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..............Campinas, 18 a 24 de junho 2001

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Critérios definem raridade bibliográfica

Ser ou não ser um livro raro foi a questão explicada por Ana Virgínia
Pinheiro, bibliotecária da Fundação Biblioteca Nacional e professora da Escola de Biblioteconomia da Universidade do Rio de Janeiro, aos 60 alunos que participaram do curso “O livro raro: formação e preservação de coleções bibliográficas especiais”, realizado na Biblioteca Central da Unicamp nos dias 4 e 5 de junho. O público reuniu representantes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (Puccamp)e da Universidade de São Paulo (USP), entre outras instituições.

O objetivo principal do curso ministrado por Ana Virgínia é esclarecer a curadores os critérios de raridade, apresentando a diferença entre o raro, o único e o precioso. “O raro é raro em qualquer lugar e momento. O que é raro no Brasil tem de ser na América do Norte, na Europa, ou na Ásia. Não adianta a pessoa dizer que o livro é raro só por ser único.” Segundo Ana, uma obra rara possui características muito especiais e, para receber tal qualificação, passam por um exame tão minucioso e precioso quanto as obras de artistas plásticos. Para chegar à constatação, o curador deve examiná-lo página a página. “O livro é examinado como se fosse um quadro”, explica. O curso realizado na Biblioteca Central da Unicamp é conseqüência da obra O que é livro raro, que rendeu à autora Ana Virgínia, em 1986, o Prêmio Biblioteconomia e Documentação, do Instituto Nacional do Livro – INL.

Segundo Ana Virgínia, a questão sobre o que é livro raro atormenta não só curadores e bibliófilos, mas também proprietários de itens avulsos. Ana Virgínia esclarece que é impossível predeterminar o que é um livro raro, porque cada obra é um universo restrito de manifestações culturais – originais e acrescentadas. Outra complexidade no trabalho de curadores também é o discernimento sobre as características colocadas em evidência, quando se tenta provar a raridade de um livro. Neste caso, esclarece Virgínia, os argumentos são frágeis, baseados no “inquestionável” pressuposto da antigüidade.
Além dos procedimentos para a avaliação da raridade, o curso incentiva uma atitude responsável pelos curadores e pesquisadores de coleções especiais em favor de salvaguardas e preservação e permite subsidiar o empreendimento de projetos para a formação e gestão deste tipo de coleção, fundamentados na preservação e na garantia de acesso.

Ana Virgínia especializou-se em análise, descrição e recuperação da informação pela Universidade do Rio de Janeiro (Unirio) e em administração de projetos culturais, pela Fundação Getúlio Vargas. Em 1999, foi premiada com uma bolsa de pesquisa, na Biblioteca Nacional de Lisboa, sob o patrocínio da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses (Portugal). Atualmente, a professora publica, pesquisa e participa de eventos nas áreas de História do Livro e da Leitura, Formação e Desenvolvimento de Coleções Bibliográficas e Documentais de Memória.


....BREVES


Vítimas de violência
As entidades representativas da Unicamp, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Campinas, os vereadores Carlos F. Signorelli, Angelo Rafael e Maria José da Cunha, e o deputado estadual Renato Simões lançam no próximo dia 19 (terça-feira) a Campanha pela Regulamentação da Lei Estadual de número 10.354, que obriga o Estado a prestar assistência às vítimas e testemunhas da violência. A Lei já passou pela Assembléia Legislativa e, no momento aguarda a regulamentação do Governo do Estado de São Paulo. O evento tem o apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários e será realizado no Centro de Convenções (Sala 2), a partir das 12 horas. A programação consta da apresentação da Lei, seguida de um debate com a comunidade universitária. Na oportunidade, também serão colhidas assinaturas para o encaminhamento de um abaixo assinado ao Governo do Estado de São Paulo. Informações: 3736-1480.

Projeto Catarata
O Departamento de Oftalmologia da FCM realizará até dezembro o Projeto Catarata da Unicamp mensalmente, um sábado por mês. O próximo acontece no dia 23 de junho, a partir das 8 horas, no Ambulatório de Oftalmologia. As demais datas serão definidas. Informações: telefones 3788-7110 (Antonia e Panta) ou 9112-4082 (Dra. Denise).

Ginástica Geral
Professores da Faculdade de Educação Física promovem no dia 18 (segunda-feira), às 19 horas um espetáculo de Ginástica Geral e dança. A apresentação será no Ginásio da FEF com entrada franca. Informações pelo telefone 3289-5992.

 
 
 
 

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