|
Os inúmeros desafios à integração sul-americana
Três estudos desenvolvidos
no IE jogam luz sobre os alcances
e limites do processo de regionalização
MANUEL
ALVES FILHO
A
integração da América do Sul é uma aspiração antiga dos
países que compõem o continente. Desde Simon Bolívar, no
Século XIX, tal ideal vem sendo buscado. O processo, porém,
tem sido marcado ao longo do tempo por entraves, discordâncias
e polêmicas em variadas dimensões, da comercial à financeira,
passando pela política, diplomática e de infraestrutura.
Ainda assim, tem avançado. Três pesquisas desenvolvidas
no Instituto de Economia (IE) da Unicamp abordam diferentes
aspectos da integração sul-americana. Os estudos ajudam
a jogar luz sobre as estratégias adotadas pelo bloco nessa
direção. Pela leitura deles, um ponto emerge como claro:
a tarefa continuará impondo grandes desafios ao estabelecimento
de uma comunidade com certo grau de coesão.
O processo de integração da América do Sul
é tema de uma linha de pesquisa coordenada pelo professor
André Biancareli e financiada pelo Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgão do
Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). O objeto principal
dos estudos é dimensão financeira dessa integração regional.
“Desde os anos 60 e 70, o continente conta com instituições
criadas para oferecer financiamentos de curto e longo prazo
para os países, seja para a realização de obras, seja para
socorrê-los em momentos de crise ou facilitar pagamentos
intrarregional. Ou seja, há uma experiência institucional
nesse sentido. O foco da nossa linha de pesquisa é estudar
essas iniciativas, ver o que elas têm de negativo e positivo
e checar porque há tantos bloqueios à integração”, explica
o docente.
Nos
períodos mais recentes, prossegue Biancareli, é possível
identificar duas diferentes estratégias adotadas pelo bloco
em nome da integração. Entre os anos 80 e 90, os países
valeram-se de um modelo que poderia ser classificado como
liberal. As iniciativas ficaram quase que totalmente restritas
à área comercial, traduzidas no rebaixamento de tarifas
e na ideia de formação de uma área de livre comércio. Tal
postura fomentou a criação do Mercosul, há 20 anos. “Dito
de modo simplificado, a diretriz principal era uma nivelação
do campo de jogo para que as forças de mercado pudessem
atuar sem barreiras”, define o coordenador da linha de pesquisa.
Nos anos 2000, entretanto, houve uma mudança
na condução da integração por causa dos fracassos do modelo
anterior e da ascensão de governos que se mostravam diferentes
entre si, mas que se posicionavam à esquerda do espectro
político, como o de Luis Inácio Lula da Silva (Brasil),
Hugo Chavez (Venezuela) Evo Morales (Bolívia), Rafael Correa
(Equador), entre outros. “Com esses governos, o tema integração
ganhou novo corpo, mas com contorno diferente. Ao menos
no discurso, o processo passou a privilegiar a redução das
assimetrias entre os países que compõem o continente, pois
houve o entendimento de que não bastaria quebrar as barreiras
comerciais, sob o risco de cristalizar as diferenças de
desenvolvimento entre as nações. Também foi dada ênfase
à questão social e à oposição aos Estados Unidos”, detalha
o docente do IE.
Configurou-se, assim, o que alguns autores
denominaram de regionalismo pós-liberal. A despeito da postura
desses governos, o movimento encontrou pontos de resistência,
como lembra Biancareli. “Desde logo, a Colômbia, principalmente
em razão da sua política na área de segurança, muito alinhada
ao pensamento dos Estados Unidos. Também o Chile, que a
despeito de contar até recentemente com um governo de esquerda,
sempre teve um perfil mais liberal. O Peru, do mesmo modo,
sempre se alinhou a esse polo, o que pode sofrer alterações
diante do resultado eleitoral dos últimos dias. Ou seja,
a América do Sul viu-se divida entre três tipos de posturas:
uma mais liberal, representada por Chile e Colômbia e Peru;
uma mais radical, que poderíamos chamar de matiz bolivariana,
representada por Venezuela, Equador e Bolívia; e uma mais
moderada, na qual se encontram Brasil e Argentina”, esclarece
o professor.
