Um dia decidiu que seria bailarina. E, com algumas
poucas interrupções, o fez por quase 13 anos.
Na Faculdade cursou enfermagem na Universidade Federal
de São Paulo voltou à dança: desta
vez optou pelo balé moderno. Mais tarde, praticou ainda
o sapateado americano por um longo tempo.
A
dança, em suas mais diversas modalidades, sempre foi
uma das grandes paixões da enfermeira Meire Celeste Cardoso
Del Monte, hoje assistente técnica de direção
da Divisão de Enfermagem do Caism, que chegou a participar
de uma série de apresentações em teatros,
palcos de cinemas e festivais de balé.
Nem
tudo entretanto foram só luzes e aplausos na vida da
bailarina, nascida na cidade paulista de Jaú. É
que, morando em Itapuí, município ali pertinho,
pelo menos três vezes por semana, Meire apanhava os seus
apetrechos de balé e rumava de ônibus para Jaú.
A viagem, de 25 quilômetros, era feita por uma estrada
estreita, de terra batida, praticamente intransitável
quando chovia. Fez essa vida durante anos.
Embora
demonstrasse talento para a dança, fosse ela clássica
ou popular, como o sapateado, a atividade não era bem
vista pelo doutor Nestor Cardoso, pai de Meire. Médico,
sério e preocupado com a filha, certamente queria que
Meire abraçasse uma outra atividade, que não fosse
a de bailarina. Algo que talvez lhe trouxesse mais segurança,
estabilidade e um futuro certamente mais promissor. O fato é
que, não por imposição do pai-médico,
claro, acabou deixando a dança de lado, ainda que provisoriamente.
Na
faculdade Meire foi uma aluna aplicada e que sempre obteve excelentes
notas. Talvez porque estudasse aquilo que sempre foi a
minha outra grande paixão: cuidar de pessoas doentes.
A enfermeira revela que veio para o Caism em 1985, quando a
unidade começava a ser construída. Foi uma das
primeiras profissionais a trabalhar na sua constituição.
Cuidou da implantação da Comissão de Controle
de Intoxicação Hospitalar até 1994.
Hoje
atua na Divisão de Enfermagem do Caism, onde trabalha
de oito a nove horas por dia. Uma rotina que às vezes
a deixa cansada. Por isso, segundo diz, nada melhor que um exercício
físico, como a dança, por exemplo, para aliviar
as tensões do dia-a-dia.
Para
quem trabalha com seres humanos, principalmente pacientes de
uma unidade hospitalar como o Caism, muitas vezes é imprescindível
tomar decisões de imediato e de maneira acertada
e eficaz. É uma responsabilidade muito grande,
revela a enfermeira. Uma das coisas que mais a aborrece
não com relação ao trabalho propriamente
dito ou ao serviço que desenvolvo , é
quando observa que determinado paciente não está
evoluindo como o corpo clínico esperava. Ou ainda os
casos registrados no programa de atendimento às vítimas
de violência sexual.
Embora
Meire não atue diretamente com casos desse tipo, é
difícil não tomar conhecimento deles. O Programa,
segundo a enfermeira, atende a uma média de dois casos
por dia.
Acontece
que nem todas as ocorrências desse tipo de crime chegam
aos hospitais ou ao conhecimento da polícia. A violência
sexual é uma agressão que deixa marcas indeléveis
na vítima, conclui Meire.
Quando não está trabalhando ou caminhando na Lagoa
do Taquaral para onde vai três vezes por semana
, Meire diz que gosta de ficar em casa em compahia dos
filhos Rafael (de 20 anos), Rubens (17) e Marina (15), ler um
bom livro (acaba de ler Estação Carandiru, de
Drauzio Varella), ou pegar uma sessão de cinema ou teatro
em companhia do namorado.
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Intel
doa computadores para laboratório da FEEC
A
Intel formalizou no dia 26 de outubro a doação
de um servidor de arquivos baseado em plataforma Intel e também
de 25 estações de trabalho de alta tecnologia
e performance, baseadas no processador Intel Pentium 4 de 1,5GHz.
São equipamentos de alta performance avaliados em mais
de US$ 100 mil, que estão sendo utilizados no laboratório
de Computação Gráfica da Faculdade de Engenharia
Elétrica e Computação (FEEC). A solenidade
contou com a presença de Thomas Lacey (centro), vice-presidente
do grupo de vendas e marketing da Intel e diretor de vendas
e marketing na região das Américas, do vice-reitor
da Unicamp, Fernando Galembeck (à esquerda), do diretor
da FEEC, Léo Pini Magalhães, e do professor José
Mário de Martino (à direita), autor do projeto
que resultou na doação.
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