Pró-Reitoria
de Extensão da Unicamp criou uma comissão
para
estabelecer um Prêmio de Acessibilidade. Proposto
durante o 2º Encontro de Comunicação
e Mobilidade Alternativa/Aumentativa, o prêmio tem
por objetivo contemplar projetos que apresentem alternativas
para tornar os campi da Unicamp acessíveis a todos
os seus alunos, professores, funcionários e visitantes.
O melhor trabalho receberá o valor de R$ 5 mil
em dinheiro, doados pelo Banco Real ABN Amro Bank. Segundo
os professores e membros da comissão, José
Raimundo de Oliveira, Afonso Celso Von Zuben e Antonio
Augusto Quevedo, a idéia é fazer com que
a Unicamp seja um exemplo de cidadania ao estimular a
discussão sobre a acessibilidade em seus aspectos
físico, social, cultural, étnico e religioso.
Também faz parte da comissão a professora
Maria Teresa Eglér, da Faculdade de Educação.
Vale
tudo na interpretação do termo acessibilidade.
Para a comissão, o debate deve ultrapassar as barreiras
do espaço físico, ou até mesmo a
questão física. Serão julgados projetos
que discutam o tema em seus mais diversos aspectos. Na
opinião do grupo, a discussão requer a participação
de toda a sociedade. O ideal é fazer com
que essa questão passe a fazer parte do cotidiano
da comunidade universitária, reforça
Quevedo.
O
programa terá em seu júri três usuários
dos serviços propostos nos trabalhos. A idéia
é que a pessoa que vai utilizar o serviço
o avalie e veja se é viável, diz Von
Zuben. Além dos usuários, o corpo de jurados
será formado por um membro da comissão organizadora
( sem direito a voto), um representante do Banco Real
patrocinador do prêmio , um representante
de funcionários, um docente, um aluno de graduação
e um de pós-graduação. Se existir
um projeto que ninguém da universidade esteja apto
a avaliar, a comissão organizadora recorrerá
a uma consultoria.
O
período de apresentação das propostas
é entre 1º e 29 de junho. O texto deve conter
um resumo do que vai ser abordado e a forma como pode
ser realizado. A primeira etapa do concurso compreende
o período de 2 a 31 de julho, quando será
feita a seleção de dez propostas apresentadas.
A partir de 1º de agosto será feita a divulgação
do resultado da primeira etapa. De 2 de agosto a 3 de
dezembro será discutida a elaboração
do projeto. Para isso, o autor deve ter documentação
suficiente para a realização do projeto.
De 4 a 17 de dezembro será avaliado o melhor trabalho
e no dia 21/12, a comissão pretende fazer um evento
com a apresentação dos projetos, divulgação
do projeto final e premiação.
Os
dez trabalhos selecionados receberão R$ 500 mensais
para desenvolver o projeto durante os quatro meses de
realização para cobrir qualquer custo que
envolva o projeto durante sua realização.
Para as propostas não-selecionadas que tiverem
um teor para mudar a história da inacessibilidade
na universidade, a comissão garante os direitos
autorais ao proponente para que possam desenvolver seus
projetos onde desejarem ou, em outro momento, na própria
universidade.
A
expectativa de José Raimundo de Oliveira é
que surjam propostas muito interessantes, pois existem
as mais diversas histórias de falta de acesso na
realidade das pessoas, seja pela falta de visão,
audição, mobilidade, sensibilidade, problemas
de comportamento, transporte, gestação e
idade. Ao falar em acesso, os idealizadores do projeto
querem dizer acesso a bancos, restaurantes, parte comercial
da universidade, transporte, tudo o que possa facilitar
o acesso do usuário.
José
Raimundo explica que a idéia de se criar este projeto
é anterior à portaria 1.679 do Ministério
da Educação, de 2 de dezembro de 1999, que
determina que os cursos superiores passem a ser avaliados
pelo MEC também de acordo com a infra-estrutura
que oferecem aos alunos portadores de deficiências
físicas, auditivas ou visuais. A concretização
da idéia, na opinião da comissão,
vem adequar a Unicamp às exigências do MEC
e do Projeto de Lei 4.767/98, aprovado pelo Congresso
Nacional, que estabelece que normas gerais e critérios
básicos para a promoção da acessibilidade
das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade
reduzida em instalações públicas
e privadas. As inscrições devem ser feitas
na Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários
(Preac).
As
informações estão disponíveis
no site http://www.fee.unicamp.br/acessibilidade.
O telefone da Preac é (19) 3788-4741
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