Livro
reúne 15 anos de Vestibular Unicamp
Era
dezembro de 1986. Os candidatos às vagas de graduação
da Unicamp que abriram o caderno de questões do primeiro
vestibular independente da Fuvest, se depararam com a pergunta
ainda datilografada: No Brasil, a questão da Assembléia
Nacional Constituinte está na ordem do dia. Em novembro
passado, os brasileiros maiores de 18 anos votaram e escolheram
seus representantes para a elaboração de uma nova
constituição que é, desde já, objeto
de discussão e luta política.... Já
as redações mencionavam e apontavam temas polêmicos
como usinas nucleares ou ainda solicitavam discorrer sobre a
tensão vivida nos momentos de maratona do vestibular.
De
lá pra cá, 15 anos se passaram e as mudanças
nos recursos gráficos e no processo de elaboração
das provas foram muitas. Para melhor, é claro. O
esforço foi sempre se aproximar dos professores de ensino
médio e dos futuros candidatos para se melhorar cada
vez mais, afirma a professora Maria Bernadete Marques
Abaurre, coordenadora executiva dos Vestibulares. E como relembrar
é muito bom e preservar as lembranças é
melhor ainda, a Comissão Permanente (Comvest) lançou
a coletânea 15 anos de Vestibular Unicamp.
A
publicação traz todas as provas de redação
e de questões gerais da primeira fase, juntamente com
reflexões sobre a proposta e evolução dessas
provas ao longo do período, constituindo assim, mais
uma importante referência para a compreensão dos
objetivos das provas e dos critérios empregados em sua
correção. Até final de dezembro, também
deverá ser lançado outro material com o conteúdo
das provas da segunda fase dos 15 vestibulares já realizados
pela Universidade. Por enquanto, a tiragem está limitada
e apenas os professores da rede pública do ensino médio
da região receberam os exemplares gratuitamente. A venda
só foi feita no último dia 21, dia do lançamento
da publicação.
Durante
a cerimônia, o pró-reitor de Graduação,
Angelo Cortelazzo, fez questão de parabenizar e agradecer
não só o Grupo de Trabalho que montou a coletânea,
como também todos os profissionais envolvidos na elaboração
do processo ao longo do tempo. Trata-se de um inestimável
valor documental, afirma. A coordenadora acadêmica
da Comvest, professora Eugênia Maria Reginato Charnet,
lembra que a razão pela qual a equipe foi motivada a
produzir o material foi a série de e-mails e telefonemas
de pessoas interessadas nas provas dos anos anteriores. Em 1997,
a Unicamp pôs à disposição, juntamente
com o Manual, o Caderno de Questões do ano anterior.
A iniciativa, porém, se restringia a apenas ao ano em
questão.
Ao
longo desses anos o trabalho empenhado para realizar o Vestibular
jamais foi técnico ou burocrático, afirmou
o professor Edgard Dedecca, membro do Grupo de Trabalho. Ele
explica que a marca do processo sempre foi dedicação,
empenho e principalmente a paixão. Portanto, creio
este ser um momento de reflexão e revisão do quanto
se evoluiu.
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Biblioteca
do Instituto de Economia é ampliada
O
Instituto de Economia da Unicamp amplia em 700 metros quadrados
o prédio do Centro de Documentação Lucas
Gamboa. Espaço e silêncio agora são companheiros
dos usuários da biblioteca. O barulho incomodava
os usuários, porque o espaço era pequeno. O prédio
antigo não tinha salas de leitura em grupo, agora são
quatro, informa Ademir Giacomo Pietrosanto, diretor da
biblioteca. O projeto de infra-estrutura das novas instalações
do Cedoc foi desenvolvido com apoio financeiro da Fecamp e da
Fapesp, responsável também pela aquisição
de 3,5 mil novos livros, dentro do projeto Faplivros.
A
solenidade de reinauguração do Cedoc aconteceu
no dia 20 de novembro, no auditório do Instituto de Economia,
com a participação do presidente da Fecamp, José
Ricardo Barbosa Gonçalves, do presidente da Fapesp, Carlos
Henrique de Brito Cruz, do diretor do IE, Paulo Baltar, e do
ex-diretor Geraldo Di Giovanni, que deu início ao projeto
de reestruturação da biblioteca em sua gestão.
Segundo Giovanni, a ampliação do espaço
está ligada à organização do projeto
acadêmico de expansão em cursos de graduação
e pós em economia e ao projeto de reorganização
de áreas e implantação de cursos noturnos.
Em
dois pisos, a nova arquitetura possibilita a ampliação
da área administrativa, a disposição dos
acervos e a racionalização do espaço. A
arquiteta Heloísa Herkenhof explica que o projeto, desenvolvido
com a participação do diretor do Cedoc, Ademir
Giacomo Pietrosanto, preocupou-se com todos os cuidados de conservação
do acervo. O ambiente é todo protegido por tela para
controle de entrada de luz. A acessibilidade também fez
parte das várias considerações do projeto,
que inclui um elevador e uma rampa. Além disso, o aluno
não precisa entrar no acervo para pesquisar, pois os
terminais foram instalados próximos à entrada
da biblioteca.
No
térreo do prédio, o usuário encontra a
área administrativa, o acervo especial do jornal Gazeta
Mercantil, obras de referência, terminais de consulta,
balcão de locação de livros, fotocópia,
acervo de livros, dicionários e enciclopédias,
sala de leitura individual para 40 usuários e sala externa
de leitura, além de um espaço arejado para leitura
de periódicos e convívio. O primeiro piso é
reservado à coleção de periódicos
do Cedoc, teses e dissertações, monografias e
mais uma sala de leitura individual com 20 mesas.
Para
o diretor Paulo Baltar, a reestruturação da biblioteca
foi significativa e possibilita a ampliação do
acervo. Para ele, a biblioteca é um dos maiores lucros
de uma universidade, um laboratório no qual se
realizam pesquisas e ensino. Durante a solenidade, Baltar
explicou que o nome é uma homenagem a um dos fundadores
da biblioteca do IE, Lucas Gamboa.
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