Uma das consequências desse desenho é a
disputa de projetos por parte dos lados liberal e pós-liberal,
o que cria entraves ao processo de integração. Um exemplo
de dificuldade, conforme o docente da Unicamp, é a criação
do Banco do Sul, que teve a ata de fundação assinada em
2007. Embora todos os países do bloco pós-liberal concordassem
com a importância de um novo órgão que pudesse financiar
grandes projetos e contrapor-se a instituições multilaterais,
não houve consenso sobre os objetivos do banco. Ele deveria
servir ao financiamento de obras de infraestrutura, ao socorro
de países em dificuldades ou para substituir o dólar nas
transações comerciais? “O processo de negociação tem se
mostrado complicado. Não por outra razão, o banco não está
operacional até hoje”, afirma Biancareli.
Nesse
contexto, continua o professor do IE, o Brasil vem utilizando
fortemente o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES) a serviço do processo. Ocorre que a instituição
não tem sido usada para financiar diretamente a integração,
mas sim as obras de infraestrutura dentro de outros países,
que são executadas por empresas brasileiras. “Há uma grande
controvérsia se essa ação faz parte ou não de um projeto
integracionista”, lembra Biancareli. De acordo com ele,
o processo de integração regional na Ásia é muito mais fácil
de ser concretizado do que na América do Sul por alguns
motivos, entre eles a questão histórica e porque as grandes
empresas já atuam regionalmente, o que estabelece um grande
fluxo de capitais e mercadorias entre, por exemplo, Malásia,
Tailândia, China, Coréia do Sul e Japão.
Na América do Sul, segundo ele, isso não
acontece. Ademais, pontua o docente do IE, deixar que as
forças de mercado se encarreguem de promover a integração
não é uma boa receita. “Aqui, o processo é mais político
e diplomático do que econômico. A economia, no caso, vem
a reboque. O nosso desafio é mais complicado porque o mercado
joga contra, se o leitor quiser uma frase mais exagerada.
Nós temos pouca integração produtiva”, diz. Apesar de todas
essas dificuldades, Biancareli considera que o processo
tende a avançar e a superar os obstáculos. “Pelo lado financeiro,
as insuficiências e assimetrias do sistema internacional
são terríveis e constituem um fator complicador para uma
integração ‘voluntariosa’ com o resto do mundo, sem salvaguardas
ou sustentação regional. Isso deu errado nos anos 90, e
a crise de 2008 explicitou novamente os riscos e problemas
da ordem globalizada e liberalizada. Creio que o nosso caminho
tem que ser pautado pela diplomacia e pelos projetos estratégicos”,
analisa.
Questionado
sobre se o Brasil tem alguma lição de casa a fazer que possa
favorecer o regionalismo sul-americano, Biancareli responde
que sim. Segundo ele, o grande desafio da economia brasileira
é de caráter estrutural. “Os rumos apontam para o risco
de desindustrialização. Os recursos que virão do pré-sal
podem ou não ser um fator complicador nesse sentido. Precisamos
decidir se vamos nos tornar um país exportador de petróleo
e outras commodities ou se vamos usar o dinheiro obtido
com o comércio do combustível para fomentar a diversificação
e fortalecimento da indústria. Essa segunda opção envolve
necessariamente raciocinar em termos regionais, não apenas
nacionais”. Além disso, completa o especialista, o comércio
exterior do Brasil deveria trabalhar em favor da integração,
e não acumular superávits expressivos com todos os vizinhos.
“Nós temos que importar mais desses parceiros, de modo a
dinamizar a economia deles. Entretanto, há uma dificuldade
nisso. Grosso modo, temos pouco a importar de países como
Paraguai e Bolívia, a não ser energia elétrica e gás natural,
respectivamente. Ou seja, o grande problema está em promover
a integração produtiva entre as nações sul-americanas”.
