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..............Campinas, 25 de junho a 1 de julho 2001

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...Audiência - pág. 2  ...Oportunidades - pág. 7
...Debate - pág. 2...Eventos Futuros- pág. 8
...Homenagem - pág. 3...Teses - pág. 8
...Campanha - pág. 3...Artes Plásticas - pág. 9
...Tecnologia - pág. 4...Evento e Lançamento - pág. 10
...Informática - pág. 4...Extensão e A.Cênicas - pág. 11
...Painel da semana - pág. 5...Palestra e Breves - pág. 11
...Em dia / Inscrições - pág. 6...Música e Cultura - pág. 12
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....MÚSICA
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Duo Cordas Vivas revisita ritmos originais


A programação cultural do Restaurante Universitário abriu espaço para a revelação de dois novos e jovens talentos da universidade dia 20 de junho. João Paulo Amaral e Eduardo Visconti compõem o duo Cordas Vivas, que reúne guitarra acústica e violão em seus arranjos. O trabalho do Cordas Vivas propõe uma leitura moderna e sensível de vários ritmos da música brasileira mais genuína, revelando, segundo os componentes, “suas belezas muitas vezes esquecidas”. Trilhos Urbanos é tocada em ritmo de baião, assim como as células rítmicas do baião são repassadas para as cordas dos instrumentos dominados por João Paulo e Eduardo. “Nós aproveitamos elementos de música regional brasileira e tentamos readaptá-los para os nossos instrumentos”. É como se fosse o som do surdo traduzido pelas cordas de um violão.

A essência do trabalho dos instrumentistas é a música brasileira em toda sua originalidade. Células rítmicas do cateretê, do clássico de Villa Lobos, do maracatu, do samba, do baião, do frevo, do choro são absorvidas para fazer parte dos sofisticados arranjos do duo. Com exceção do Trenzinho do caipira, de Villa Lobos, os arranjos são produzidos a partir de canções. É como ouvir Tristeza do Jeca e pensá-la especialmente tocada ao som das cordas e, mais especial ainda, com células do cateretê. Segundo a dupla, os arranjos exploram as mais variadas cores e sons de seus instrumentos, buscando recursos de percussão, improvisação, afinação diferenciada e o sotaque de outros instrumentos tipicamente brasileiros, como a viola caipira, o cavaquinho e o violão de sete cordas. “Não chega a ser um jazz brasileiro”, diz Visconti. Mas o trabalho da dupla é um jeito novo e sofisticado de representar a genuidade da música brasileira. “A diferença é que a música é tratada como peça, é lapidada”, esclarece o músico.

O repertório reúne músicas conhecidas e inéditas – compostas por João Paulo. Entre os compositores reverenciados por eles estão Tom Jobim, Villa Lobos, Angelino Oliveira, Milton Nascimento, Edu Lobo e Caetano Veloso. As 14 músicas que são executadas em seus shows receberam arranjo de João Paulo. “Os arranjos permitem improvisações, para que cada um possa demonstrar suas habilidades”, diz Amaral. Há um mês, eles gravaram, por força própria, quatro faixas em CD para divulgação do trabalho. “O projeto é de reunir sete faixas no trabalho final”, reforça Visconti. As peças que compõem o portfólio são Trenzinho do caipira, Villa Lobos; Tristeza do Jeca, Angelino Oliveira; Samba do avião, Tom Jobim; e Gingado dobrado, Edu Lobo.

O interesse dos componentes do Cordas Vivas pela música começou na adolescência e, se dependesse da primeira experiência em uma cadeira da universidade, talvez não tivessem a mesma disponibilidade para se dedicar às partituras. Aos 12 anos, o garoto de Mogi das Cruzes João Paulo do Amaral já iniciava os estudos de violão e guitarra. Filho e irmão de cantores, aos 18, contrariando a tradição da família, ingressou no curso de Engenharia Elétrica da Unicamp, mas abandonou a então futura carreira ao perceber que “gosta mesmo é de fazer música”, de preferência, brasileira. Hoje, aos 23 anos, além de ser companheiro de Eduardo Visconti no trabalho e no 4º ano do curso de música popular da Unicamp, acompanha a irmã cantora Ana Luiza na gravação de um CD de samba, ao lado de grandes músicos brasileiros como Robertinho Silva, ex-baterista de Milton Nascimento; Natan Marques, ex-guitarrista de Elis Regina; e Sylvinho Mazzucca, contrabaixista.
Eduardo Visconti, 23 anos, também abandonou um curso de administração de empresas para dedicar-se à música, profissão que já o teria inspirado aos 15 anos. Aos 18, o paulistano Visconti tornou-se professor de violão. Mas o que o levou ao domínio das cordas foi um sentimento muito pessoal, apesar de ter um tio que atua como maestro de banda sinfônica. “Foi mais uma coisa de gostar de música”, revela.

O Cordas Vivas nasceu há dois anos, durante o curso de música, com o compromisso de passar um trabalho de identidade brasileira. “Nós sentimos falta de valorização da música instrumental e da música instrumental brasileira na mídia.” Não é sempre que o público tem a oportunidade de ouvir o que as cordas de um violão e de uma guitarra podem fazer com o sotaque da cuíca e do tamborim. Mas o Cordas vivas tem a fórmula, “diferente e própria” que está sendo apresentada em vários shows. O próximo show do duo será em julho, na Festa do Morango, em Monte Alegre. Segundo Amaral, o evento se repetirá em vários dias. O e-mail para contatar os músicos é jp.amaral@ig.com.br.

 

....CULTURA


Próximas atrações: orquestra e exposição

Dentro do programa Projeto Cultural do Restaurante Universitário, a Orquestra Paulista de Viola Caipira (OPVC) tem dupla apresentação no próximo dia 5 de junho, quinta-feira: a primeira a partir das 10h30, e a segunda, ao meio-dia. No período de 9 a 17 de junho, das 10h30 às 14 horas, haverá Exposição de Quadros de Orphelia Magalhães.

A Orquestra Paulista de Viola Caipira é constituída por alunos do curso de viola caipira da Universidade Livre de Música “Tom Jobim” (ULM), de alunos de outros cursos da Universidade, além de estudantes particulares e de outras escolas de música. A principal proposta da Orquestra é proporcionar ao aluno do curso de Viola Caipira a oportunidade de desenvolver um trabalho de musicalização coletiva, de forma a melhorar acuidade rítmica das peças do repertório estudado. Outro objetivo da escola é propiciar experiência de se apresentar a grande públicos em eventos de natureza variada (culturais, religiosos e festivos).

 

 

 
 
 

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