Não se trata de descobrir e de percorrer sozinho
uma única vez, uma pista, mas de traçar e de construir,
para uso de muitos, uma longa estrada.
A
frase, contida num velho livrinho de L. J. Lebret, foi citada
pela professora Eglê Franchi, esposa do professor Carlos
Franchi falecido recentemente durante o VII Seminário
de Teses em Andamento do IEL, que reuniu professores e alunos
da Unicamp e de outras universidades. Fico a pensar o
que ele gostaria que eu dissesse numa ocasião como esta,
conclui Eglê, que foi homenageada por professores e alunos
daquela Unidade de ensino e pesquisa da Universidade.
Dona
Eglê falou pouco. Lembrou algumas passagens do professor
Franchi, mais precisamente de sua paixão pelo ensino.
Franchi foi um dos fundadores do IEL, e, ao longo de sua carreira,
ocupou os mais diversos cargos e funções dentro
das mais destacadas instituições de ensino e pesquisa
brasileiros. Entre elas, a Unicamp, a partir de 1970, antes
no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, depois no
IEL. Nove anos depois, a Universidade promoveu-o a professor
titular do Departamento de Lingüística do Instituto,
por notório saber. Dirigiu o IEL de 1979 a 1981 e, mais
tarde, de 1998 a 1999, foi assessor jurídico da atual
Reitoria. Carlos Franchi morreu no dia 25 de agosto deste ano,
aos 69 anos.
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Debate
e troca de experiências
O
Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp realizou
na última terça-feira (30) o Seminário
de Teses em Andamento, promovido por alunos de Pós-Graduação,
que este ano contou com a participação de 115
textos. O encontro teve ainda a participação de
trabalhos de alunos de outras universidades brasileiras, com
o objetivo básico de estabelecer intercâmbio com
pesquisadores do Brasil que tenham interesses comuns.
A
principal proposta do seminário é abrir
espaço para apresentação e discussão
de dissertações de mestrado e teses de doutorado
em andamento, além de relatórios de pesquisa de
alunos com bolsa de iniciação científica.
Visando estimular o debate, as apresentações foram
organizadas em sessões de comunicação,
de acordo com temas e ou filiações teóricas
comuns. Além de apresentadores de cada sessão,
ainda participaram dos debates alunos ouvintes e um professor
debatedor.
O
tema central das discussões deste ano foi Horizontes
nos estudos da linguagem. Fizeram parte do Seminário
diversas atividades paralelas, como mesas-redondas, lançamento
do número 6 da revista Sínteses, além de
uma programação cultural. Logo após a homenagem
ao professor Carlos Franchi e esposa, realizou-se a mesa-redonda
Teoria Literária com o tema Deus na Literatura,
com a participação das professoras Adélia
Toledo Bezerra de Menezes, Adma Fadul Muhana e Suzi Frankl Sperber.
Outras
mesas-redondas: Lingüística, com o tema Horizontes
das pesquisas em lingüística, com a participação
dos professores Eleonora Cavalcante Albano, Jairo Morais Nunes
e Mônica Graciela Zoppi Fontana; Lingüística
aplicada, sob o tema Horizontes das pesquisas em lingüística
aplicada, com os professores Angela Kleiman, José Carlos
Paes de Almeida Filho e Paulo Roberto Otonni.
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Arquitetura
e conforto ambiental
Um
dos mais renomados pesquisadores na área de qualidade
de vida no ambiente construído, arquitetura sustentável
e questões sociais associadas, o arquiteto James Wines
estará participando do Encontro Nacional sobre Conforto
no Ambiente Construído, nos dias 11 a 14 de novembro,
em São Pedro. No evento, profissionais especializados,
pesquisadores, professores e técnicos na área
de arquitetura e urbanismo se reúnem para troca de experiências
e divulgação de trabalhos e pesquisas recentes
sobre conforto ambiental e eficiência energética
em edificações e ambientes externos. Além
de Wines, também foram convidados especialistas de vários
países.
A
importância da contribuição de Wines para
as questões fundamentais da arquitetura no mundo e no
Brasil, de acordo com a professora Doris Kowaltowski, da Faculdade
de Engenharia Civil e membro da comissão organizadora
do evento, é demonstrada em primeiro lugar pelo momento
da crise energética no país e a necessidade de
olhar para a eficiência através da arquitetura
bioclimática. Ela disse ainda que se deve destacar a
visão que o professor estaria trazendo para o Brasil
refletindo sobre o atentado e a arquitetura, pois seu escritório
em Nova York foi afetado pelo trágico ataque em Nova
York.
Lucila
Labaki, também da comissão or-ganizadora e professora
da FEC, estima que o encontro que pela primeira vez é
realizado no Estado de São Paulo deve atrair uma
média de 400 profissionais da área de projeto
de edificações e alunos de arquitetura e urbanismo.
A pro-gramação também engloba o 3o Encontro
Latino-Americano de Conforto Ambiental Construído, o
seminário Passive and Low Energy Archi-tecture
PLEA e a 2a Bienal José Miguel Aroztegui.
Outras informações sobre o encontro podem ser
encontradas na página www.fec. unicamp.br/~encac/principal.htm.
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