O
projeto da Unicamp Economia de Energia e Cogeração
na
Unicamp foi selecionado em primeiro lugar dentre as 52
propostas encaminhadas por instituições universitárias
do país ao Ministério da Ciência e Tecnologia,
dentro do programa CTInfra. Foram contemplados os projetos na
área de energia que contêm caráter inovador
e que se caracterizam como alternativas na racionalização.
Encaminhado pelo Núcleo Interdisciplinar de Planejamento
Energético (Nipe), através da Reitoria, o projeto
da Unicamp tem como objetivo realizar estudos para viabilizar
a economia no campus e a implantação de uma unidade
de cogeração no Hospital das Clínicas.
Na primeira etapa, as instituições selecionadas
recebem R$ 50 mil para elaborar um relatório de possibilidades
e assim, concorrer à segunda fase do programa. Selecionadas
as propostas, as instituições receberão
o valor aproximado de R$ 1,5 milhão para implantação
do projeto até 2003.
O
coordenador do Nipe, professor Luis Augusto Barbosa Cortez,
declara que se trata de uma importante conquista para a Universidade.
Ele explica que o sistema de cogeração de energia
já é um conceito bastante difundido mundialmente
e que experiências têm comprovado a sua eficiência.
No caso do Hospital das Clínicas, a partir de uma linha
de gás existente na rodovia D. Pedro I, será possível
gerar energia elétrica, água gelada, água
quente e vapor. Esperamos que este projeto traga significativa
economia de recursos para a Unicamp, declara Cortez. Atualmente
a demanda máxima do Hospital é 2,5 megawats e
segundo o pesquisador, conseguir a geração de
2,0 megawats já seria o ideal.
Os
estudos devem prosseguir até final de janeiro de 2002.
Na pesquisa estão sendo consideradas diversas opções
e modelos de cogeração. Para isto, o pesquisador
conta com a colaboração do engenheiro Denilson
Boschiero do Espírito Santo que defendeu tese de doutorado
na Unicamp sobre uma alternativa de cogeração
para o Hospital das Clínicas. Ele pesquisa o assunto
há cerca de seis anos. Boschiero está realizando
as medições necessárias, levantamento de
equipamentos, cargas e instalações junto ao HC.
Com
relação às ações relacionadas
à racionalização no campus de uma maneira
geral, os trabalhos estão sendo coordenados pelo professor
Ernesto Ruppert, da Faculdade de Engenharia Elétrica
e de Computação. Ruppert contará com a
colaboração dos alunos da Empresa Júnior
da FEEC.
Recursos
Para o projeto geral que inclui além da
cogeração, as ações de economia
no campus Cortez avalia que seriam necessários
recursos da ordem de R$ 6 milhões a R$ 10 milhões.
Esta soma garantiria a auto-suficiência por parte
do HC, diz. A verba definida pelo MCT é de R$ 1,5
milhão, portanto, insuficiente para a cobertura global.
O pesquisador, no entanto, acredita que os recursos servirão
para impulsionar as ações que já estão
sendo realizadas e a implantação de outras contempladas
na proposta.
Cortez
ressalta ainda que nesta etapa de levantamentos e estatísticas
do estudo o envolvimento da direção das unidades
é de fundamental importância para o sucesso do
projeto. A equipe multidisciplinar - montada para garantir a
pesquisa dos impactos da proposta nos diversos segmentos
é formada pelos professores Ernesto Ruppert (FEEC), Arnaldo
Walter (FEM), Silva Nebra (FEM), José Tomaz Vieira Pereira
(FEM), Lincoln de Camargo Neves Filho (FEA), Vivaldo Silveira
Junior (FEA), Isaías Macedo (Reitoria), além do
professor Luís Cortez. Profissionais da Prefeitura Universitária,
o Hospital das Clínicas e a Reitoria também estão
colaborando no projeto que tem o acompanhamento da CPFL, Ecoluz,
Petrobrás e Comgás. (R.C.S.)
------------------------------------
DEBATE
Seminário
aborda segurança dos alimentos e bioterrorismo
Quais
seriam os efeitos econômicos da ocorrência de
surtos de febre aftosa nos Estados Unidos? Esta é uma
das questões que o professor Edir Nepomuceno da Silva
pretende responder no seminário Segurança
dos Alimentos e Bio-terrorismo, no dia 6 (quinta-feira),
às 11 horas, no Auditório da Biblioteca Central.
Em sua palestra, Nepomuceno falará sobre as possibilidades
do uso de alimentos para disseminar doenças animais
de grande importância econômica, para as quais
a recomendação dos organismos reguladores internacionais
é a eliminação do rebanho e a impossibilidade
de exportação de seus produtos.
Também
abordará as possibilidades do uso de alimentos como
veículos de toxinas e agentes infecciosos ao homem.
Ele cita como exemplo a toxina botulínica substância
biológica de maior letalidade para o homem. Uma
grama desta substância tipo A purificada,
teoricamente, poderia eliminar toda a população
brasileira, esclarece.
Outra questão importante, segundo o pes-quisador da
Faculdade de Engenharia de Alimentos, é a utilização
dos alimentos como agente desencadeador de graves surtos de
toxinfecção alimentar. Os principais agentes,
facilidade e dificuldades do seu manuseio, ou seja, nível
de conhecimento para iniciar uma guerra deste tipo serão
tratados no seminário.
A
palestra encerra a série de seminários promovidos
pela Coordenadoria Geral da Univer-sidade este semestre. No
total, 21 palestras foram realizadas ao longo do ano com temas
polêmicos e de importância para a discussão
pela comunidade universitária, entre eles Desen-volvimento
Tecnológico, Genoma, Lei de Infor-mática, Crise
Energética, Dengue e Políticas de Ciência
e Tecnologia. Os temas discutidos e os principais tópicos
encontram-se disponíveis no site www.cgu. unicamp.br.
(R.C.S.)
|
Reunir
especialistas de diferentes áreas do
conhecimento que têm o tempo como categoria fundamental
de pesquisa é a proposta do seminário Educação
e Representações do Tempo nos dias 5 e 6 (quarta
e quinta-feira), no Salão Nobre da Faculdade de Educação
da Unicamp. Profissionais de diversas instituições
como universidades federais de Belo Horizonte, Juiz de Fora
e Cascavel, Secretaria de Educação de Londrina
e Laboratório Nacional de Astrofísica, além
da própria Unicamp estarão presentes no evento
promovido pelo Grupo Memória, História e Educação
(Gepememo) da Faculdade de Educação e coordenado
pelas professoras Ernesta Zamboni e Vera Lúcia Sabongi
De Rossi.
A
palestra de abertura Tempo: Educação Psicanálise
e História será realizada no dia 5, das 9 às
12 horas. À tarde, das 14 às 17 horas, será
abordado o tema O Tempo e a Produção do Conhecimento
Escolar. No dia 6, a pro-gramação transcorre no
dia 6, das 9 às 12h30, com os tópico Tempo: cinema,
Astronomia e Filosofia e Os Tempos e a Educação.
Outras informações pelo telefone 3788-5565. (R.C.S.)
|