Dentro
da cultura greco-romana, as primeiras obras literárias escritas datam do
século VIII a.C. Tratam-se das epopéias Ilíada e Odisséia,
escritas pelo poeta grego Homero, considerado o primeiro escritor do ocidente.
Em forma de poemas narrativos, por exemplo, falam da guerra de gregos e troianos.
E é um desses textos, o Canto 11 de Odisséia, do poeta, ensaísta,
tradutor e professor Haroldo de Campos, que abre o número 1 de Phaos
Revista de Estudos Clássicos, lançada oficialmente na segunda-feira,
dia 14, no auditório do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). Phaos,
que em grego quer dizer luz, é um periódico anual, e saiu com uma
tiragem de 600 exemplares. É constituída de catorze textos, escritos
pelos mais importantes professores, ensaístas, pesquisadores na área
de línguas e poetas, não apenas do Brasil mas também do exterior.
Com 186 páginas, a publicação foi criada por um grupo de
professores de estudos clássicos grego e latim do Departamento
de Lingüística do IEL/Unicamp, com o propósito de proporcionar
aos pesquisadores da área, brasileiros e estrangeiros, a publicação
de trabalhos cujo tema contemple aspectos das civilizações clássicas,
traduções e resenhas críticas.
Para
Trajano Vieira, professor de Língua e Literatura Grega do IEL, a obra se
propõe ainda a refletir sobre a produção clássica
de modo geral, não apenas a literária, mas desenvolver reflexões
histórias sobre a Grécia, assim como trabalhos de arqueologia, filosofia,
linguagem e lingüística. Não é, absolutamente,
uma revista de literatura, embora reflita, por exemplo, sobre a poesia antiga,
assinala o professor. Phaos espera tornar-se um veículo destinado à
divulgação de artigos sobre o mundo greco-romano, além de
promover a interdisciplinaridade e proporcionar a interação entre
áreas que tratam de temas afins, dentro e fora do IEL. Como se não
bastasse, a obra busca estimular o intercâmbio com pesquisadores de outras
instituições e divulgar eventos na área de estudos clássicos.
A
idéia para a elaboração de Phaos surgiu há aproximadamente
um ano, de forma que a preocupação com o estudo e a divulgação
de línguas clássicas fosse uma constante. Houve um momento
que achamos que era necessário criar um veículo para poder transmitir
o material que vínhamos produzindo, não só internamente na
Unicamp, mas também de universidades de fora do país. Assim nasceu
Phaos, explica Trajano. O
professor Trajano admite que o texto da revista não é um texto tão
acessível. De fato, Phaos possui uma dimensão de erudição
bastante vasta. Mas essa é uma questão inevitável na área.
No entanto, ressalta que a publicação começa a ser acessível
ao estudante do terceiro ano de graduação em diante. É sobretudo
uma publicação voltada a pesquisadores, professores universitários
e estudiosos do assunto, exatamente pelo teor o científico que contém,
que se pretende de ponta. Em síntese, busca um público com
conhecimento um pouco mais avançado, avalia Trajano. A Comissão
Editorial de Phaos é constituída pelos professores Flávio
Ribeiro de Oliveira, Isabella Tardin Carneiro, Marcos Aurélio Pereira,
Paulo Sérgio de Vasconcellos e Trajano Vieira.
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Livros
abordam urodinâmica e emoções humanas
Aplicações
Clínicas da Urodinâmica, de autoria dos urologistas Carlos Arturo
Levi DAncona e Nelson Rodrigues Netto Jr. O livro tem por objetivo apresentar
o tratamento das disfunções do trato urinário inferior, seja
de problemas comuns, como a incontinência urinária, ou de outros
mais difíceis, como o do idoso depauperado. O correto exame clínico
e diagnóstico, e sobretudo a terapêutica, têm por base os sólidos
conhecimentos de anatomia, fisiologia e neurofisiologia, a que se agrega, igualmente,
sólida base fisiopatológica. De posse desses conhecimentos, é
possível colocar em prática e interpretarem-se as técnicas
urodinâmicas, essenciais, para o exato diagnóstico de anormalidade
vesicouretral do paciente. Aplicações
Clínicas da Urodinâmica volta-se também para um pequeno grupo
de pacientes, mal-atendidos por profissionais de outras especialidades médicas
que, mediante o comprovado fracasso de sua assistência, não lhes
resta outra alternativa senão a de encaminhar estes pacientes para o urologista,
habilitado em urodinâmica. É o que ocorre com as doenças do
tipo mielomeningocele e com o trauma raquimedular. Há ainda a se acrescentar
que a longevidade alcançada pelo grupo de idosos hoje, em geral, pode ser
acompanhada de incontinência urinária, com óbvios constrangimentos
para o próprio idoso, seus familiares e amigos, cujos depreciativos reflexos
impregnam o seu ambiente social. Além da atenção ao idoso,
ele também aborda a incontinência urinária nas crianças
e nas mulheres. Nele, são enfocados os métodos que avaliam o funcionamento
da bexiga e os métodos de tratamento de diversas doenças. Dentre
outros capítulos, enfatiza: Fisiologia da Micção, Enurese,
Obstrução Infravesical na Mulher, Trauma Raquidemular, Sexualidade
no Paciente Paraplégico, e Transplante Renal e Bexiga Neurogênica.
O livro tem 284 páginas, 31 capítulos, 39 colaboradores, dos quais
13 estrangeiros. |