Simulação
de tragédia reúne 100 pessoas
Uma
explosão seguida de desabamento, às 15h22, parou
o
Shopping Unimart, na Avenida John Boyd Dunlop, na tarde do dia
20. Cerca de 14 minutos depois já estavam a postos o
Corpo de Bombeiros e equipes de resgate do Serviço de
Assistência Médica de Urgências (Samu). Tudo
na verdade era uma simulação que reuniu
100 pessoas - para testar a segurança do atendimento
das vítimas, caso a tragédia ocorra em uma situação
real na cidade.
De
acordo com o médico da Unicamp e um dos peritos que participou
da avaliação do sistema, professor Mário
Mantovani, as vítimas fatais do trauma são a segunda
causa de mortes no Brasil. Perde apenas para o câncer,
alerta. A cada uma hora, pelo menos 16 indivíduos são
mortos e outros 45 ficam incapacitados devido as mais variadas
causas como acidentes de trânsito, acidentes domésticos
e violência. Em países desenvolvidos, as mortes
por trauma estão em terceiro lugar.
Em
sua opinião este tipo de simulação é
importante para a preparação quando a situação
é real. Nos próximos dias, o Corpo de Bombeiros,
Samu e médicos dos hospitais públicos de Campinas,
se reúnem para avaliar os serviços e o que pode
ser feito para conter o índice de mortes por causa de
falhas no pré e pós atendimento. Mantovani acredita
que a melhoria dos serviços só acontece com a
atuação conjunta das forças vivas que envolvem
os acidentes. Cada vez mais o Corpo de Bombeiros, a Prefeitura
e os hospitais públicos devem unir os esforços
para diminuir o tempo gasto no socorro, aumentando a possibilidade
de vida do paciente.
Durante
o exercício, as vítimas foram classificadas por
cores. Como havia o perigo de desabamentos, os médicos
não puderam entrar. Neste caso, a classificação
é feita pelos bombeiros, explica Mantovani. A cor
preta indicava os pacientes irrecuperáveis, o vermelho
aquelas que estavam em estado crítico, as amarelas caracterizavam
os casos urgentes e a verde, que poderia aguardar atendimento.
O desastre simulado teve 40 vítimas, sendo oito fatais,
11 em estado crítico e seis em situação
de emergência. O teste terminou quando as equipes de resgate
levaram os acidentados para os hospitais públicos de
atendimento emergencial, Hospital Celso Pierro (PUC-Campinas),
Hospital Mário Gatti e Hospital das Clínicas da
Unicamp.
O
tenente-coronel João K. Watanabe também enfatizou
a importância deste tipo de exercício. Ele defende
a integração de trabalho em prol da vida e solicitou
uma avaliação crítica por parte dos peritos
que estavam no local. Quanto à chegada das viaturas no
espaço de 14 minutos, Watanabe avaliou como satisfatório.
Primeiro porque as condições de tráfego
naquele horário são boas. Temos que levar
em consideração que os desastres não escolhem
hora para acontecer. O telefone para solicitação
de atendimento emergencial do SAMU pode ser 192.
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FCM
inaugura Unidade de Pesquisa Clínica
A
Disciplina de Doenças Infeciosas e Parasitárias
da FCM inaugura no próximo dia 30 (sexta-feira), às
10 horas, a Unidade de Pesquisa Clínica (UPC) no complexo
hospitalar da Unicamp, no prédio localizado atrás
do Cipoi (prédio do martelo). A data foi escolhida para
se aproximar mais da comemoração do Dia Mundial
de Luta Contra Aids (dia 1º de dezembro). A nova unidade
reestruturará o atendimento ambulatorial para Aids do
Hospital das Clínicas, que deverá ser diário.
O objetivo da Unidade é integrar num mesmo lugar assistência,
ensino e pesquisa. Às 10h30, haverá o lançamento
do livro Leito-Dia em Aids: Uma Experiência Multiprofissional,
de autoria das enfermeiras de Rosely Moralez, Maria Rosa Ceccato
e Maria Clara de Paiva no anfiteatro do HC. Durante a solenidade,
serão fornecidas novas informações sobre
a inauguração do Hospital Dia, prevista para fevereiro.
Informações: telefone 3252-4624 ou celular 9602-8384
(Dr. Rogério).
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