Unicamp,
por meio da Superintendência do Hospital das
Clínicas, Associação dos Comerciantes da
Universidade e da Setec, está tomando medidas para coibir
o comércio de alimentos em locais próximos ao
HC. Uma dessas medida é, antes, notificar os ambulantes
da proibição de fazer comércio nas proximidades
do hospital. A segunda é impedi-los. Uma terceira medida,
seria a abertura de licitação pública para
a ampliação do número de estabelecimentos
comerciais na área da saúde. Estuda-se ainda a
possibilidade de se aumentar também o número de
ônibus que transportam pacientes e familiares, da cidade
de origem ao hospital, com o propósito de reduzir o tempo
de permanência dos doentes nas instalações
hospitalares.
Essa
providência visa a favorecer pacientes e acompanhantes,
que não precisam passar o dia todo na área do
hospital, inclusive os que necessitam fazer suas refeições,
às pressas, e mal acomodadas nos bancos ou até
mesmo de pé, explica o Assessor da Reitoria, professor
Jurandir Fernandes. Para isso, a Universidade estuda com prefeitos
e empresas de ônibus de cidades vizinhas a possibilidade
de colocar mais coletivos na metade do dia, de modo a proporcionar
aos pacientes meio de retornar mais cedo para casa.
Recentemente,
a Superintendência do hospital lançou uma campanha
educativa alertando o usuário para que não consuma
produtos dos ambulantes. Na terça-feira passada, dia
29, a Setec (Serviços Técnicos Gerais) procedeu
a retirada de ambulantes das áreas próximas ao
hospital. Segundo Jurandir, os comerciantes foram alertados
sobre a proibição, mas sempre retornavam. Agora
serão terminantemente proibidos, disse.
Há
uma lei da Universidade que proíbe o comércio
dentro do espaço do campus. Mas não é o
que se observa, quando, freqüentemente, o ambulante chega
até mesmo a invadir a rampa do hospital. É comum
vendedores de salgadinhos, pastéis e marmitex, ocupando
o espaço interno do hospital bancos e corredores
destinados aos pacientes e seus acompanhantes.
Aproximadamente 15 mil pessoas passam diariamente pelos mais
diversos ambulatórios do hospital pacientes, acompanhantes,
docentes, alunos e funcionários. Registram-se em média
três mil consultas por dia, que somariam cerca de nove
mil pessoas por dia, incluindo os acompanhantes. A preocupação
do coordenador de administração do HC/Unicamp,
o médico Joaquim Bustorff Silva, é que alguém
que vai a um hospital, presume-se que esteja com a saúde
abalada. Dessa forma, debilitado, come qualquer coisa
contaminada, de procedência duvidosa, acaba passando mal,
agravando o seu estado de saúde. Difícil é
saber qual o estabelecimento que vendeu determinado produto.
A responsabilidade acaba recaindo sobre o hospital, explica
o médico.
|
Melhorar
a qualidade de vida do paciente que está em casa em fase
de recuperação. É basicamente com esse
propósito que o HC e a FCM da Unicamp estão promovendo
o 5° Curso para Cuidadores na Assistência Domiciliar,
destinado a familiares de pacientes filhos, esposo ou
esposa e parentes e profissionais que trabalham em casas
de apoio e de entidades filantrópicas, além de
especialistas da área.
O
curso, para o qual serão oferecidas 130 vagas e ministrado
por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas ocupacionais,
psicólogos e assistentes sociais da Unicamp, será
realizado nos próximos dias 26 e 27 de junho, no anfiteatro
I do conjunto de salas de aulas da FCM, das 8 às 17h30.
Organizado
pelo Serviço Social do Hospital e Departamento de Clínica
Médica da Disciplina Interna da FCM/Unicamp, o curso
tem o objetivo de oferecer aos cuidadores orientações
gerais sobre habilidades e os conhecimentos que devem ter no
caso de prestar atendimento a portadores de doenças crônicas
neurológicas e vítimas de acidentes vascular cerebral.
O curso vai prestar informações também
sobre os cuidados que se deve ter com os pacientes portadores
doenças renais crônicas, e também os que
se encontram em fase terminal, que requer cuidados especiais.
De
acordo com o médico Jamiro Wanderley, um dos coordenadores
do curso, geralmente os parentes cônjuge e filhos
muitas vezes, pegos de surpresa, ficam desorientados
diante de uma situação até então
desconhecida e sem saber como devem se portar para prestar assistência
adequada e eficiente ao doente. Em suma, não estão
devidamente habilitados para tarefas desse tipo, de como lidar
com certos equipamentos, por exemplo, com a máquina para
diálise peritoneal e todos os acessórios que a
compõem, destinada ao doente crônico renal,
diz Jamiro. Salienta que o cuidador domiciliar deve possuir
também certa habilidade no que diz respeito à
locomoção de um determinado paciente, para novas
consultas ou até mesmo dentro de casa.
Normalmente,
o paciente torna-se cada vez mais dependente, o que sobrecarrega
toda a família, expondo-a a um estresse muito grande.
O curso vai passar informações simples que poderão
ajudá-lo a superar ou a lidar melhor com essas dificuldades,
tornando-as mais brandas e suportáveis, explica
o médico.
O Curso para Cuidadores na Assistência Domiciliar, constituído
de palestras e mesas-redondas, será realizado nos dias
26 e 27, das 8 às 17h30, nas salas de aula da FCM. O
valor de inscrição é de R$ 15 para os estudantes
e R$ 20 para os demais interessados. Informações
e inscrições pelos telefones 3788.7250, 3788.7460
e 3788.8014.
|