Edição nº 591

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Jornal da Unicamp

Baixar versão em PDF Campinas, 24 de março de 2014 a 30 de março de 2014 – ANO 2014 – Nº 591

Processos da Avaliação e do Planes serão integrados


Pela primeira vez, a Unicamp promoverá os processos de Avaliação Institucional e de revisão do Planejamento Estratégico (Planes) de forma integrada. Para fazer a junção das duas ações, a Coordenadoria Geral da Universidade (CGU) e a Pró-Reitoria de Desenvolvimento Universitário (PRDU) desenvolveram metodologia específica, bem como um sistema informatizado que dará suporte às atividades. “No que se refere à avaliação, o sistema está aberto e as unidades de ensino e pesquisa já podem iniciar os trabalhos. Em abril, a parte referente ao planejamento também será incorporada à plataforma, o que permitirá a proposição de projetos”, informa a titular da PRDU, professora Teresa Atvars.

De acordo com o coordenador-geral da Unicamp, professor Alvaro Crósta, a ideia de estabelecer uma interligação entre a Avaliação Institucional e o Planes consta do programa de gestão do reitor José Tadeu Jorge. Ademais, a medida também foi demandada pela Comissão de Planejamento Estratégico Institucional (Copei). “Nós executamos tradicionalmente os dois processos, mas nem sempre havia uma ligação entre o que se analisava em um e o que se decidia em outro. O propósito, agora, é estabelecer essa conexão”, afirma.

A pró-reitora de Desenvolvimento Universitário explica que a Avaliação Institucional analisa todas as atividades da Unicamp, nas áreas de ensino, pesquisa, extensão, infraestrutura, recursos humanos, entre outras. “Ao fazer essa análise, as unidades de ensino e pesquisa identificarão aspectos muito positivos, os que necessitarão de ações que garantam a continuidade dessa excelência, e problemas que exigirão medidas de aperfeiçoamento. Para que essas iniciativas sejam tomadas, é preciso fazer o planejamento. Daí a importância de promovermos a junção dos dois processos”, pondera.

No passado, continua a professora Teresa Atvars, a metodologia adotada era diferente. Primeiro se fazia a Avaliação Institucional e depois se revisava o Planes. “A inovação que estamos introduzindo é justamente a execução dois processos conjuntamente”, reforça. Para exemplificar como deverá transcorrer o trabalho, a pró-reitora lança mão de um exemplo. “Digamos que uma determinada faculdade ou instituto decida, em sua avaliação interna, expandir o ensino de graduação. Tomada essa decisão, a unidade vai apresentar um projeto, que pode ser de ampliação de um curso existente ou de criação de mais um curso. Junto com a proposta, a unidade relacionará também o que vai precisar para concretizar o projeto”.

Numa segunda fase, continua a docente, o pró-reitor de Graduação reunirá todas as propostas nesse sentido e construirá um plano geral de expansão dos cursos de graduação da Unicamp. “Em seguida, a Copei analisará, priorizará e sugerirá ações para a concretização dos projetos. Algumas medidas exigirão recursos; outras não. Em relação às que demandarem recursos, a Copei recomendará que a Universidade avalie a possibilidade de fazer aportes para esses projetos estratégicos. O exemplo dado refere-se à graduação, mas ele é válido também para a pesquisa, a extensão, a pós-graduação e assim por diante”, pormenoriza a pró-reitora de Desenvolvimento Universitário.

A vantagem desse tipo de metodologia, conforme a professora Teresa Atvars, é que a junção da avaliação com o planejamento permite que a Universidade analise com maior precisão os resultados dos investimentos realizados. “Penso que estamos dando um passo importante em relação ao passado”, diz. Para oferecer suporte a esse novo método, acrescenta o coordenador-geral, foi preciso desenvolver um sistema informatizado específico. O trabalho ficou a cargo dos profissionais da área de informática da Diretoria Geral de Recursos Humanos (DGRH). A parte da avaliação já está pronta e aberta às unidades de ensino e pesquisa.

Na última semana, foram realizados dois workshops com as comissões internas de avaliação das faculdades e institutos, durante os quais a metodologia e o sistema foram apresentados. “O próximo passo será incorporar ao sistema, a partir do próximo mês, a parte relativa ao planejamento. Pelo cronograma proposto, as unidades terão até agosto para concluir os dois processos. Já a Administração Superior terá até o final de 2015 para elaborar dois documentos: um que seguirá para o Conselho Estadual de Educação e outro, de caráter interno, que servirá à execução das nossas ações estratégicas”, adianta a pró-reitora de Desenvolvimento Universitário.

Ainda sobre o sistema que dará suporte tanto à Avaliação Institucional quanto à revisão do Planes, Alvaro Crósta ressalta que a ferramenta é, além de amigável, integrada. “Antigamente, durante a realização da avaliação, o responsável perdia muito tempo na busca de dados, que nem sempre estavam centralizados. Agora, as informações constam do próprio sistema. Com isso, o tempo das pessoas será otimizado, o que possibilitará que elas se dediquem a fazer a análise, que é o mais importante”. Qualquer dúvida em relação a procedimentos ou ao funcionamento do sistema, observa Teresa Atvars, podem ser encaminhadas à PRDU ou à CGU, que buscarão as respostas.

Tanto o coordenador-geral quanto a pró-reitora de Desenvolvimento Universitário fazem questão de registrar que a definição da metodologia e a criação do sistema somente foram possíveis graças ao envolvimento de diversos funcionários e à colaboração de mais de uma dezena de órgãos, a quem ambos agradecem muito. “Não fizemos qualquer investimento para isso. Tudo foi realizado com base do comprometimento dessas pessoas com a Universidade”, pontua a professora Teresa Atvars.