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Por
uma universidade solidária, transparente
e menos burocrática
Unicamp
é conhecida no país e também fora dele
como uma das melhores universidades brasileiras. Esse destaque
é fruto, principalmente, de suas atividades acadêmicas
na graduação, pós-graduação,
pesquisa e extensão. Mas para que essas atividades-fim
possam ser desenvolvidas com o necessário nível
de excelência, é preciso que exista todo um trabalho
de suporte, em áreas essenciais como recursos humanos,
administração, infra-estrutura, informática
e tantas outras. É justamente na coordenação
dessas atividades-meio que se encontra a Pró-Reitoria
de Desenvolvimento Universitário (PRDU). O pró-reitor
Alvaro Penteado Crósta destaca a importância do
trabalho daquela que ele considera a parte invisível
da Universidade. Alguns exemplos de como a Unicamp vem implementando
ações visando o seu desenvolvimento enquanto instituição
pública são abordados nesta matéria.
Equilíbrio
orçamentário
Uma ação
de grande importância, e que representou também
um dos maiores desafios enfrentados pela Unicamp desde a sua
autonomia financeira em 1989, segundo Crósta, foi atingir
o equilíbrio entre suas receitas e despesas. Após
passar por crises orçamentárias em 1998 e 1999,
em função de diminuição relativa
de receitas (oriundas do ICMS) e de gastos crescentes, foi possível
atingir uma situação de estabilização
nos últimos dois anos, com reflexos muito positivos para
a Universidade. Foi a partir dessa estabilização
que os salários alcançaram o seu maior patamar
médio anual desde a autonomia, em 1989. Da mesma forma,
esse equilíbrio possibilitou ações importantes,
como a implantação da nova carreira dos servidores
não-docentes e a implementação de ações
definidas no Planejamento Estratégico realizado em 2000.
Carreira
A nova carreira
para os funcionários não-docentes é um
dos maiores projetos em implantação no âmbito
da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Universitário.
A fase de enquadramento nas novas funções, iniciada
no segundo semestre do ano passado, já alcançou
cerca de 2,7 mil opções do quadro de quase 8 mil
funcionários. A opção pela nova carreira
não significa necessariamente alteração
salarial. Ainda assim, aproximadamente 1,7 mil servidores tiveram
algum ganho, devido principalmente a correções
de distorções nas funções que desempenhavam.
Isso exigiu um aporte de recursos de R$ 6,45 milhões
nos investimentos em salários durante o ano passado.
Os
funcionários que ainda não fizeram a opção
pela nova carreira vão avaliar as vantagens e poderão
fazer a escolha em qualquer tempo, diz o pró-reitor.
Antes, o quadro funcional parecia uma colcha de retalhos, pois
muitas funções eram criadas aleatoriamente, diante
da necessidade de cada unidade ou situação específica.
As regras
predominantes no novo plano de carreira, vencimentos e salários
são a qualificação e bom desempenho na
função. Para melhorar a qualificação
dos seus funcionários, a Unicamp conta com a Agência
de Formação Profissional, criada na atual administração
e que trabalha no sentido de adequar o perfil do funcionário
à sua necessidade de aperfeiçoamento.
Reposição
de Quadros e Infra-estrutura
A Unicamp
convive atualmente com alguns gargalos: desde a autonomia, as
universidades públicas paulistas são responsáveis
pelo pagamento do salário dos funcionários aposentados.
Embora na época isto não fosse um problema para
a Unicamp por ser uma universidade jovem, quase quatorze anos
depois já significa uma pressão importante no
orçamento, pois há um elevado contingente de docentes
que se aposentou neste período. Apesar das dificuldades,
o cenário de equilíbrio orçamentário
atingido nos últimos anos vem permitindo uma reposição
gradual dos quadros docente e funcional. Segundo Crósta,
para 2002 está prevista a abertura de concursos para
contratação de 20 docentes e mais de uma centena
de novos funcionários, um fato novo na história
recente da Universidade.
Até
agora, o que vinha sendo feito era a redistribuição
de quadros, retirando de onde havia folga para áreas
mais carentes. Assim como em aumento de pessoal, Crósta
diz que o investimento em infra-estrutura está direcionado
às unidades mais novas, no sentido de diminuir as desigualdades.
É o caso, por exemplo, do Instituto de Artes, que abriu
concurso para o projeto de construção do Teatro
Laboratório de Artes Cênicas e Corporais, e dos
Institutos de Computação e de Geociências,
que estão iniciando a construção de suas
instalações definitivas. Novos cursos de graduação
surgiram incorporados a outros já existentes: o de Arquitetura
divide o espaço com o de Engenharia Civil, sendo oferecido
no período noturno; e o de Fonoaudiologia é uma
iniciativa conjunta da Medicina com a Lingüística.
Continua...
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