‘No contexto atual,
a única integração possível é a que
está sendo realizada pela comunidade de negócios’
O processo de integração regional na América do Sul é
um projeto capitalista para fins diretos da acumulação
de capital. Os negócios executados nesse contexto têm
um impacto social e ambiental destrutivo. A afirmação
é de Daniel de Oliveira Nery Costa, que apresentou dissertação
de mestrado ao Instituto de Economia (IE) da Unicamp sob
o tema A Iniciativa de Integração da Infraestrutura
Regional Sulamericana (IIRSA) e o Projeto de Integração
Econômica nas Américas. De acordo com ele, o recorte
logístico proporcionado pela IIRSA reforça tanto as assimetrias
territoriais internas quanto as existentes entre as nações
do continente. Daniel foi orientado pelo professor Fernando
Cézar de Macedo Mota e contou com bolsa da Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes),
órgão do Ministério da Educação.
Segundo Daniel, a IIRSA teve origem com a Cúpula de Brasília,
em 2000. Na oportunidade, os presidentes sul-americanos
assinaram acordo para a realização de ações conjuntas
que pudessem impulsionar a aproximação política, social
e econômica do continente, tendo como foco principal a
modernização da infraestrutura regional para integração
física. Assim, a IIRSA passou a funcionar como uma espécie
de instância de coordenação das iniciativas que, nas palavras
dele, tocam questões críticas para os capitalistas. “Os
investimentos em infraestrutura transnacional colocam
uma série de questões. Como é que se coordena um projeto
que passa por dois ou mais países? Como é que se seleciona,
financia e compatibiliza esses projetos, sendo que cada
país tem o seu modelo de regulação? Como se distribui
o peso do financiamento e os benefícios?”, questiona o
autor da dissertação.
Daniel explica que a infraestrutura funciona como a ossatura
do desenvolvimento da economia de um país ou continente.
Por exemplo, em sua fase primário-exportadora, o Brasil
tinha na exportação de café e outros produtos agrícolas
o motor fundamental de seu crescimento. Assim, a atividade
econômica precisava de vetores que ligassem as regiões
produtoras do interior à capital ou ao centro portuário
exportador. “Quando se transita para uma economia baseada
na industrialização, a ossatura tem de ser totalmente
modificada para que se tenha a formação de um mercado
interno de consumo, um mercado de trabalho nacional, ligações
complementares entre setores e regiões etc. Ou seja, a
ossatura se adéqua ao sentido sistêmico da acumulação
de capital”, afirma. A IIRSA, diz, é uma tentativa de
readequar o esqueleto da região, dado o seu novo momento
econômico.
O pressuposto dessa instância de coordenação, sustenta
o economista, é criar eixos de integração e desenvolvimento.
“É uma ideia de integração problemática e de desenvolvimento
mais problemática ainda. O mote é combinar infraestrutura,
energia e telecomunicações para fazer um recorte logístico
do território. Ou seja, cria uma coerência logística ao
longo de um eixo que vai se diferenciar dos seus entornos.
De longe, os investimentos mais pesados são nos sistemas
multimodais de transportes”, detalha. Na prática, continua
ele, estão sendo criados canais de escoamento da produção,
principalmente commodities primárias, para mercados externos
a fim de adequar o território (e tudo que o constitui)
à lógica de subordinação à globalização,
Ao Norte, a intenção é facilitar a exportação de commodities,
principalmente minerais e produtos agropecuários. O mesmo
vale para o Sul, que detém a maior produtividade agrícola
do continente. “Mas não somente isso. Em relação ao Sul,
a ideia também é a de aprimorar logisticamente os mercados,
de modo a otimizar as escalas necessárias para operação
eficiente de um novo tipo de capital de alta produtividade
técnica, característico da globalização. Ao criar essa
aproximação logística, esse modelo de integração facilita
a acumulação, o que nem de longe se traduz em desenvolvimento
econômico ou virtude social”, analisa o autor da dissertação.
