Na
entrada do Centro de Assistência Integral à Saúde
da Mulher
(Caism), o painel Vida, de Suely Pinotti, retrata uma das madonas
de Rafael. Uma paisagem poética para a entrada de um
hospital e que pode surpreender aqueles que imaginam ser recepcionados
por um ambiente completamente branco. O painel criado por Fúlvia
Gonçalves, que compõe a fachada do hospital, conquista
a admiração de quem trafega pelo campus e exprime
o empenho em humanizar o ambiente hospitalar.
Fúlvia
Gonçalves, doutora em artes pela Unicamp, é autora
de quatro grandes obras que integram o vernissage do 1º
Módulo do Acervo do Caism, a partir das 16 horas do dia
5 de junho, no Saguão de Recepção do hospital.
A mostra reúne as primeiras 20 obras que uma parceria
entre o Caism e o Instituto de Artes (IA) da universidade pretende
instalar nas dependências do hospital. Além de
expor, os seis artistas participantes desse primeiro momento
do projeto de humanização, idealizado pelo professor
Luís Carlos Zeferino, doarão suas peças
ao hospital. Na ocasião, haverá a solenidade da
entrega do termo de doação.
Professora
de gravura no IA, Luise Weiss deixa sua marca neste momento
que é, nas palavras do professor Zeferino, uma
das formas possíveis para tornar o ambiente melhor, menos
frio e acolhedor. Com estilos diferentes dentro das artes
plásticas, também participam do projeto a aquarelista
Rejane B. Cardamoni, com seu paisagismo; a artista plástica
e funcionária da Unicamp Luciane Gardesani, especialista
em arte gráfica e webdesign; a pianista, paisagista e
ecologista Marilene Laubenstein, que desde 1969 participa de
exposições no Brasil e no Exterior; e professor
Jeronimo Noboru Ohnuma, coordenador artístico do projeto,
expositor desde 1965 e integrante do movimento Arte Postal,
com exposições na Espanha, na Alemanha, na Itália,
na Bélgica, no Canadá, no Japão e nos Estados
Unidos.
Com
um repertório da música renascentista à
moderna, o Grupo de Flauta Doce do Departamento de Música
do IA suaviza ainda mais o ambiente durante o vernissage. O
período da exposição é de 6 a 25
de junho, das 9 às 17 horas, de segunda a sexta-feira.
O endereço do Caism é Rua Alexandre Fleming, 101,
Cidade Universitária Zeferino Vaz, campus da Unicamp.
Vernissage
Arte e Humanização
Dia 5 de junho, às 16 horas
Saguão da Recepção do Caism
Exposição
Arte e Humanização
De 6 a 25 de junho, das 9 às 17 horas
De segunda a sexta-feira
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O
Centro de Pesquisa em História Social da Cultura (Cecult)
e o Programa de Pós-Graduação em História
Social da Unicamp promovem, no dia 7 (quinta-feira), a exibição
de Feiticeiros da Palavra, documentário que
põe em foco a prática do jongo forma de
expressão poética, musical e coreográfica
dos afro-descendentes do Vale do Paraíba na comunidade
de Tamandaré, bairro da periferia de Guaratinguetá,
em São Paulo. O filme tem como base a pesquisa desenvolvida
pela Associação Cultural Cachuera. A exibição
será as 14 horas no Auditório do Instituto de
Filosofia e Ciências Humanas (IFCH).
A
primeira parte do documentário intitulada Reminiscências,
busca traçar um percurso histórico do jongo, a
partir das memórias de seus depositários mais
velhos. Através de reconstituições de época
e depoimentos, são lembrados os tempos do cativeiro,
quando o jongo era meio de comunicação cifrada
entre os escravos. O próximo segmento Festança,
retrata os preparativos e o desenrolar de uma noitada de jongo
no Tamandaré e o terceiro, Permanência,
aborda aspectos das mudanças e permanências dessa
manifestação cultural.
As gravações foram realizadas no próprio
bairro. Informações pelo telefone 3788-1663 ou
no site www.unicamp.br/cecult/.
Documentário
Feiticeiros da Palavra
Duração : 56 minutos
Direção : Rubens Xavier
Argumento: Paulo Dias
Roteiro: Paulo Dias e Rubens Xavier
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