Nas
imagens, o movimento das plantas
Ensinar
botânica para adolescentes não é tarefa
fácil. O trabalho fica ainda mais complicado quando o
tema da aula é o movimento das plantas. Como fazer os
alunos entenderem isso se os livros são estáticos?.
A
indagação é de Cíntia Hotta Orsi,
mestranda em Genética e Biologia Molecular do Instituto
de Biologia (IB) da Unicamp, que recentemente conquistou o segundo
lugar no 17° Prêmio Jovem Cientista, com o trabalho
Movimento das plantas: ensinando biologia através de
imagens. Cíntia que foi orientanda do professor
Eduardo Galembeck, do IB, explica que a botânica é
uma disciplina não muito apreciada pelos alunos do ensino
médio.
Comecei
a observar que esses alunos tinham, por alguma razão,
certa dificuldade em acompanhar a matéria. Sabia que
para mudar esse quadro era preciso fazer alguma coisa; tornar
o ensino da matéria mais atraente e dinâmico, por
exemplo, seria uma boa alternativa, diz. E num prazo de
um aproximadamente um ano desenvolveu um software para ensinar
biologia usando imagens, filmes e simulações que
criam uma noção real dos fenômenos naturais.
Cíntia
ressalta, no entanto, que o programa de computador não
tem a função de substituir a aula do professor.
Na verdade, o software é um instrumento que complementa
o conteúdo teórico apresentado em sala de aula.
Além disso, serve de estímulo para os estudantes
interessados em adquirir conhecimentos mais amplos, revela.
O
programa foi testado por alunos de escolas do ensino médio
e, segundo Cíntia, obteve um resultado bastante
positivo. Professores e alunos asseguram que é
uma excelente ferramenta de educação, pois não
apenas ilustra o conteúdo de trabalho em sala de aula,
como pode ser o ponto inicial para a abordagem do tema Movimento
das Plantas.
O
software de criado por Cíntia é composto de duas
etapas. A primeira a introdução
procura interagir os alunos com o computador com o objetivo
de identificar os agrupamentos das fotos que exemplificam o
movimento das plantas. Na segunda etapa, são expostos
filmes, imagens, animações, simulações
e experimentações que revelam aos estudantes
os fatores que influenciam os movimentos, como a luminosidade,
a gravidade, a temperatura e os hormônios.
Cíntia,
que hoje se dedica à pesquisa com exclusividade, conta
que sempre teve muita vontade de lecionar, tanto no ensino médio
como no superior, e que ficou feliz com o resultado final do
seu trabalho. No entanto, não esconde o sutil incômodo
da dificuldade de ver o seu programa produzido em larga escala.
Seria muito bom que pudesse ser utilizado principalmente
pelas escolas públicas, atualmente tão defasadas
em termos de programas de ensino. Uma das alternativas que poderiam
ser tentadas seria a gente arrumar patrocinadores. Quem sabe,
não?.
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Povo
palestino é
tema de simpósio
O
governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, o
prefeito municipal de Jericó, Abdel Karim Sider, o embaixador
Musa Amer Odeh, do Conselho de Embaixadores Árabes no
Brasil, a prefeita de Campinas, Izalene Tiene, e os reitores
da Unicamp, Hermano Tavares, e da PUC-Campinas, Pe. José
Benedito de Almeida David são algumas das presenças
confirmadas para o simpósio internacional Os direitos
humanos do povo palestino na conjuntura atual. A programação
acontece nos dias 28 a 30 (quarta-feira a sexta-feira), no Centro
de Convivência Cultural e Centro de Convenções
da Unicamp. A promoção é da Coordenadoria
de Relações Institucionais e Internacionais da
Unicamp e da Prefeitura Municipal de Campinas.
A
cerimônia de abertura acontece no dia 28, às 19
horas, no Centro de Convivência Cultural. Na oportunidade
será realizada a assinatura do Acordo Cidades Irmãs
entre Campinas e Jericó. Nos dias 29 e 30 serão
abordados temas sobre: A História da Palestina; A Cultura
do Povo Palestino; O papel das instituições parlamentares
na busca de soluções para o conflito Israel/Palestina;
A Construção de um Estado Palestino; Jerusalém
como um componente na Análise do Conflito Israel/Palestina;
As religiões abraâmicas; A potencialidade da participação
brasileira no conflito; A viabilidade para o estabelecimento
do Estado Palestino: uma visão territorial e As relações
EUA/Israel: Uma visão histórica.
As inscrições são gratuitas e serão
recebidas até dia 26 (segunda-feira) através do
site www.unicamp.br/cori/eventoscori.htm.
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Professor
da Química fala sobre
supramolecular e nanotecnologia
Supramolecular
e nanotecnologia são dois termos-conceito que já
não podem mais ser considerados em separado, de acordo
com o professor do Instituto de Química, Oswaldo Luiz
Alves. Ele explica que a conexão vem do fato de ambos
expressarem uma nova dimensão do estado molecular. Se,
por um lado, o supramolecular procura entender e dominar as
ligações não-covalentes intermoleculares,
por outro, a nanotecnologia advoga para si a possibilidade da
manipulação ao nível molecular, que leva
à obtenção de produtos/espécies
químicas, com a precisão de uma construção
feita átomo a átomo. Esta será a
temática do próximo seminário promovido
pela Coordenadoria Geral da Universidade (CGU), dia 29 (quinta-feira),
às 11 horas no auditório da Biblioteca Central.
Na palestra Supramoléculas e nanotecnologia molecular:
a emergência da complexidade, Alves irá abordar
aspectos ligados à área, valendo-se não
apenas de informações contidas na literatura internacional,
mas também da experiência de vários projetos
desenvolvidos pelo Laboratório de Química do Estado
Sólido do Instituto de Química. O evento é
aberto ao público em geral. Informações
no site www.cgu.unicamp.br.
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