A engenheira de alimentos Elizabeth Harumi Nabeshima desenvolveu um macarrão instantâneo à base de farinha de arroz. A novidade é saudável do ponto de vista nutricional e não leva em sua formulação o glúten, uma alternativa para os doentes celíacos que não podem ingerir alimentos com trigo. A massa alimentícia, segundo a engenheira, que defendeu tese de doutorado na Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA), alcançou boa qualidade tecnológica e consiste em uma opção para o cardápio do brasileiro, que já consome em altas porcentagens o macarrão instantâneo.
O diferencial do processo adotado por Elizabeth Nabeshima, orientada pelo professor Ahmed Attia El-Dash, foi a modificação da estrutura da farinha de arroz. Ela observa que existe uma demanda na produção, considerada como subproduto. “Trata-se do arroz quebrado, não utilizado para o consumo convencional e com valor cinco vezes menor do que o comercial. Em geral, é usado para ração animal e indústria cervejeira no processo de maltagem”, esclarece.
Na opinião da engenheira, este tipo de arroz poderia ser transformado em farinha e, depois de modificado, utilizado para a fabricação do macarrão. A pesquisa foi feita a partir do processo de extrusão termoplástica, que permite tornar a massa instantânea. Trata-se de outra vantagem, pois no método tradicional o macarrão é frito. Elizabeth indica que a farinha de arroz poderia ser usada também como ingrediente no preparo de molhos para saladas, recheios e coberturas de produtos alimentícios.