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Alunos
lançam revista de poesia
Antonio
Roberto Fava
A
princípio a idéia era produzir um livro com títulos
diferentes para cada edição. No entanto, os editores
chegaram à conclusão que tal procedimento talvez
não surtisse o efeito desejado acreditam que,
dessa forma, a obra não se fixasse com um perfil que
a definisse como livro de poesia.
Bem,
depois de seis meses de lançado o primeiro número
de Salamandra, está chegando às bancas (agora
com nome definitivo) a Camaleoa Revista de Poesia, que vem a
público para substituir Salamandra. Editada por Pablo
Simpson e Caio Gagliardi, alunos de doutorado, e Pedro Marques,
de mestrado, pelo Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da
Unicamp, a publicação tem tiragem inicial de 400
exemplares e está agora com maior número de páginas
com 92, em comparação com a Salamandra,
que tinha 72.
O
interessante é que conseguimos manter o mesmo nível
de qualidade de seus textos e acabamento editorial, diz
Pablo. A proposta do livro, segundo Pablo, é servir de
veículo para a publicação de textos de
gente não apenas de dentro da Unicamp, mas também
de fora dela, em virtude do exíguo espaço destinado
àqueles que fazem ou apreciam a poesia sob os mais variados
aspectos. Serve ainda não apenas como unicamente como
um elemento de entretenimento, mas de reflexão e até
mesmo para o exercício da escrita, como observa Pedro
Marques.
Num
país onde o consumo da poesia é algo insignificante
e, por conseqüência, a leitura, Camaleoa procura
privilegiar poetas que estão à margem do mercado
editorial brasileiro, tão difícil de se ter acesso.
No livro há trabalhos de amigos dos poetas participantes,
por indicação ou de gente que apenas gosta de
fazer poesia. Todos os textos são inéditos, explicam
os editores.
Essa
nova edição reúne textos de onze poetas,
alguns já com trabalhos publicados, como é o caso,
por exemplo, de Francisco Bittencourt, nascido em Itaqui (RS),
conhecido na década de 60, morto em 97, aos 64 anos.
Publicou cinco livros mas a maioria, no entanto, continua inédita.
Impresso
nas oficinas da Gráfica da Unicamp com apoio financeiro
do IEL e do Centro Acadêmico de Letras e Lingüística
, o livro reúne poesias das mais diferentes tendências
poéticas da poética lírica, intimista
e mística sobre os mais diversos temas como amor,
solidão, morte, tédio, esperança, conflitos,
até o mistério do Deus supremo. A nova edição
de Camaleoa traz textos de Aristóteles Predebon, Bruno
Ribeiro, Caio Gagliardi, Cristina Betioli, Francisco Bittencourt,
Leandro Mendes, Natacha Muriel, Pablo Simpson, Pedro Marques,
Tiago Tranjan e Wellington Fernandes.
Um
projeto para o novo teatro do IA
O velho
barracão deixará saudades. Assim como a sombra
da árvore que foi a única espectadora do primeiro
grupo de teatro da Universidade. Mas é preciso um bocado
de ousadia, paciência e união para aproximar-se
da perfeição. Dedicação também
ajuda. Em viagem realizada ano passado aos Estados Unidos, Helena
Jank, diretora do Instituto de Artes, trocou alguns passeios
por outros, pode-se dizer, executivos. O propósito foi
visitar teatros para encontrar o que se aproximava das necessidades
de atuais e futuros alunos dos departamentos de artes cênicas
e corporais da Unicamp.
Os modelos
visitados por Helena estão entre as sugestões
para os candidatos do Concurso Público de Idéias
para a Construção do Teatro-laboratório
de Artes Cênicas e Corporais. As inscrições
encerram-se dia 10 de abril deste ano. Segundo a diretora, até
o final de fevereiro haviam sido efetuadas 30 inscrições.
A expectativa é de 300 projetos inscritos até
o último dia.
O concurso,
promovido pela Unicamp e organizado pelo Instituto de Arquitetos
Brasileiros (IAB) é aberto a equipes multidisciplinares
de profissionais coordenados por um arquiteto que esteja em
situação regular com o Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia (Crea). O candidato pode apresentar
apenas uma proposta. A taxa de inscrição é
de R$ 160,00. O edital está disponível nas páginas
www.iabsp.org.br e www.iar.unicamp.br e em folhetos confeccionados
para divulgação do concurso.
Os inscritos
até 10 de abril têm até as 20 horas do dia
29 do mesmo mês para entregar os trabalhos na sede do
IAB/SP, localizada na Rua Bento Freitas, 306, 4º andar,
em São Paulo. Os projetos podem ser enviados também
pelos Correios ou pelo fax (11) 3259-6597.
O primeiro colocado recebe um prêmio de R$ 20 mil, o segundo,
R$ 15 mil, e o terceiro, R$ 10 mil. Segundo Helena Jank, a comissão
julgadora poderá conceder menção ou destaques
a outros trabalhos de bom nível. O julgamento será
em 8 de maio. Após análise dos projetos, o vendedor
será contratado pela universidade para acompanhar as
obras. Helena esclarece que a construtora será escolhida
por meio de licitação pública.
Para a diretora
do IA, este é um grande momento da história da
construção do teatro, que já tem sua pedra
fundamental instalada no gramado do instituto. Ainda não
está previsto o término das obras, mas, quando
isso acontecer, 400 alunos dos cursos de artes cênicas
e corporais serão beneficiados e poderão estudas
e representar em um palco renascentista inglês, ou talvez,
italiano, quem sabe uma arena, ou até mesmo parecido
com o teatro da Universidade de Indiana, um dos visitados por
Helena. Tudo depende agora da criatividade dos arquitetos candidatos.
O desejo dos idealizadores do concurso é que os projetos
inscritos fujam de tecnologias importadas e pensem um teatro
que reflita a realidade brasileira, considerando aspectos como
ventilação, paisagem e clima. (M.A.C.)
Atenção
para as datas e a documentação
Inscrições até 10 de abril de 2002-02-28
Entrega de trabalhos até 29 de abril de 2002
Julgamento até 8 de maio de 2002
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