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..Campinas , de 20 a 26 de agosto 2001

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NESTA EDIÇÃO
.....Educação - pág.1 .....Eventos futuros - pág. 8
.....Tecnologia / Difusão - pág. 2.....Teses - pág. 8
.....Saúde / Breves - pág. 3.....Personagem - pág 9
.....Atendimento - pág. 4.....Literatura - pág 9
.....Painel da semana - pág. 5.....Mídia / Lançamentos - pág. 10
.....Em dia/Inscrições - pág. 6.....Reforma / Exposição - pág. 11
.....Oportunidades - pág. 7......Mestrado - pág. 12
 
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Marinalva: a ex-faxineira que virou pedagoga
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Todas as dificuldades não foram suficientes para impedi-la de alcançar o que queria. Dificuldades que começou a aprender desde muito cedo. Ainda criança. Quando a ex-faxineira Marinalva Imaculada Cuzin estava com treze anos, por exemplo, precisou de autorização do Juizado de Menores para ser contratada com carteira assinada. Mais tarde, depois de passar por vários empregos, conseguiu arrumar trabalho como monitora de creche de educação infantil. À noite fazia faxina no cursinho vestibular do DCE (Diretório Central dos Estudantes) da Unicamp. Casou, descasou, casou de novo. Teve três filhos.

A trajetória de Marinalva sempre foi pontuada de momentos difíceis — mas enfrentados com coragem e determinação. Agora, depois de cinco anos, ela alcançou o seu grande objetivo: tornar-se pedagoga. Na sexta-feira, dia 10, Marinalva prestou juramento em cerimônia no Centro de Convenções da Unicamp, em nome dos formandos em pedagogia. E na segunda-feira, fazia inscrição em um curso de mestrado na área de Psicologia da Educação.

Atualmente a ex-faxineira trabalha como professora no presídio Ataliba Nogueira, distrito de Hortolândia, onde responde pela alfabetização dos presos. “É uma satisfação muito grande ensinar um preso a escrever uma carta para os seus familiares sem o auxílio de ninguém para alguém ler ou escrever”, diz. Como se não bastasse, Marinalva continua fazendo suas pesquisas no Laboratório de Políticas Públicas e Planejamento Educacional da Unicamp. Agora, aos 36 anos, três filhos, mora com o marido, o auditor fiscal Marcelo Takemoto, numa chácara no Vale das Garças.


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...LITERATURA
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Nesta quinta-feira, dia 23, o escritor Silviano Santiago estará no auditório do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), a partir das 15 horas, para uma conversa com alunos, professores e demais interessados em literatura. A vinda do escritor e professor à Unicamp faz parte do Projeto Leituras Literárias, ocasião em que o convidado lê trechos de suas obras, conversa e responde perguntas do público.

Autor de vários romances, entre eles Viagem ao México, Keith Jarret no Blue Note e De cócoras, Silviano é tido como um dos mais importantes escritores brasileiros. Professor de Literatura Brasileira na Universidade Federal Fluminense, atualmente o escritor está cedido à UFRJ com a finalidade de co-coordenar o Programa Avançado de Cultura Contemporânea.

Foi presidente da Associação Brasileira de Literatura Comparada (Abralic), tendo organizado eventos sobre o conceito de “limites” (literatura e outros campos do conhecimento), literatura e mulher e literaturas africanas de língua portuguesa. No Programa Avançado de Cultura Contemporânea, Silviano foi curador da exposição Roland Barthes Artista Amador e da mostra de filmes de Alain Robbe-Grillet.
Tem vários livros publicados sobre crítica literária (dependência cultural, censura, pós-modernismo, minorias sexuais etc.), sendo o último Nas malhas da letra, e vários romances, como Em liberdade, Stella Manhattan (traduzido para o inglês e o francês) e Viagem ao México. Uma antologia de seus ensaios está sendo publicada por Duc Up. Tem larga experiência de ensino em universidades norte-americanas e francesas.

Atualmente dirige a edição crítica da obra completa de Carlos Drummond de Andrade (Coleção Archives). Entre os seus artigos mais recentes estão Lebensfreude und Macht, Brasilianische Literatur de Zeit der Militarherrschaft (1964-1984), Vervuert Verlag, The Post-Modernism debate in Latin America e Os bestializados.

 

 
 

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