Depois
de conquistar algumas páginas no site da Tecnotasa, a
beleza histórica das Minas Gerais ornamenta a exposição
Registros, instalada a partir de hoje (4 de junho) no Centro
Cultural Evolução de Campinas, e a partir de 12
de junho na Biblioteca Central da Unicamp. A mostra reúne
fotos e desenhos realizados por um grupo de alunos do terceiro
ano do curso de arquitetura e urbanismo da Faculdade de Engenharia
Civil da Unicamp, em janeiro, durante viagem acadêmica
às cidades históricas.
A
viagem, segundo Cristina, objetivava proporcionar aos alunos
contato com exemplares da arquitetura barroca presentes em cidades
como Tiradentes, Ouro Preto, Mariana e Congonhas do Campo, e
finalizou com uma visita a Belo Horizonte, onde a arquitetura
moderna de Oscar Niemeyer em Pampulha bem como exemplares do
estilo neoclássico e mesmo do pós-moderno foram
visitados, proporcionando um amplo panorama da arquitetura nacional.
Acompanhados
pelo professor Marco do Valle, do departamento de artes plásticas
da Unicamp, e Cristina Meneguello, do departamento de História,
os estudantes visitaram importantes monumentos das cidades históricas
e traduziram em papel, cada um em seu estilo, como parte das
atividades da disciplina em História da Arquitetura e
do Urbanismo ministrada pelo professor Marcos Tognon, do departamento
de história.
Segundo
Cristina Meneguello, os estudantes receberam uma apostila de
desenho com informações e textos de docentes da
Unicamp abordando diversos aspectos de seu roteiro. Durante
toda a viagem, os estudantes fotografaram, fizeram anotações
e, mais importante, registraram as vistas urbanas, os edifícios,
os detalhes arquitetônicos, as cenas cotidianas que puderam
observar. Desses diários de viagem, nos quais,
na opinião de Cristina, sobressai a qualidade do desenho
e a capacidade de observação e representação,
indispensáveis à prática de futuros arquitetos,
nasceu a idéia da exposição.
A
professora esclarece que para a realização da
mostra Registros de Minas foi necessária uma minuciosa
seleção. A escolha do material exposto foi feita
por alunos participantes e a montagem final ficou sob a responsabilidade
de um grupo de alunos (Filipe Marino, Giovana Bianchi, Paula
Baratella, Vanessa Proença) sob a orientação
de Cristina Meneguello. A qualidade dos registros pode ser conhecida,
de 4 a 11 de junho, na exposição do Centro Cultural
Evolução, e, a partir de 12 de junho, na entrada
principal da Biblioteca Central da Unicamp.
Registros
de Minas
De 4 a 11 de junho
no Centro Cultural Evolução
12
de junho
na Biblioteca Central
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Pagens
da Casa Imperial
Jurisconsultos
e Escravidão no Brasil do Século XIX - Segundo
o autor, os estudos sobre a escravidão vêm se destacando
há algum tempo na história social do Brasil. O
livro de Eduardo Spiller soma-se a esses estudos quando enfoca
a ação e o pensamento conservador dos jurisconsultos
imperiais, ligados ao Instituto dos Advogados Brasileiros, diante
das tensas disputas judiciais entre a escravidão e a
liberdade que sacudiram os tribunais do País no século
XIX.
Fundado
em 1843, esse Instituto reunia os mais conceituados magistrados
do Império. Muitos deles participavam da política
imperial, ocupando cargos no governo ou cadeiras no Legislativo.
Longe de precursores do abolicionismo, imagem idealizada na
época por Joaquim Nabuco, os jurisconsultos emancipacionistas
explicitaram seus escrúpulos contra a escravidão.
De acordo com o autor, tiveram que se posicionar por causa das
insistentes ações cíveis de liberdade,
movidas por escravos mantidos injustamente em cativeiro.
Autor:
Eduardo Spiller Pena
Edição: Editora da Unicamp em co-edição
com Cecult/IFCH
329 páginas
R$ 36,00
www.editora.unicamp.br
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A
Capoeira Escrava e outras Tradições Rebeldes no
Rio de Janeiro (1808-1850)
O autor apresenta a progressiva evolução da capoeira
no seu contexto político e cultural, incluindo o papel
dos capoeiristas nos movimentos políticos assim como
na repressão à revolta dos mercenários
estrangeiros em 1928 e nos conflitos de rua. Com bons argumentos,
Carlos Eugênio procura passar aos leitores que o desafio
da capoeira à escravocracia não era simples paranóia
dos senhores, mas uma realidade constante.
O
leitor é levado a uma reflexão das aterrorizantes
cadeias que aprisionavam os capoeiristas e outros escravos que
desafiavam a ordem escravista, que se misturavam aos prisioneiros
políticos da Revolta da Cabanagem no Pará. Trata-se
de um livro elaborado com base em fontes de arquivos, que incluem
registros policiais da época. Não se repetem meramente
os mitos usuais sobre capoeira, mas acrescentam-se novas descobertas
ao corpo do conhecimento histórico sobre esse jogo e
arte marcial.
Autor:
Carlos Eugênio Líbano Soares
Editora: Editora da Unicamp em co-edição com
o Cecult/IFCH
595 páginas
R$ 49,00
www.editora.unicamp.br
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