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Mosca
da bicheira é tema de encontro
Carlos
Alberto Tidei
Um
projeto de Cooperação Internacional entre o Laboratório
de Genética e Biologia Molecular Animal, DGE/CBMEG, Unicamp
- coordenado pelos pesquisadores Profa. Dra. Ana Maria Lima
de Azeredo Espin - e o Dr. Alan Robinson da FAO/IAEA Division
of nuclear Techniques in Food and Agriculture, resultou no Encontro
Internacional que foi realizado de 28/01 a 1/02 na Funcamp (Fundação
para Desenvolvimento da Unicamp).
O
evento foi organizado pelo CBMEG, com o objetivo de estabelecer
estratégias de monitoramento genético baseado
em marcadores moleculares da espécie Cochliomyia hominivorax,
conhecida como mosca da bicheira. Esta espécie causa
um tipo de infestação, denominada de miíase,
em feridas abertas de animais domésticos especialmente
bovinos, causando graves prejuízos econômicos na
produção de leite e carne além de desqualificar
o couro devido a perfurações. Os prejuízos
à produção animal são estimados
em aproximadamente 110 milhões de dólares anualmente.
Foram
convidados 15 pesquisadores especialistas da comunidade científica
internacional pertencentes ao USDA (United States Department
of Agriculture), do NHM; The Natural History Museum, de Londres;
FAO/IAEA International Atomic Energy Agency and Food and Agriculture
Organization, do Laboratório de Genética e Biologia
Molecular; DGE/CBMEG da Unicamp; e representantes da América
do Sul para estabelecer estratégias para o monitoramento
da variabilidade genética visando o controle desta praga
no Brasil e demais países da América do Sul.
As
pesquisas que estão sendo desenvolvidas no Laboratório
de Genética e Biologia Molecular Animal da Unicamp, detentora
das principais pesquisas genéticas com relação
a esta praga, para a caracterização da variabilidade
genética através de marcadores moleculares, têm
sido consideradas pioneiras e estratégicas para dar subsídios
ao monitoramento genético desta praga.
O
encontro estabeleceu uma agenda de trabalho, de reuniões
científicas entre os especialistas e realização
de workshops, por um período de quatro anos, além
da divulgação dos projetos e dos avanços
técnico-científicos atingidos, para a comunidade
acadêmica. Os projetos brasileiros que serão apresentados
pelo grupo da Unicamp, têm sido financiados pela FAPESP,
CNPq e pela FAO/ IAEA Division of Nuclear Techniques in Food
and Agriculture. (C.A.T.)
Mais
de 800 jovens estão alojados no Ginásio de Esportes
da
Unicamp para uma maratona de dez dias de palestras e debates
e outras atividades sobre a questão agrária no
Brasil. O acampamento é para acompanhar o Curso sobre
Realidade Brasileira para Jovens do Meio Rural, da Escola Nacional
Florestan Fernandes, promovido pelo Movimento Sem Terra (MST).
São grupos de militantes que vieram de quase todos os
estados do Brasil, convocados pelo MST.
Até
6 de fevereiro eles participam de reuniões, oficinas,
shows de música e teatro, intercâmbio cultural,
e dividem conhecimentos com grandes nomes da política
e cultura brasileiras, como João Pedro Stédile,
Plínio de Arruda Sampaio, Eduardo Suplicy, José
Machado, João Vanderlei Geraldi, Ricardo Antunes, Guedes
Pinto, Nelson Rodrigues dos Santos, e Maria Adélia de
Souza.
O
reitor Hermano Tavares, que abriu as portas da Unicamp para
o evento pelo quarto ano consecutivo, parabenizou os jovens
pela beleza do espetáculo de abertura: à luz de
velas foi formado, com serragem, o mapa do Brasil no meio da
quadra. Depois, enquanto as luzes se acendiam gradativamente,
sempre com narração de fundo, outro grupo colocou
uma pequena barraca de plástico preto em cada um dos
estados, simbolizando as ocupações. O mapa foi
semeado e logo dava frutos, flores e plantas, colocados ao lado
das barracas. No final os jovens se posicionaram com letras
de papelão formando a inscrição: Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem Terra Brasil.
É
uma oportunidade para os jovens que têm dificuldades de
ingressar na universidade, de ter conhecimento do que significa
a realidade brasileira. Esses movimentos não se fazem
por acaso. Fazem parte de uma vontade democrática do
povo brasileiro no esforço de melhorar e aperfeiçoar
as relações e o fruto do trabalho, discursou
o reitor Hermano Tavares.
Também
prestigiaram a abertura e recepcionaram os participantes a prefeita
de Campinas, Izalene Tiene; Roberto Teixeira Mendes, pró-reitor
de Extensão e Assuntos Comunitários; Álvaro
Penteado Crósta, pró-reitor de Desenvolvimento
Universitário; Carlos Roberto Fernandes, administrador
do ginásio, e José Vitório Zago, representante
da Adunicamp. Encerrou a solenidade o coordenador do MST, Adelar
Pizetta.
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