Charlotte assume direção do IEL
Na Unicamp desde 1978, Charlotte sabe que, ao assumir a direção do IEL, tem um trabalho árduo pela frente, mas nem por isso menos prazeroso. Idéias e projetos não lhe faltam para tornar a unidade cada vez mais eficiente. Os alunos são, evidentemente, uma das grandes metas. Por meio dos cursos de graduação - de letras, de lingüística e de fonoaudiologia (em parceria com o Centro de Estudos e Pesquisa e Reabilitação "Prof. Gabriel Sérgio Porto", da Faculdade de Ciências Médicas) - o IEL desempenha papel essencial na Universidade e também na sociedade. "Um grande desafio é o da formação dos nossos alunos como formadores e a construção do seu, e nosso, papel na educação no Brasil".
Por outro lado, é também importante garantir a contínua formação e capacitação técnica do conjunto dos funcionários, para que atendam às necessidades acadêmicas dos docentes, dos alunos e dos projetos de pesquisa, explica. Como foi chefe do Departamento de Lingüística por duas vezes, ela sabe como detectar áreas de ensino e pesquisa e serviços da unidade que apresentam eventuais deficiências e que, por isso mesmo, precisam ser reavaliadas e melhoradas.
A professora Charlotte adianta que está estudando maneiras de fazer com que o IEL crie mecanismos de forma a promover uma integração maior entre os departamentos e setores do instituto. "Minha proposta para os próximos quatro anos é que trabalhemos de maneira articulada, que cada coordenador se sinta não só responsável pelo seu setor, mas integrante de uma verdadeira equipe diretora do IEL", diz. Uma de suas metas prioritárias refere-se à criação de condições para o pleno funcionamento do curso noturno de graduação, com o fornecimento de serviços necessários e a realização de atividades culturais depois das 18 horas. Charlotte explica que o curso será dotado de todas as condições satisfatórias, como o acesso às salas de computadores, à biblioteca e ao Centro de Documentação até o final do período noturno.
Um dos setores que, segundo Charlotte, precisam ser ampliados, é o dos cursos de extensão, área que tem tido considerável crescimento nos últimos dois anos. O que a professora pretende no IEL é dinamizar a política de extensão da unidade, ampliando os benefícios trazidos pelas atividades para os integrantes da comunidade, com recursos adicionais para a pesquisa, ampliação do leque de cursos para os alunos e formação contínua de funcionários. A nova diretora do IEL tem uma série de outros planos que pretende pôr em prática assim que se inteirar, de maneira mais abrangente, das atividades do Instituto. De início, uma dessas iniciativas, por exemplo, relaciona-se à articulação entre atividades de pesquisa e formação de alunos por meio de atividades de extensão que podem absorver as novas exigências relativas aos estágios de docentes para a obtenção de Licenciatura. "O IEL também tem que estar presente na discussão das questões de políticas lingüísticas, quanto no que diz respeito ao ensino da língua materna, como das línguas estrangeiras, sem esquecer a questão complexa das línguas indígenas", ressalta Charlotte.