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..............Campinas, 30 de abril a 6 de maio de 2001

Unicamp
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...Memória - pág. 2   ...Oportunidades - pág. 6
...Curtas - pág. 2 ...Eventos futuros - pág. 7
...Feminilidade - pág. 3 ...Teses - pág. 8
...Breves / Assitência - pág. 3 ...Seminário/Lançamento - pág. 9
...Pós-graduação - pág. 4 ...Literatura - pág. 10
...Administração - pág. 4 ...Artes Cênicas - pág. 10
...Painel da semana - pág. 5 ...Educação - pág. 11
...Em dia - pág. 5 ...Show - pág. 11
...Inscrições - pág. 6 ...Música - pág. 12
Unicamp
....FEMINILIDADE
Unicamp
Artesanato ajuda superar perda de mama

Um grupo de laborterapia para mastectomizadas, iniciado na Santa Casa de Campinas, funciona no Caism da Unicamp há quase 15 anos. A paciente mais antiga a participar das reuniões, desde 1983, ainda está na ativa. A novidade é que ela e mais 11 pacientes acabam de ser cadastradas como voluntárias do Serviço Social (S.S.) e de conquistar uma sala para os trabalhos manuais, próxima ao Setor de Xerox.

Está claro que a mastectomia não as impediu de fazer atividades que exigem empenho físico. “Essas pacientes são especiais e ativas, encontrando nas oficinas de arte o momento adequado para ajudar outras companheiras que, por força da circunstância, enfrentam problemas financeiros. É uma delícia essa hora terapêutica para pessoas que vivenciaram a mesma experiência cirúrgica de extração da mama, que é um símbolo de feminilidade da mulher”, comenta Yolanda Freston, supervisora da Área de Oncologia.

Yolanda conta que, nas sessões, ao mesmo tempo em que elas discutem seus problemas, sobretudo os relacionados ao câncer, à saúde e às questões do dia-a-dia, elas vão dando os últimos arremates e, caprichosas, não interrompem suas tarefas até concluir mais uma jornada de laborterapia, que acontece pelo menos duas vezes por mês.

As voluntárias montam uma verdadeira confecção de bojos de painço, um material apropriado para compensar a mama extirpada através de uma adaptação feita no sutiã. As pacientes fazem ainda crochê, colchas de retalho, roupas, toalhas de mesa, panos de prato, entre outras coisas.

De acordo com a assistente social, os bojos são oferecidos pelo S.S. a pacientes carentes. Outros produtos são vendidos em um bazar, que ocorre uma vez por mês no Caism. Parte da verba é destinada às voluntárias e outra parte vai para o Serviço, com o propósito de fazer compra de medicamentos e de pequenas despesas de natureza social.

A paciente Maria Dolores Armênio Frued, 73 anos, está há três anos e meio no grupo. Ela diz que foi muito ajudada em seu tratamento e que desde então procura passar uma força para as amigas. “Após a cirurgia na minha mama direita, sentia a mão meio ‘boba’. A laborterapia me ajudou até nisso. Hoje, faço até crochê, que é uma atividade minuciosa. Sei que não estou sozinha e me sinto muito útil por isso”.

Akemi Murayama, diretora do S.S., afirma que o objetivo da laborterapia não é apenas proporcionar uma distração às pacientes, mas principalmente possibilitar a concepção de uma nova vida e maneira de encarar a realidade, dividindo com outras pacientes esse momento.

A coordenadora da Laborterapia é a assistente social Denise Batibugli. Informações para doações através do telefone 3788-9422.

 


......
BREVES

Doenças ocupacionais – Cada vez mais as doenças ocupacionais atingem altos índices em todo mundo. Para esclarecer alguns aspectos sobre a questão, a Unicamp recebe no dia 2 (quarta-feira), às 12 horas, no Salão Nobre da Faculdade de Engenharia de Alimentos o médico Cleber Ruy Salermo, especialista em técnicas de medicina natural. A palestra sobre “Medicina Alternativa: Uma Opção no Tratamento de Doenças Ocupacionais”, é aberta ao público em geral e a promoção está a cargo da Coordenação de Saúde e Meio Ambiente do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp. Mais informações no telefone 3289-4242.

Portadores de deficiência – Excepcionalmente, esta semana, a programação da série de seminários promovidos pela Coordenadoria Geral da Universidade, acontece na sexta-feira, dia 4, às 15 horas. O tema “Oportunidades de trabalho para portadores de deficiência: O papel das políticas públicas” será abordado pelo professor da Faculdade de Economia e Administração da USP, José Pastore. A palestra será ministrada no auditório da Biblioteca Central. Mais informações no site www.cgu.unicamp.br/.
 

....ASSITÊNCIA

Sem medo do primeiro parto

A primeira gestação é sempre motivo de apreensão para as futuras mamães. As mudanças do corpo, as histórias ouvidas das avós, mães, colegas e vizinhas, muitas vezes, amedrontam. Um projeto idealizado pela professora Rosângela Mathias do Departamento de Enfermagem do Colégio Técnico de Limeira (Cotil), ameniza o poder das presunções, proporcionando a mulheres em sua primeira gravidez tranqüilidade e equilíbrio emocional.

A enfermeira e obstetriz Rosângela reúne, duas vezes por ano, turmas de 15 gestantes para passar informações seguras e sanar dúvidas comuns. As orientações oferecidas no curso vão desde o esclarecimento de modificações corporais, como o surgimento da linha negra na barriga, até os tipos de parto. As questões mais pertinentes para as alunas, segundo Rosângela Mathias, são as relacionadas à amamentação, ao parto, à anestesia e ao primeiro banho. Após uma apresentação bastante dinâmica, que envolve exibição de vídeos e slide, Rosângela garante que as mulheres sentem-se bem mais tranqüilas para encarar o momento do parto e as sensações do puerpério (pós-parto).

A anestesiologia é a única área da medicina que tem participação no curso oferecido pelo Cotil. Sob as orientações do médico-anestesista Clemente Regitano Netto, as cursistas conseguem quebrar os tabus que envolvem a possibilidade de paralisia, entre outras inquietações ligadas à anestesia peridural. A prática de uma alimentação saudável e adequada para o momento da gestação é reforçada pela nutricionista Patrícia Milaré Lonardone.
A realização do curso diminui os riscos de as mulheres terem de enfrentar os fantasmas da depressão pós-parto, muitas vezes conseqüente da ansiedade não-trabalhada durante a gestação. As mulheres também são instruídas sobre os cuidados no puerpério, momento em que se recupera do parto.

A atividade é realizada com a colaboração de alunos da 3ª série do curso de enfermagem do Cotil, orientados por Rosângela. Os grupos são compostos de pessoas que residem na região de Limeira, Estado de São Paulo. O projeto também permite a atualização de informações para as mães na primeira gravidez e as que demoraram muitos anos para ter o segundo filho.
O curso tem duração de dois meses. A turma de maio, segundo a professora Rosângela Mathias, já está quase fechada. Um novo grupo se formará para o segundo semestre. O telefone do Departamento de Enfermagem do Cotil é (019) 440-7188.

 
 
 

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