Nos
jogos de computador, o que importa é a jogabilidade e a
diversão. Ao contrário do que ocorre com outros softwares
de caráter administrativo, por exemplo, que contemplam elementos
de produtividade, no caso específico dos jogos, o sucesso
está no entretenimento e prazer. Neste sentido, a arquiteta
e especialista em Tecnologia da Informação Ana Regina Mizrahy
Cuperschimid elaborou uma série de diretrizes para o desenvolvimento
de jogos de computadores.
“Trata-se de um check list para aqueles interessados em
considerar fatores chave para o sucesso do jogo. Não que
seja uma garantia, mas os itens podem auxiliar muito na
concepção e desenvolvimento”, explica a autora da pesquisa.
Orientada pelo professor Hermes Renato Hildebrand, Ana
Regina apresentou dissertação de mestrado no Instituto de
Artes, em que destaca não só as heurísticas de jogabilidade
para os programas, como também mostra os resultados de testes
em três jogos famosos que comprovam a sua teoria.
Ana Regina explica que as diretrizes podem ser utilizadas
para qualquer tipo de jogo a ser criado. Também salienta
que se trata de um estudo único, uma vez que não existe
nenhum trabalho que aborde a questão. Segundo a especialista,
o mercado de jogos de computadores está em expansão e é
grande a demanda para o público infantil ou mesmo para empresas
que querem oferecer um serviço a mais para vender seus produtos.
Entre as diretrizes, a especialista privilegiou as características
de diversão e facilidade de usar para agradar o usuário.
Segundo ela, um bom jogo de computador tem que ter fases,
desafios e enigmas para estimular a perseverança. Outro
requisito são as recompensas oferecidas ao jogador com bom
desempenho. “Deve ter recompensas significativas e não somente
ganhar um ‘parabéns’ ao completar as fases. O jogador pode
ter um escudo, ganhar mais poderes, coisas deste tipo”,
explica. Ela lembra, no entanto, que um bom jogo além de
seguir as diretrizes propostas, deve ter um custo acessível,
aceitação social e confiabilidade.