O
planejamento e o gerenciamento do setor agrícola e, mais
especificamente, do setor sucro-alcooleiro, tem se tornado cada
vez mais sofisticado, requerendo informações mais
precisas e com antecedência em relação à
época da safra. Essas informações são
essenciais para o planejamento do transporte, processamento
e armazenamento da produção, bem como para a tomada
de decisões relacionadas à sua comercialização,
fatores importantes para o planejamento estratégico do
setor. A crise energética tem chamado a atenção
de volta ao setor, dado o seu potencial de produção
de biomassa que pode ser aproveitada para a produção
de energia.
Métodos
tradicionais de coleta de informações sobre produção
agrícola do setor sucro-alcooleiro, como levantamentos
e observações de campo, consomem muito tempo e
estão sujeitos à imprecisões que comprometem
as estimativas do volume dos produtos finais (álcool
e açúcar), o que influencia diretamente na composição
de preços e no fechamento de contratos de fornecimento
das empresas ligadas ao setor. O sensoriamento remoto, orbital
ou não orbital, proporciona uma visão sinótica
da superfície, permitindo a análise e o mapeamento
da distribuição espacial das áreas plantadas.
Apesar dos avanços recentes no desenvolvimento de novos
sensores, com maior resolução espacial, espectral
e temporal, esta técnica não tem sido muito utilizada
no processo de estimativa de produção.
O
Grupo de Estudos em Geoprocessamento da Faculdade de Engenharia
Agrícola da Unicamp está utilizando imagens de
satélite e imagens obtidas por videografia multiespectral
(a bordo de aviões e helicópteros) para auxiliar
o processo de estimativa de safras em usinas de cana-de-açúcar.
A técnica, desenvolvida a partir de um projeto de pesquisa
financiado pela FAPESP, consiste em capturar imagens digitais,
na faixa do Espectro do infravermelho, de áreas plantadas
com cana-de-açúcar, e gerar mapas de variabilidade
espacial da cultura.
Com
estes mapas, é possível detectar regiões
com maior ou menor produção de biomassa dentro
das áreas de plantio. Estes mapas auxiliam os técnicos
encarregados de estimar a produção das usinas,
direcionando as suas observações de campo. Este
método possibilitou uma melhora de até 12% nos
valores estimados de produção, em um trabalho
realizado junto com a Usina São João Açúcar
e Álcool S/A, em Araras. A técnica pode ser utilizada
para outras culturas, para agricultura de precisão, e
também no estudo e mapeamento de vegetação
natural.
Informações na fonte: Jansle Vieira Rocha - Grupo
de Estudos em Geoprocessamento /Faculdade de Engenharia Agrícola,
telefone: 19-37881060 ou e-mail jansle@agr.unicamp.br.
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O
assunto que tem tomado as manchetes da imprensa brasileira será
discutido na Unicamp. No dia 8 (sexta-feira) acontece a mesa
redonda Crise Energética: implicações
e conseqüências. O debate começa às
9 horas, no Auditorio da Biblioteca Central. Estarão
presentes pesquisadores de diversos setores da Universidade
especialistas no assunto. Pelo Núcleo Interdisciplinar
de Planejamento Energético (Nipe), o professor Luís
Cortez fará a abertura da programação.
Na seqüência, o professor Secundino Soares Filho,
da Faculdade de Engenharia Elétrica e Ciência da
Computação, fala sobre Características
do Sistema Elétrico Brasileiro e a Crise Energética.
Sérgio
Bajay, professor da Faculdade de Engenharia Mecânica aborda
o tema Impacto das Medidas Governamentais e Otaviano Canuto
dos Santos Filho, professor do Instituto de Economia, profere
a palestra Impactos Econômicos da Crise Energética.
O professor Isaías Macedo, assessor da Reitoria irpa
propor Alternativas Energéticas. No final
das apresentações haverá debate entre os
especialistas e o público presente. A promoção
é da Coordenadoria Geral da Universidade . Mais informações:
www.cgu.unicamp.br
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