Edição nº 607

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Jornal da Unicamp

Baixar versão em PDF Campinas, 22 de setembro de 2014 a 28 de setembro de 2014 – ANO 2014 – Nº 607

Simtec supera expectativas


Quem pensava em assistir a um evento somente de funcionários, se enganou. O V Simtec (Simpósio de Profissionais da Unicamp) extrapolou neste ano as expectativas, com ampla participação de toda a comunidade universitária. Docentes, alunos e convidados estiveram no último dia 16 na abertura do simpósio no Ginásio Multidisciplinar (GMU) e no Centro de Convenções da Universidade, locais onde a programação foi realizada até o dia 18. Foram 1.800 inscritos, 241 pôsteres selecionados e 44 minicursos. Na edição anterior, foram 1.500 inscritos.

Essa atividade já integra o calendário de eventos da Universidade e foi organizada pelo Grupo Gestor de Benefícios Sociais (GGBS), Diretoria Geral de Recursos Humanos (DGRH), Agência para a Formação Profissional (AFPU) e Centro de Saúde da Comunidade.

O reitor José Tadeu Jorge, nas primeiras horas da tarde e sob os acordes do Quarteto de Cordas da Sinfônica da Unicamp, percorreu o Ginásio Multidisciplinar para conhecer de perto a produção recente dos funcionários. Tadeu Jorge visitou as exposições de pôsteres e de pintura (feitas pelos próprios funcionários), e também adentrou o espaço Espelho da Arte, uma exposição de fotografias que destacava a carreira da artista campineira Regina Duarte, que inclusive foi homenageada pela organização do Simtec.

Em seguida, o reitor abriu oficialmente o Simpósio de Profissionais da Unicamp, ao lado dos pró-reitores de Extensão e Assuntos Comunitários, João Frederico Meyer; de Pesquisa, Gláucia Pastore; de Graduação, Luis Alberto Magna; de Desenvolvimento Universitário, Teresa Dib Zambon Atvars; do assessor da presidência da Fapesp, Fernando Menezes; do chefe de Gabinete, Paulo Cesar Montagner; e do organizador do Simtec, Edison Lins.

O reitor disse da satisfação de participar desse simpósio, que hoje, em sua opinião, dá mostras de sua consolidação na vida universitária. “Temos pouco mais de oito mil funcionários na Unicamp e cerca de 1.800 inscritos. É um número expressivo que merece registro, resultado da confiança que os funcionários depositam no evento.”

Ele comentou que os pôsteres em geral abordavam soluções administrativas, meios de alcançar qualidade de vida, melhoria da formação, disseminação de conhecimento, inovação, todos eles pilares de sustentação da Universidade. “São temas de vários eixos temáticos que surpreendem pela contribuição dos funcionários, por isso me convenço de que a nossa proposta de gestão – Unicamp de Todos os Saberes – está mais atual do que nunca”, afirmou. “Com isso, a Unicamp cresce mais ainda.” O Simtec teve sua primeira edição em 1997. Foi retomado em 2008 e tem acontecido a cada dois anos.

Ao antecipar a apresentação do professor Rubens Murillo Marques, que ministraria uma aula magna sobre o papel relevante dos funcionários na infância da Unicamp, Tadeu Jorge enfatizou que o projeto de criação da instituição foi bem à frente do seu tempo. “Os rumos foram ascendentes, mas as bases foram fundamentais. O professor Rubens Murillo foi uma das pessoas que mais contribuiu para isso, pelo estabelecimento do curso de Ciência da Computação, pela criação da câmara curricular e pela estrutura de suporte da graduação. “É uma honra tê-lo conosco. Pessoas como ele vestiram a camisa da Unicamp”, salientou.

O professor Rubens Murillo, que chegou em 1967 à Unicamp, para coordenar o Instituto de Matemática, foi apresentado à plateia pelo pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários, João Frederico Meyer, e introduzido ao púlpito pela cardiologista Patrícia Asfora. Começou dizendo que ele é o único remanescente daqueles que elaboraram os Estatutos da Unicamp. “Era um período de grande efervescência política. Foi um sonho que se tornou realidade”, contou. ‘’Sinto-me duplamente privilegiado por estar aqui: pela homenagem que me conferem e por poder reconhecer trabalho de todos vocês.”

Murillo revelou vários aspectos da Unicamp em seus primeiros anos e ressaltou a dificuldade de realizar o primeiro vestibular da Unicamp, que foi embargado por um juiz de Ourinhos, SP, às vésperas de acontecer. “A única possibilidade jurídica era cassar a liminar, o que veio a acontecer com a intervenção do Tribunal de Justiça de São Paulo. Ele também recordou outro episódio que gerou uma certa confusão que foi a implantação da câmara curricular. “Foi uma metodologia totalmente diferente e inovadora. Devido à extrema dedicação dos funcionários, conseguimos dar seguimento ao sistema que foi adotado”, afirmou o professor, que foi ovacionado e recebeu uma placa do funcionário emérito da Unicamp, Antonio Faggiani.