Tecnologia do município, é estratégica para a agência, segundo o professor Eduardo Grizendi, diretor de Incubadoras e Parques Tecnológicos da Inova. Ele lembra que a Unicamp esteve envolvida com o empreendimento desde sua fase embrionária, na época do professor Rogério Cerqueira Leite.

Eduardo Gurgel do Amaral: “As ações não podem ser apenas pontuais”Mais recentemente, estudos de viabilidade foram feitos por docentes e pesquisadores do Núcleo de Economia Social, Urbana e Regional (Nesur), do Instituto de Economia da Unicamp, com o apoio dos governos municipal, federal e estadual. O estudo foi coordenado pelo professor Rinaldo Barcia Fonseca. O projeto desenvolvido pelo pessoal do Nesur, na opinião de Grizendi, é um caso típico do que ele denomina de “conhecimentos codificado e tácito” produzidos na Universidade e compartilhados com a sociedade.

Grizendi lembra que o papel da Inova não é apenas o de levar conhecimento e competência para a cadeia regional de inovação, seja na forma de licenciamento de tecnologia seja na geração de spin-off, mas sobretudo o de fazer com que a interação Universidade-empresa resulte em benefícios para o aperfeiçoamento do ensino e da pesquisa. “A missão principal da Universidade é a geração de recursos humanos e o avanço da fronteira do conhecimento. Isso precisa ser estimulado através das oportunidades que criamos a partir da nossa rede de relacionamentos. A implantação do Parque é importante, pois se encaixa em todos esses objetivos”. O projeto integra o Sistema Paulista de Parques Tecnológicos que o governo estadual pretende implantar nos próximos anos em Campinas, São Carlos, São José dos Campos, Ribeirão Preto e São Paulo.

Cerca de 30 empresas, que geram três mil empregos, já estão estabelecidas no Parque, cuja área é de 7,9 milhões de metros quadrados. Padtec, Ci&T, Tata, Pósitron, TRB Pharma estão entre as empresas instaladas no local, que se situa entre as rodovias Dom Pedro I e Campinas-Mogi Mirim e tem como vizinhos a Unicamp e a PUC, além de já abrigar laboratórios e centros de pesquisa como o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), Instituto de Pesquisas Eldorado e o Softex Campinas.

Concepção artística do Parque Tecnológico de CampinasParceria – A atuação da Inova para a consolidação do projeto intensificou-se em 2005. A parceria com a Companhia de Desenvolvimento do Pólo Tecnológico de Campinas (Ciatec), empresa municipal de economia mista da prefeitura de Campinas, pavimentou o caminho para que a agência assumisse o seu papel de mediadora entre a Universidade, poder público e as empresas de base tecnológica.

A atuação da Fundação Fórum Campinas, formada pela Unicamp e outros dez institutos de ensino e pesquisa da região, teve também um peso importante na concepção do empreendimento. Gurgel do Amaral, da Inova, é o diretor executivo do Fórum, que se compõe, além da Unicamp, por PUC, Cati, CenPRA, CPqD, Embrapa, IAC, Instituto Biológico (IB), Ital, Instituto de Zootecnia (IZ) e Laboratório Nacional de Luz Síncrotron. A Inova integra também o Comitê Estratégico em P&D em Tecnologia, apoiado pela American Chamber de Campinas (AmCham). Ele é formado por executivos de P&D de empresas instaladas na Região Metropolitana de Campinas.

Os esforços da Inova já apresentam os primeiros resultados. A Unicamp implantou, em fevereiro, a partir de resolução da Reitoria, o Inovasoft (Centro de Inovação em Software), em consonância com o projeto que prevê um Parque com vocação para a inovação. O prédio do Inovasoft abriga a sede Softex Campinas, onde são desenvolvidos projetos de P&D na área de TIC. Segundo Grizendi, IBM, Itautec, Intel e Compec já estão se hospedando no Inovasoft. “O ambiente favorece a interação entre o pesquisador da universidade e o pesquisador da empresa. Nossa intenção é fomentar o desenvolvimento de projetos colaborativos. Essa troca de informações faz com que as duas partes saiam ganhando”.

Foto atual do Parque Tecnológico de CampinasEm linhas gerais, o exemplo do Inovasoft, acredita Grizendi, aplica-se a outras empresas que se instalarão no Parque Tecnológico. Elas vão compor, juntamente com as agências de fomento, universidades, instituições científicas e tecnológicas, com o apoio de outros atores, uma cadeia regional de inovação provavelmente sem paralelo no país. Entretanto, acredita o diretor da Inova, é preciso enxergar o potencial de pesquisas que possam chegar ao mercado.

No papel de interlocutores privilegiados na comunidade científica, os integrantes da Inova trabalham hoje para atrair empresas, sobretudo aquelas de base tecnológica, que se interessem em se instalar no Parque Tecnológico, cujo plano diretor, agora conduzido pela prefeitura, está “no forno”. “É uma forma de o conhecimento da Universidade migrar para o lócus da inovação, que é a empresa, para depois voltar, mais forte, para a sala de aula e para o laboratório”, afirma Grizendi. O que, em última instância, fortalece o sistema regional de inovação.

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