Estatísticas
recentes revelam: duas a cada dez pessoas brasileiras sofrem
de pressão alta. As doenças cardiovasculares são
a principal causa de morte no país, que respondem por
cerca de 40% das mortes e 50% dos óbitos de pessoas com
mais de 65 anos, no Brasil.
Há
menos de um mês a área da saúde da Unicamp
criou o Grupo de Hipertensão do Cecom, cuja principal
finalidade é, senão reduzir esse índice,
pelo menos dar a sua contribuição para impedir
que outras pessoas sejam vítimas desse mal. O serviço
funciona no prédio do Cecom e já atende a 20 pacientes
hipertensos por dia numa média de 500 por mês.
Segundo a cardiologista Patrícia Falabella Leme, ali
o paciente recebe todo tipo de orientação para,
no mínimo, prevenir e tratar a hipertensão através
de algumas medidas. Como, por exemplo, dieta com baixo teor
de sal, praticar uma atividade física aeróbica,
como caminhar, corre, nadar, e andar de bicicleta. O paciente
tem que saber o que pode e não pode comer. Por exemplo,
deve evitar o consumo de bebida alcoólica, reduzir o
peso até o ideal e combater o estresse através
de atividades de lazer ler , pintar, bordar ou participar
de grupo se relaxamento.
Patrícia
diz que embora ainda não se saiba as causas que provocam
a pressão alta, sabe-se que alguns fatores podem
facilitar o seu aparecimento como a hereditariedade, o sal,
a obesidade e o estresse, explica. Para José Luiz,
do Departamento de Enfermagem da FCM, a hipertensão é
uma moléstia assintomática na maioria dos casos.
Quer dizer, a hipertensão é uma doença
silenciosa que, quando aparecem os primeiros sintomas, já
pode ter causado danos no organismo. Assim, a hipertensão
pode causar enfarte, queda ou perda da visão, doenças
coronarianas e falência renal, diz a médica.
A
hipertensão arterial, ou pressão alta, como é
popularmente conhecida, é a elevação da
pressão sangüínea no sistema cardiovascular
e suas causas, segundo os médicos, ainda são desconhecidas.
É uma doença que até então não
tem cura. A pressão provocada pela contração
cardíaca é chamada de pressão arterial
sistólica; a que acontece durante o relaxamento do músculo
cardíaco é a pressão arterial diastólica.
A hipertensão arterial altera os vasos sangüíneos,
que pode provocar infarto, derrame cerebral e paralisação
dos rins. Os valores considerados ideais de pressão são
120 mmHg x 80 mmHg e até 140 mmHg x 90 mmHg considerado
índice normal.
O
Grupo de Hipertensão Arterial do Cecom é constituído
pelo seguintes profissionais: Patrícia Falabella Leme
(médica), Maria Alice Cypriano, Thais Helena Teixeira
e Nair Lumi Yoshino e José Tabagiba Lamas (enfermeiros),
Maria Cristina Faber Boog (nutricionista), Tânia Maria
Granzotto (assistente social), Helenice (psicóloga) e
Fábio Martins (fisioterapeuta).
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Leonardi
é o novo coordenador do Gastrocentros
O
reitor Hermano Tavares abriu a solenidade de posse do novo
coordenador do Gastrocentro, Luiz Sérgio Leonardi,
no último dia 10, no anfiteatro da unidade. Em substituição
ao antecessor, José Murilo Robilotta Zeitune, Leonardi
cumprirá um mandato de três anos, tendo como
coordenador-associado Antonio Frederico Novaes de Magalhães.
Esta é a segunda vez que ele exerce esta função
junto ao Gastrocentro. A primeira foi no período 92-94.
Durante a cerimônia de posse, estiveram presentes autoridades
da Reitoria, representantes da área médica,
diretores de unidades, de laboratórios farmacêuticos,
alunos e funcionários.
Hermano
Tavares ressaltou a competência dos profissionais do
Gastrocentro e a sua projeção como o mais importante
centro do País, além de destacar a notoriedade
que alcançou na visão internacional, a exemplo
do Japão, com quem mantém relações
de cooperação através da missão
Jica.
Natural
de Araras-SP, Leonardi fez carreira universitária na
Unicamp, tendo realizado anteriormente a graduação
na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP e
a residência médica no Hospital São Paulo
da Faculdade da Escola Paulista de Medicina.
Na Unicamp, concluiu o doutorado na FCM em 72, defendendo
a tese Contribuição ao tratamento dos
ferimentos do duodeno e do pâncreas. Dentre os
diversos cargos ocupados, foi diretor da Faculdade no período
80-84, chefe do Departamento de Cirurgia, presidente do Conselho
de Administração do HC e Comissão de
Pós-Graduação da FCM. Desde 72 é
chefe da Disciplina de Moléstias do Aparelho Digestivo
e desde 89 coordenador da Unidade de Transplante Hepático
do HC.
O
novo coordenador do Gastrocentro é professor titular
de Gastroenterologia Cirúrgica. Grande conhecedor da
carreira universitária, Leonardi foi o idealizador
do Pronto-Socorro do HC. Foi ainda coordenador do Serviço
de Cirurgia do Hospital Municipal de Paulínia. De 86
a 95.
Leonardi
apresentou por volta de 400 trabalhos em congressos médicos,
tanto nacionais quanto internacionais. Tem mais de 200 artigos
publicados em periódicos. Participou em mais de 76
bancas examinadoras de concursos públicos, entre outras
atividades.
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