O Brasil, segundo ele, tem papel central nesse jogo, por
meio das ações do BNDES. “Os interesses capitalistas brasileiros
têm hegemonia na organização desses espaços. E os interesses
hegemônicos brasileiros na América do Sul são heteronômicos
em relação à globalização”.
Dito de outro modo, ao tomarem recursos subsidiados junto
ao BNDES, defende Daniel, os capitalistas brasileiros
se apropriam do Estado nacional para alavancar suas posições
no exterior, conseguindo assim conquistar outros mercados.
“Ora, o BNDES é um banco público. Teoricamente, teria
de articular os interesses nacionais para alavancá-los.
Aqui, porém, cabe uma ressalva, que vi registrada de modo
preciso no Observatório Latino-Americano de
Geopolítica. Segundo Luiz Fernando Navoa Garvón, o Brasil
está deixando de ser visto como uma economia nacional
para ser entendido como uma coleção de competências que
podem ser lançadas no mercado internacional. O BNDES é
a catapulta para esse lançamento”, diz.
O autor da dissertação considera que o tema da internacionalização
do capital está sendo colocado de maneira falaciosa, por
tentar criar a impressão de coincidências entre os interesses
nacionais e os do capital. “No nosso imaginário, a virtude
do crescimento econômico está ligada à ideologia desenvolvimentista.
Essa ideologia, por sua vez, foi criada pelo avanço da
industrialização, entre 1930 e 1970. Ocorre que esse avanço
não resolveu nossos problemas sociais no período. Agora,
chegamos a outro momento, no qual os investimentos se
desdobram em dimensão transnacional e o ganho capitalista
não tem necessariamente os efeitos de distribuição de
riqueza outrora possíveis. Numa economia tão internacionalizada
como a do Brasil, os interesses dos capitais nacionais
também se transnacionalizaram”.
Daniel entende que a integração da América do Sul é muito
complicada. A tendência, afirma, é que os discursos destaquem
o processo como uma forma de os países da região se defenderem
contra a instabilidade da globalização e de acelerarem
o seu desenvolvimento. “Eu interpreto essa integração
como a autodefesa de interesses de negócios com ativos
regionalmente localizados. A criação de blocos regionais
torna-se uma instância de defesa frente à concorrência
mundial para capitais que se apropriam dos países sul-americanos
– Estados, leis, crédito, recursos naturais, infraestrutura,
força de trabalho – para alavancar suas posições, criar
vantagens comparativas e erguer barreiras à entrada de
concorrentes. A questão não é a que pátria o capital pertence,
mas qual pátria pertence a quais capitais. Esse processo
de integração serve, portanto, para acumulação de capital.
Distribuição de riqueza no processo é não é um requisito
nem uma prioridade; esses negócios têm um impacto social
e ambiental destrutivo”, insiste.
O processo de integração, segue o economista, também
é danoso porque não representa uma ruptura. “Viemos de
uma história de subdesenvolvimento. Os interesses capitalistas
estão se alimentando desse subdesenvolvimento. Eles estão
mobilizando seus ativos políticos e econômicos dentro
de um novo contexto histórico, nada mais do que isso.
Se antes tínhamos capitais que se racionalizavam em escalas
nacionais, agora eles rompem as fronteiras e se dispersam
transnacionalmente. Nesse cenário, as esperanças mais
construtivas, criadas com a industrialização, foram relativamente
tolhidas. Se antes o crescimento econômico foi traduzido
em virtude social limitada, agora essa virtude social
será ainda menor, pois o modelo se baseia em maior exploração
da natureza, da mão de obra e do Estado, com canais de
distribuição de riqueza mais estreitos”.
