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Cotuca
ganha novo prédio e mais vagas
Raqeul
do Carmos Santos
Até
2004, o Colégio Técnico de Campinas (Cotuca) passará
a ser um Centro de Educação Profissional e abrigará
quase 2.500 alunos em duas construções no campus
da Unicamp, em Barão Geraldo. Com as novas instalações,
o número de vagas do Cotuca deve saltar para 1.060
atualmente são oferecidas 790. Os prédios serão
construídos nas proximidades do Centro de Computação
e contará com o financiamento do Programa de Expansão
da Educação Profissional (Proep) do Ministério
da Educação, cujo convênio da ordem de R$
3.784.500,00 foi assinado no último dia 25 de fevereiro
pelo ministro da Educação, Paulo Renato Costa
Souza, e pelo reitor Hermano Tavares.
De
acordo com o professor Raul do Valle, diretor executivo do Proep,
o Cotuca será o primeiro Centro de Formação
no Estado de São Paulo e trata-se do maior projeto implementado
pelo Programa em volume de recursos. O modelo possibilita que
o estudante tenha acesso do ensino médio à pós-graduação,
num único local, ou seja, um sistema educacional único.
Atualmente só universidades federais no Rio Grande do
Sul e Piauí possuem um sistema semelhante. A construção
de escolas de formação profissional do Proep já
chega a 232 no país, sendo 12 na Região Metropolitana
de Campinas.
A
liberação de recursos envolve além da construção
das novas instalações que somam mais de
quatro mil metros quadrados a compra de equipamentos
de última geração para as áreas
de telecomunicações, eletrônica, informática,
enfermagem, mecânica, plásticos, culinária
e química.
A
contrapartida da Unicamp seria a contratação de
professores e recursos para a construção de um
dos prédios. De acordo com o professor Michel Sadalla
Filho, diretor do Cotuca, a expectativa é de que em 2006,
estejam disponíveis 4.500 vagas para os cursos de qualificação
básica gratuitos, e 52 cursos de qualificação
e requalificação profissional de nível
básico nas áreas correlatas aos técnicos.
O
Cotuca atende há 34 anos em Campinas, no antigo prédio
da rua Culto à Ciência, e expandiu suas vagas,
de 400 em 1998 para 790 no Processo Seletivo de 2002. Existem
atualmente 1.500 alunos nos vários cursos. Chegamos
ao limite, explica Sadalla. Ele esclarece que a infra-estrutura
e o espaço não permitiriam o aumento de vagas.
Nas
novas instalações do Centro de Educação
Profissional, continuarão a ser oferecidos os cursos
técnicos de Alimentos, Enfermagem, Eletroeletrônica,
Equipamentos Médico-Hospitalares, Informática
(em três modalidades distintas), Mecânica com ênfase
em Automação e Controle, Plásticos e Segurança
do Trabalho e as especializações de nível
técnico em Gestão pela Qualidade e Produtividade
e Projetos Mecânicos por Computador. Sadalla explica que,
até 2004, serão implantados ainda os cursos de
Meio Ambiente, Logística, Construção Civil,
Turismo e Hotelaria, nova turma de Plásticos (período
vespertino), e especialização em nível
técnico em Web Design.
Unicamp
e Moçambique estreitam laços
A união
de forças para desenvolver relações mais
sólidas entre os países em desenvolvimento ganharam
um novo impulso com a visita do primeiro-ministro de Moçambique,
Pascoal Mocumbi, à Unicamp. Pela primeira vez em Campinas,
o chefe de governo fez questão de passar pela Universidade
a fim de estimular os contatos. Atualmente, a Universidade mantém
apenas um tímido intercâmbio de alunos de graduação
e pós com Moçambique. Estamos convencidos
da importância de explorar oportunidades para criar algo
mais consistente, declarou o reitor Hermano Tavares, que
recepcionou a comitiva africana. O reitor sugeriu que a proposta
para levantar recursos e créditos para financiar a aplicação
dos projetos fosse levada ao ministro da Educação,
Paulo Renato Costa Souza.
Um dos trabalhos
que demonstrou a importância da relação
entre a Unicamp e Moçambique foi o Projeto Apta, coordenado
pelo professor do Instituto de Estudos da Linguagem José
Carlos Paes de Almeida Filho. Encerrado em 2000, ele previa
a formação de professores de língua portuguesa
2. Foram três seminários e diversas visitas àquele
país. Outro trabalho desenvolvido foi o do professor
Omar Ribeiro Thomaz, do Instituto de Filosofia e Ciências
Humanas, que coordenou o Projeto Pós Colonialismo Nação
e Conflito: Moçambique e Haiti.
No momento,
de acordo com Mocumbi, o país passa por uma reforma curricular
significativa e a Unicamp poderia participar efetivamente deste
processo. Uma das propostas do professor José Carlos,
do IEL, é desenvolver o Programa Pró-Mestre direcionado
para a pós-graduação. Neste caso
seria uma formação mais profunda na área
do português como segunda língua. Outras
áreas de interesse de Moçambique seriam Saúde,
Meio Ambiente, Ecologia e assuntos relacionados à Água.
(R.C.S.)
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