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..............Campinas, 4 a 17 de fevereiro de 2002
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MST
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PROJETO

 

Mosca da bicheira é tema de encontro

Carlos Alberto Tidei

Um projeto de Cooperação Internacional entre o Laboratório de Genética e Biologia Molecular Animal, DGE/CBMEG, Unicamp - coordenado pelos pesquisadores Profa. Dra. Ana Maria Lima de Azeredo Espin - e o Dr. Alan Robinson da FAO/IAEA Division of nuclear Techniques in Food and Agriculture, resultou no Encontro Internacional que foi realizado de 28/01 a 1/02 na Funcamp (Fundação para Desenvolvimento da Unicamp).

O evento foi organizado pelo CBMEG, com o objetivo de estabelecer estratégias de monitoramento genético baseado em marcadores moleculares da espécie Cochliomyia hominivorax, conhecida como mosca da bicheira. Esta espécie causa um tipo de infestação, denominada de miíase, em feridas abertas de animais domésticos especialmente bovinos, causando graves prejuízos econômicos na produção de leite e carne além de desqualificar o couro devido a perfurações. Os prejuízos à produção animal são estimados em aproximadamente 110 milhões de dólares anualmente.

Foram convidados 15 pesquisadores especialistas da comunidade científica internacional pertencentes ao USDA (United States Department of Agriculture), do NHM; The Natural History Museum, de Londres; FAO/IAEA International Atomic Energy Agency and Food and Agriculture Organization, do Laboratório de Genética e Biologia Molecular; DGE/CBMEG da Unicamp; e representantes da América do Sul para estabelecer estratégias para o monitoramento da variabilidade genética visando o controle desta praga no Brasil e demais países da América do Sul.

As pesquisas que estão sendo desenvolvidas no Laboratório de Genética e Biologia Molecular Animal da Unicamp, detentora das principais pesquisas genéticas com relação a esta praga, para a caracterização da variabilidade genética através de marcadores moleculares, têm sido consideradas pioneiras e estratégicas para dar subsídios ao monitoramento genético desta praga.

O encontro estabeleceu uma agenda de trabalho, de reuniões científicas entre os especialistas e realização de workshops, por um período de quatro anos, além da divulgação dos projetos e dos avanços técnico-científicos atingidos, para a comunidade acadêmica. Os projetos brasileiros que serão apresentados pelo grupo da Unicamp, têm sido financiados pela FAPESP, CNPq e pela FAO/ IAEA Division of Nuclear Techniques in Food and Agriculture. (C.A.T.)

 

MST


Mais de 800 jovens estão alojados no Ginásio de Esportes da
Unicamp para uma maratona de dez dias de palestras e debates e outras atividades sobre a questão agrária no Brasil. O acampamento é para acompanhar o Curso sobre Realidade Brasileira para Jovens do Meio Rural, da Escola Nacional Florestan Fernandes, promovido pelo Movimento Sem Terra (MST). São grupos de militantes que vieram de quase todos os estados do Brasil, convocados pelo MST.

Até 6 de fevereiro eles participam de reuniões, oficinas, shows de música e teatro, intercâmbio cultural, e dividem conhecimentos com grandes nomes da política e cultura brasileiras, como João Pedro Stédile, Plínio de Arruda Sampaio, Eduardo Suplicy, José Machado, João Vanderlei Geraldi, Ricardo Antunes, Guedes Pinto, Nelson Rodrigues dos Santos, e Maria Adélia de Souza.

O reitor Hermano Tavares, que abriu as portas da Unicamp para o evento pelo quarto ano consecutivo, parabenizou os jovens pela beleza do espetáculo de abertura: à luz de velas foi formado, com serragem, o mapa do Brasil no meio da quadra. Depois, enquanto as luzes se acendiam gradativamente, sempre com narração de fundo, outro grupo colocou uma pequena barraca de plástico preto em cada um dos estados, simbolizando as ocupações. O mapa foi semeado e logo dava frutos, flores e plantas, colocados ao lado das barracas. No final os jovens se posicionaram com letras de papelão formando a inscrição: “Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – Brasil.”

“É uma oportunidade para os jovens que têm dificuldades de ingressar na universidade, de ter conhecimento do que significa a realidade brasileira. Esses movimentos não se fazem por acaso. Fazem parte de uma vontade democrática do povo brasileiro no esforço de melhorar e aperfeiçoar as relações e o fruto do trabalho”, discursou o reitor Hermano Tavares.

Também prestigiaram a abertura e recepcionaram os participantes a prefeita de Campinas, Izalene Tiene; Roberto Teixeira Mendes, pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários; Álvaro Penteado Crósta, pró-reitor de Desenvolvimento Universitário; Carlos Roberto Fernandes, administrador do ginásio, e José Vitório Zago, representante da Adunicamp. Encerrou a solenidade o coordenador do MST, Adelar Pizetta.

 


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