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..............Campinas, 7 a 13 de maio 2001

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...Diplomacia - pág. 2   ...Eventos futuros - pág. 6
...Saúde - pág. 2 ...Teses - pág. 6
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...Em dia - pág. 4 ...Assistência
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“Seachegue” busca integrar calouros

saudade causada pela distância é resolvida com um telefonema. As roupas têm de ser cuidadas pelas próprias mãos e a comida já não tem mais o sabor dos pratos preparados pela mãe. Esta é uma nova realidade para a aluna do primeiro ano do curso de música da Unicamp Amanda Francelle Antunes. Desde que deixou a pequena cidade de Cornélio Procópio, no Paraná, em março, para dedicar-se aos estudos na Universidade Estadual de Campinas, Amanda reviu a família apenas uma vez. “O maior conflito é a saudade”, afirma.

A história de Amanda deve repetir-se na voz de estudantes que, além de enfrentarem as diferenças entre o ambiente de um colégio e de uma universidade, deparam com a diferença cultural entre Campinas e sua cidade de origem. O choque cultural, segundo a psicóloga Cristina Muller, do Serviço de Assistência Psicológica e Psiquiátrica ao Estudante (Sappe), pode causar transtornos emocionais. Mesmo porque em Campinas, e principalmente na Unicamp, as culturas se misturam.

Que saudade faz doer, não há dúvida. Mas, ao contrário da estudante Amanda, que consegue trabalhar essa situação com um telefonema, alguns alunos podem manifestar sentimentos de angústia diante de um mundo desconhecido. Por meio do Projeto Seachegue, psicólogas do Serviço de Apoio ao Estudante e do Sappe buscam amenizar os sentimentos relacionados a esses conflitos. O Projeto Seachegue propõe a criação de um espaço de reflexão a respeito das experiências relacionadas ao ingresso na universidade, das angústias diante dos novos desafios e das transformações necessárias ao reequilíbrio interno na fase de mudanças intensas. “No Nordeste brasileiro, ‘seachegue’ exprime aconchego, receptividade. O projeto também oferece um espaço de aconchego a quem se sente só”, explica Cristina.

Segundo a psicóloga, para entrar na universidade, o calouro precisa separar-se da família, dos amigos, da namorada, do seu mundo conhecido. Além disso, na universidade eles passam a lidar com desafios muito maiores que os já conhecidos no colégio. “Os candidatos aprovados no vestibular, geralmente, são os primeiros da turma do colégio. Na universidade, ele convive com vários primeiros alunos”, reflete.

As reuniões são realizadas com grupos heterogêneos, formados por alunos de diferentes cursos. Os grupos são coordenados pelas psicólogas Marisa Córdoba Amarante, Elizabete Mergulhão e Cristina Muller, do Sappe, e Valéria Aguillar Castro, do SAE. As profissionais oferecem técnicas de interação que favorecem a reflexão sobre questões que possam dar chance para o aluno fazer uma introspecção. Na visão de Cristina Muller, o momento dá oportunidade para a troca de experiências com outros colegas que vivam a mesma situação. “Durante os eventos, eles trocam os recursos que usam para lidar com as dificuldades.”

Para participar das reuniões, os alunos devem inscrever-se semanalmente no balcão do SAE. Os grupos se encontram às quintas-feiras, no horário do almoço, e são compostos de 30 pessoas. Contatos pelo telefone 3788-7020 ou 7913.

....ESPETÁCULO


Dança disseca mundo facetado da mulher

Reflexão sobre o verdadeiro papel da mulher diante de aspectos que compõem o conturbado processo social contemporâneo.

É sobre esse mote que se desenvolve o espetáculo solo Reminiscências, que Ana Carolina Mundim, aluna de mestrado em Artes Corporais do IA-Unicamp, está levando para o palco do SOS Mulher, no próximo dia 8 (terça-feira), a partir das 13 horas, durante a Feira Beneficente de Arte e Artesanato da entidade.

Reminiscências é um espetáculo solo de dança contemporânea que, segundo Carolina, procura mostrar um pouco da história de uma mulher “e as várias mulheres nela vivem”, buscando referências no mito A Caixa de Pandora. Realizado pelo Grupo República Cênica, concepção, coreografia e interpretação de Ana Carolina, o evento tem a direção de Fernando Aleixo.

O espetáculo mostra os conflitos da mulher no limite tênue entre o passado e o presente, a lascívia e a vivacidade, que se misturam à violência social, sobretudo na organização das comunidades urbanas, em que o espaço privado e público estão em constante mudança, determinando a construção de uma história pessoal, que pode estar presente em qualquer trajetória feminina. O Grupo República Cênica, criado há quatro anos por alunos do Departamento de Artes Cênicas, desenvolve pesquisas centradas no trabalho do intérprete em relação à criação e à produção cultural.

O SOS Mulher está localizada a Rua Dr. Quirino, 1856, no centro. A entrada é franqueada ao público.



 
 
 

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