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Informatização
agiliza Recursos Humanos
DGRH vai além dos holerites para oferecer
serviços de readaptação
profissional, saúde ocupacional, ginástica e ergonometria
A
postura clássica da gerência de recursos humanos
mudou com a atual gestão. O organismo responsável
pela área, a Diretoria Geral de Recursos Humanos (DGRH),
não mais se limita ao serviço de pagamento de
vencimentos, tendo adquirido um espectro moderno de gerenciamento
do setor e da forma mais ampla possível. O coordenador
João Frederico da Costa Azevedo Meyer explica o conceito
de administração pessoal envolvendo, além
dos controles habituais, um extenso trabalho de readaptação
de funcionários, saúde ocupacional, ginástica
laboral e ergonometria.
Outro
grande salto, para um quadro funcional de mais de 20 mil holerites
da Universidade, é o sistema informatizado de todas as
funções, gerenciado a partir de uma base de dados.
Hoje, qualquer funcionário, munido de uma senha, pode
consultar sobre sua vida profissional, acessando informações
como vencimentos, previsão de férias, dados pessoais,
gratificações, entre outros. Meyer lembra que,
pelo sistema antigo, o serviço exigia um prazo de dois
meses para que o servidor marcasse suas férias, procedimento
burocrático que agora é feito via computador pelo
RH de sua própria unidade.
Como
é um sistema pesado, que gerencia informações
sigilosas e estratégicas, sua confecção
vem se dando com muito critério. Exigiu-se mudanças
em todas as áreas para adequação ao rigor
necessário na inserção de dados e mecanismos
seguros quanto a seu armazenamento e para a proteção
do sistema. O equipamento principal está no Centro
de Computação, num ambiente de segurança
adequado à dimensão do serviço, informa
o coordenador.
Nesta transição, as tarefas de recursos humanos
foram reconsideradas, mas, até hoje, muita conferência
tem sido feita para garantir a maior abrangência da informação
e que nenhum dado importante se perca ou sofra alteração.
Segundo Meyer, o contingente que trabalha no setor de controle
de pessoal é menor, em que pesem a melhor qualidade do
serviço e o fato de as atividades terem sido ampliadas.
A informática do DRGH perdeu 11 pessoas ao longo
dos últimos nove anos e ganhou apenas dois estagiários,
afirma.
Fim do estigma
Embora este enxugamento traga como aspectos positivos
a ampliação de funções e o fim do
estigma do funcionário público restrito a uma
tarefa específica, agora o servidor se submete a pressões
justamente pelas múltiplas tarefas e prazos a serem cumpridos.
De cada dez tarefas requisitadas, nove vêm com o
carimbo de urgência, observa Meyer.
Contudo, o coordenador se mostra animado com o novo ânimo
que nota entre os funcionários de sua área. O
número de servidores que pedem para aprimorar sua formação
específica é estimulante: em cinco dias úteis
de janeiro, recebi três pedidos de aperfeiçoamento
para melhoria de desempenho.
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Maior
desafio é consolidar a nova carreira
Passada
esta fase inicial de informatização do sistema,
o principal desafio da DGRH é consolidar a implantação
de uma nova carreira. Diante das funções que eram
excessivamente precisas e com um detalhamento que dificultava
a mobilidade de cargos, o princípio foi enxugar tais
nomenclaturas e se apoiar nos méritos. Nosso objetivo
é adotar, com os funcionários, os mesmos critérios
de ascensão que já existem para os docentes. É
uma tendência moderna, que regulamenta as exigências
no que elas têm de fundamental para o melhor desempenho
de cada função, explica Meyer.
Outro
aspecto destacado pelo coordenador para impulsionar a melhoria
constante da formação do funcionário é
que, hoje, a Universidade não contrata mais ninguém
sem o primeiro grau completo. E, em sua trajetória profissional
dentro do campus, ele terá diversas opções
de aperfeiçoamento. Encaramos grandes desafios
a partir de 1998, como a implantação da nova informatização
e nova carreira, dentro da proposta de transcender a concepção
convencional de recursos humanos.
João
Meyer ressalta que, dentro da Diretoria Geral, operam diretorias
específicas, cuidando de benefícios que vão
da administração de todo programa educativo para
funcionários e seus filhos creches, escola básica
e fundamental, supletivo até os de segurança
e saúde ocupacional. Aplicamos conceitos modernos
em todas estas áreas. Em relação a guardinhas
e patrulheiros, por exemplo, nos baseamos no preceito de educação
pelo trabalho, contemplando menores a partir dos 16 anos
que, não raro, serviam a outros segmentos como opção
de mão-de-obra barata.
Nesta
linha, o Proseres, departamento que cuida de bolsas de estudos
para funcionários, já acumula 150 pedidos atendidos
nas áreas de Exatas, Humanas e Biológicas. As
instituições que concedem descontos nas mensalidades
são Unip/Campinas, Unimep, USF, Escola Arquimedes e Cetec.
Cerca de 1,2 mil crianças são atendidas pelas
creches e sistema de ensino básico e fundamental da Unicamp.
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