Para reverter esse quadro, na opinião do economista,
são necessárias reformas profundas. “Precisamos fazer
as reformas agrária e urbana, de maneira radical, promover
a ocupação da estrutura produtiva pelos operários e dissolver
as instituições de controle social. A integração é fundamental
para a independência dos países do continente. Contudo,
somente nesse contexto de reformas ela pode atender a
esse fim. Fora dele, acredito que a única integração possível
é que está sendo realizada pela comunidade de negócios
para valorizar seu capital. Para ela, as sociedades são
ativos. E sobre ativos não se faz qualquer outro cálculo
que não o do custo-benefício”.
‘BNDES tem atuado somente no fomento
à exportação de produtos e serviços’
Em meados da década passada, o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) foi convocado pelo governo
brasileiro para financiar projetos de caráter integracionista
no âmbito sul-americano. No entanto, os recursos da instituição
têm sido aplicados para fomentar a exportação de produtos
e serviços brasileiros para os vizinhos, mas não apoiam
necessariamente os projetos de integração regional. A
constatação é da dissertação de mestrado de Diego Nyko,
defendida no Instituto de Economia (IE) da Unicamp. O
trabalho foi orientado pelo professor André Biancareli.
De acordo com o autor do estudo, ainda que não esteja
financiando diretamente os projetos de integração, o BNDES
têm ampliado significativamente os seus desembolsos para
a América do Sul. Em 2010, por exemplo, foram destinados
US$ 1,1 bilhão na linha pós-embarque para apoiar as exportações
de bens e serviços brasileiros destinados à região. Em
2001, os recursos foram cinco vezes menores, da ordem
de US$ 184 milhões. “Grande parte desse dinheiro foi destinada
para financiar obras de infraestrutura, como estradas,
todas com participação de empresas brasileiras no exterior”,
informa Diego, que é funcionário do BNDES.
Ele explica que, para se materializar, o apoio do Banco
à integração da América do Sul necessita tanto da iniciativa
das empresas nacionais, que têm de estar dispostas a participar
de um determinado projeto, quanto da vontade do importador
em querer contratar os serviços de uma construtora brasileira,
para ficar no exemplo das obras físicas. “O que é possível
notar é que está havendo uma baixíssima provocação ao
BNDES tanto de um lado quanto de outro. Dentre outros
fatores, isso ocorre por conta das dificuldades dos interessados
em cumprir certas exigências, como a apresentação de garantias”,
esclarece.
Do contrário, conforme o autor da dissertação, o banco
teria não somente disposição, mas recursos disponíveis
para financiar mais projetos. Outra questão que também
concorre para a ainda baixa participação do BNDES em iniciativas
relacionadas à integração sul-americana, ainda que de
forma indireta, é a presença de instituições regionais
e sub-regionais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID) e a Corporação Andina de Fomento (CAF), que têm
características mais adequadas para apoiar esse tipo de
ação. “Normalmente, os maiores tomadores de empréstimo
desses órgãos são os governos. Como muitos países encontram
dificuldades em buscar recursos no mercado internacional,
eles recorrem a essas instituições regionais e sub-regionais,
com as quais têm um sentido de pertencimento. Além disso,
por conhecerem bem as nações, esses bancos conseguem captar
dinheiro em condições mais favoráveis do mercado internacional,
para depois repassar para elas”.
Uma consequência dessa relação, conforme o economista,
é o estabelecimento de um circuito positivo. Ou seja,
os países da região tomam os empréstimos e dificilmente
deixam de cumprir seus compromissos, dado que são, de
alguma forma, “donos” dessas instituições. “Uma das conclusões
da minha dissertação é de que a tarefa de financiar projetos
de integração talvez seja mais adequada às características
dos bancos regionais e sub-regionais. O BNDES, seguindo
a orientação do governo federal, por meio do Ministério
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, está obviamente
disponível para analisar as demandas que lhe forem apresentadas
e a apoiar aquelas que estiverem no contexto das suas
competências”, analisa Diego.
|
|