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Educador físico desenvolve mastro
ajustável para a prática de esportes
Mais leve, equipamento pode ser
facilmente transportado para diferentes lugares

Um mastro telescópico que pode ser ajustado a diferentes dimensões de redes esportivas para a prática de voleibol, badmington ou tênis foi projetado por pesquisadores da Faculdade de Educação Física (FEF) da Unicamp. O equipamento, além de permitir o ajuste da altura, dependendo da idade da criança ou adolescente, também possui um diâmetro menor, o que torna o material mais leve e fácil de ser transportado. O educador físico e projetista mecânico Ricardo Silva Melo explica que o objetivo da iniciativa foi, justamente, ampliar o acesso da prática destas modalidades para escolares de uma maneira geral. Melo e o professor Marco A. Coelho Bortoleto, também autor do projeto, observavam que um dos principais impedimentos do aprendizado destes esportes na escola é a dificuldade em se montar os postes oficiais, regulando as redes para a atividade.

Segundo ele, o produto incrementaria a prática de esportes nas escolas que, hoje, se restringem a poucas modalidades devido às dificuldades de infraestrutura. “A garotada precisa aprender de tudo um pouco. Se ela irá se especializar, é outra coisa, mas precisa ter acesso a várias opções. No caso de basquete, por exemplo, já existem tabelas que são ajustáveis à altura”, justifica Melo, argumentando que um garoto na faixa dos nove a dez anos não conseguiria montar a rede sem subir em uma escada ou ter os acessórios específicos.

“Mesmo o professor de Educação Física não teria condições de transportar os postes oficiais e toda a parafernália de uma escola para outra. Por isso, a ideia de se projetar algo que atendessem
essas necessidades. Pelo projeto, é permitido tanto uma criança montar, como o professor transportar com facilidade”, explica, lembrando que o mastro telescópico e ajustável consiste em uma ferramenta para o aprendizado das modalidades e não para treinamento profissional, pois não possui as medidas necessárias para a prática oficial.

Outra sugestão para o projeto seria o uso do mastro por atletas portadores de deficiência motora nas atividades de esportes adaptados. Até mesmo o cadeirante consegue transportar o material e montar, uma vez que por ser telescópico, poderia proceder a amarração das redes na altura alcançada, e só então subir o poste na altura desejada.

O projeto levou três anos para ser desenvolvido e já foi patenteado pela Agência de Inovação (Inova) da Unicamp. O próximo passo seria a construção do protótipo e, na sequência, realizar os testes para observar o desempenho do poste na prática. No entanto, Ricardo Melo aposta no sucesso do projeto, uma vez que está acostumado a projetar produzir aparelhos deste tipo. Ele é microempresário do ramo de aparelhos para circo e produz, sob encomenda, roda ginástica, quadrante para atividades semelhantes ao trapézio e equipamentos para a prática de esporte adaptado.

No caso dos mastros, a ideia seria produzir o material em escala para comercialização junto a prefeituras, escolas públicas e particulares. Também há pretensões de se oferecer para o consumidor em geral, visto que poderia ser montado em quadras de clubes, academias,
residências e até mesmo na praia.

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Publicação
Patente: “Dispositivo vertical para auxiliar várias modalidades esportivas”
Autores: Marco A. Coelho Bortoleto e Ricardo Silva Melo
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