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..............Campinas, 21 a 27 de maio 2001

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...Trânsito - pág. 1   ...Oportunidades - pág. 7
...Qualificação - pág. 2 ...Eventos futuros - pág. 8
...Tecnologia e evento - pág. 2 ...Teses - pág. 8
...Saúde - pág. 3 ...Extensão - pág. 9
...Administração - pág. 3 ...Proj. Experimental - pág. 9
...Campanha - pág. 4 ...Personagem e cultura - pág. 10
...Painel da semana- pág. 5 ...Comemoração - pág. 11
...Em dia - pág. 5 ...Assistência - pág. 11
...Inscrições - pág. 6 ...Especialidade e Artes pág. 12
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....ESPECIALIDADE
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Curso resgata a arte da caligrafia

Balzac escreveu grandes romances (Eugénie Grandet é um deles), mas seu ‘forte certamente não era a caligrafia. Seus originais tornaram-se famosos por serem o tormento dos tipógrafos. Outros escritores, no entanto, faziam questão de apresentar os originais limpos e legíveis. Machado de Assis foi um deles. O autor de clássicos como Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas, entre outros, tinha uma letra miúda, redondinha, perfeitamente compreensível.

A boa caligrafia nem sempre foi privilégio de todo mundo, mas uma boa dose de talento — e muita prática — sempre ajuda. Há quem sem muito esforço consegue escrever de maneira bonita e elegante. Mas há outros.... A arte de escrever bonito é um assunto que sempre interessou ao professor Geraldo Archangelo, do Departamento de Artes Plásticas do Instituto de Artes (IA-Unicamp). Professor de modelagem no Instituto desde 1985, Archangelo está ministrando um curso de caligrafia no IA, destinado àqueles que aspiram por conseguir melhor performance na arte de escrever.

A idéia do curso surgiu em virtude das freqüentes solicitações por parte de estudantes da Unicamp para que Archangelo fornecesse algumas dicas de como poderiam melhorar a escrita.
O curso é direcionado especialmente a estudantes de graduação e de pós, não apenas de Artes, mas também de outras unidades e até gente de fora da Universidade. As aulas são dadas às quartas e quintas-feiras, na sala AP5, no 1° piso do IA, na hora do almoço, entre meio-dia e 13 horas. Estão cadastrados aproximadamente 40 alunos de diversas unidades da instituição.

Archangelo costuma dizer que, para se ter letra bonita e com estilo é basicamente uma questão de treino. “E muita paciência”, sugere. E os resultados apresentados até agora têm sido muito bons. “Embora varie de indivíduo para indivíduo geralmente quando se esforça o suficiente e se dedica aos exercícios, nota-se que em pouco tempo o aluno passa a ter uma boa caligrafia, e já começa a criar em cima da letra que elabora, tornando-a mais bonita”, diz o professor.

Como método de ensino, Archangelo optou pelos estilos denominados pelos especialistas de cursiva inglesa e o gótico alemão. Esta última, uma letra enfeitada, sextavada, cheia de firulas, que, às vezes, de um simples traço podem ser feitas outras letras. Os primeiros exercícios são os de ordem muscular, seguidos pelos motores e os psicomotores. Os movimentos — com os dedos médio, indicador e polegar — são executados repetidas vezes ora rapidamente, com traços leves, movimentando apenas o pulso, ora de maneira lenta, produzindo traços finos e grossos, simultaneamente. E Archangelo dá uma dica que não pode ser desprezada: “quanto mais o aluno se exercitar mais rapidamente terá chance de evoluir”.

 

Técnica permite trabalhos extras

 

Sandra Regina Polizio e Alexandre Megda Pizzi são alunos do 1° ano de Artes Plásticas. São unânimes em afirmar que não estão fazendo o curso unicamente com a intenção de melhorar a letra. É bem mais que isso.


Alexandre, por exemplo, diz que quer aplicar o que está aprendendo na confecção de cartões de Natal, de visitas, de casamentos e outros trabalhos que porventura possam surgir. “E vai me servir também como entretenimento. Vou unir o útil ao agradável, além de ficar com uma letra bonita”, justifica.
Sandra, por sua vez, não considera a sua letra feia. “A minha intenção é aprender outros tipos de letra, de forma caprichada, melhor elaborada. Isso pra uma série de projetos. Um deles destina-se à confecção de capas de trabalho de faculdade”, diz. Ou simplesmente para ter uma letra diferente, mais bonita.

 

 

...ARTES

Projeto une estudos de música popular e erudita

Uma união entre os estudantes de música popular e os de música erudita da Unicamp dá origem ao Unimúsica, um projeto que pretende reunir mensalmente no palco do auditório do Instituto de Artes trabalhos desenvolvidos por alunos dos cursos de música clássica e erudita da Unicamp. A iniciativa é inspirada nos festivais Unidança e Unicenas realizados mensalmente por alunos dos departamentos de artes corporais e cênicas da universidade.A primeira apresentação do Unimúsica será nos dias 23 e 24, às 12h30, no Auditório do Instituto de Artes.

Para que o público prestigie todos os espetáculos, a coordenação do evento preferiu manter a programação em sigilo. O que se pode adiantar é que o repertório é uma mistura de clássico, popular, novo e antigo. Os concertos reverenciam nomes consagrados da música como Mozart, Chiquinha Gonzaga e Hermeto Pascoal, segundo Cassiana Zamith, aluna do curso de música popular e uma das organizadoras do evento. As peças serão apresentadas por um duo de violino, um trio de piano, guitarra e contrabaixo, quintetos e até um sexteto vocal, coisa rara na história da música. O objetivo do festival, segundo Cassiana, é divulgar as produções realizadas pelos alunos à comunidade universitária e aproximar os alunos de música popular e erudita. “Muita gente mostra seu trabalho fora da Unicamp, então resolvemos criar um espaço interno para a divulgação dos trabalhos.”

O único critério para participar do Unimúsica é que todo grupo seja formado por alunos do Instituto de Artes da Unicamp do primeiro ao último ano. “ Existem muitas coisas boas acontecendo no departamento, mas as pessoas não têm iniciativa de montar e realizar um espetáculo”, reforça Cassiana. A coordenação conta com o prestígio de toda a comunidade universitária para o evento.

Serviço
Unimúsica
23 e 24 de maio
Auditório do IA

 
 
 
 

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