A maioria das mulheres, quando chega aos 40 anos, se vê
diante
de um problema que, embora não seja um bicho-de-sete-cabeças,
dificilmente sabe lidar com ele: a menopausa. É uma fase
da vida da mulher em que ela passa a sofrer uma série
de alterações, tanto hormonais, quanto bioquímicas
e emocionais, como o mau humor, por exemplo.
Mas
o Cecom (Centro de Saúde da Comunidade) da Unicamp possui
um serviço especialmente direcionado ao atendimento das
mulheres servidoras da Universidade que chegam à casa
dos 40. A partir do próximo dia 9, a ginecologista e
clínica geral Ondina Pregnolato vai promover cinco encontros
com um grupo formado por 20 mulheres servidoras da Universidade.
Esses encontros serão realizados na sala de reuniões
no 2° andar do prédio do Cecom, das 13h30 às
15h30.
Ali
serão passadas todo tipo de informação
e orientação sobre o que é, como se origina
e como tratar a menopausa que é a cessação
da menstruação, provocada pela ausência
do estrogênio, grupo de hormônios sexuais que estimulam
caracteres femininos secundários. O tratamento mais indicado,
talvez o mais adequado para a maioria dos casos, é, sem
dúvida, a reposição hormonal à base
de medicamentos. Ocorre que nem todas as mulheres se dão
bem com a reposição de hormônio. Em
todo caso, é sempre bom que ela passe pelo médico,
antes de tomar qualquer iniciativa, alerta a médica
da Unicamp.
A
menopausa é a porta de entrada para a velhice e ninguém
quer ficar velho, não é? Em geral, a mulher brasileira
tem pouco, às vezes nenhum, conhecimento sobre o que
vem a ser menopausa, como enfrentar esse período extremamente
incômodo da vida, os tabus e preconceitos que a envolvem,
explica a médica. Embora a menopausa não deva
ser encarada como doença, a maioria das mulheres a encara
como se o fosse. É apenas um sintoma natural que
ocorre com a mulher, que se dá com a passagem dos anos,
acentua a doutora Ondina. Segundo diz, vive-se o que se chama
de menopausa social, quando a mulher nasce ouvindo
sempre coisas não muito agradáveis, do tipo eh,
coitada, está próxima da menopausa, vai ficar
feia, de cabelos brancos...
Com
isso, segundo observa, a mulher acaba ficando com medo de envelhecer,
de não ter mais uma vida saudável, com qualidade.
Por outro lado, a mídia é responsável
por parte do problema, que está aí para reforçar
o belo, o bonito e o jovem em detrimento da pessoa mais velha.
E isso é uma coisa que a gente não pode ter para
sempre.
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Semana
do Trauma alerta sobre acidentes
Alunos
de medicina da Liga do Trauma da Unicamp estão organizando
durante esta semana, de 5 a 9 (segunda a sexta-feira), uma série
de atividades a fim de alertar estudantes do ensino médio
e a comunidade universitária com relação
aos índices elevados de acidentes de trânsito e
de casos de violência urbana que causam lesões,
escoriações e machucados. Carlos Rojas e Lígia
Traldi Macedo, alunos do 2o ano de Medicina, explicam que a
idéia é expor os problemas mais freqüentes
e conscientizar as pessoas de que muitas vezes o acidente pode
ser evitado.
A
Semana do Trauma inicia-se nos dias 5 e 6 (segunda e terça-feira),
quando os futuros médicos estarão percorrendo
escolas e ministrando aulas sobre técnicas de prevenção.
Nos dias 7 e 8 (quarta e quinta-feira) acontece a Feira de Saúde,
no Restaurante Universitário da Unicamp. Nestes dias,
os alunos estarão entregando panfletos e instruindo a
comunidade sobre principais cuidados que se deve tomar.
Além
destas atividades, a Liga do Trauma também está
organizando um simulado de catástrofe, que diferentemente
dos anos anteriores, as partes envolvidas não saberão
o dia e horário em que irá ocorrer o acidente.
Esta medida visa testar o sistema de atendimento pré
e pós-hospitalar na eventualidade de um acontecimento
real na cidade.
De
acordo com estatísticas recentes, o trauma responde pela
segunda causa de mortes no Brasil em geral. Em indivíduos
de 10 a 40 anos é a primeira. Sendo que a maior causa
de mortes por trauma está ligada a acidentes de trânsito,
45 mil por ano. Outro grande gerador de trauma é a violência
urbana, que envolve principalmente vítimas de armas de
fogo, armas brancas e espancamentos. A violência doméstica
também é outro fator que contribui para o aumento
das estatísticas. Os estudantes acreditam que metade
ou mais das mortes por trauma poderiam ser evitadas com conscientização
e prevenção.
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