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Congresso reflete harmonia entre universidades paulistas nas atividades de extensão

27/9/2010 – A Unicamp e mais seis universidades públicas – USP, Unesp, Unifesp, Unitau, UFABC e UFSCar – estão reunidas para o 1º Congresso Paulista de Extensão Universitária (Copex), com o objetivo de pensar de maneira harmônica as ações junto à população. A abertura se deu na noite do último dia 26, no Centro Cultural de Inclusão e Integração Social (CIS-Guanabara), com uma conferência ministrada pelo professor Targino de Araújo Filho, reitor da UFSCar, seguida de coquetel.

Paralelamente, aconteceu o 3º Congresso de Extensão Universitária da Unicamp. As mesas-redondas no Centro de Convenções e a exposição de paineis no Ginásio Multidisciplinar, intercaladas por apresentações artístico-culturais, foram até o dia 28.

A realização simultânea dos dois Congressos de Extensão Universitária visa, primordialmente, divulgar programas e projetos das instituições que prestam serviços para atender às necessidades sociais, principalmente no Estado de São Paulo. São ações que possibilitam aos alunos complementar a formação profissional atuando em situações reais, ao aplicar os ensinamentos em prol da população que tem maior dificuldade de acesso ao conhecimento, saúde e cultura.

Em contrapartida, a interação com a sociedade permite à universidade adquirir novas informações para rever e atualizar seus cursos regulares de graduação e de pós-graduação, bem como as atividades de pesquisa.

Segundo o professor Mohamed Habib, pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da Unicamp, o 1º Congresso Paulista marca uma nova etapa de um trabalho que pró-reitores de universidades públicas – estaduais, federais e municipais – vêm articulando nos últimos anos. “Havia urgência em definir o conceito correto de extensão universitária: se ela está separada ou se deve fazer parte do ensino e da pesquisa. Chegamos à conclusão de que as três atividades devem acontecer juntas, já que a missão da universidade é formar cidadãos qualificados e gerar conhecimento para servir à sociedade. A extensão universitária é uma militância pelo sonho de transformar o Brasil em um país melhor”.

Habib afirma que as universidades parceiras passaram a pensar de forma harmônica para construir projetos concretos e eficazes para a população. “O passo seguinte foi identificar as demandas da sociedade paulista, já que estamos num país continental e há diferenças regionais. Também buscamos o que existe em comum entre essas universidades, preservadas as características e a cultura de cada uma – sendo que estamos totalmente abertos também para as não-públicas. A ideia é que de cada mesa do congresso saia um documento, que servirá de instrumento para elaborarmos as etapas seguintes”.

Eixos temáticos – Lisandro Pavie Cardoso, docente do Instituto de Física da Unicamp e coordenador do congresso, explica que as mesas-redondas giram em torno de oito temas: comunicação, saúde, trabalho, tecnologia, cultura, meio ambiente, direitos humanos e educação inclusiva. “São as áreas temáticas direcionadas pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão de Universidades Públicas Brasileiras (Forproex). Fora dos eixos temáticos, um debate bastante importante será sobre “A instituicionalização e financiamento da extensão universitária em interface com a pesquisa”. Dele participam os professores Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp, e Mário Neto Borges, presidente da Fapemig (MG)”.

José Eduardo Ribeiro de Paiva, diretor da RTV Unicamp, participaria da mesa sobre “A democratização da comunicação e a extensão universitária”. Ele destacou o esforço necessário para fazer com que a TV universitária realmente se comunique com a sociedade de forma efetiva. “Não é apenas uma questão de democratizar a produção, mas de democratizar também o acesso – e o cabo não é democrático. A RTV trabalha para conseguir um sinal aberto, o que é um processo difícil e custoso. Uma alternativa que vem dando bons resultados é o circuito interno; outra é a TV Web, que vamos colocar no ar até o final do ano”. Um dos debatedores da mesa sobre “As interfaces da saúde e extensão comunitária” foi Roberto Teixeira Mendes, docente da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e coordenador do Centro de Saúde da Comunidade (Cecom) da Unicamp. “É um tema muito amplo, tanto que a própria Constituição define a saúde como decorrente das condições de vida, trabalho, transporte, educação, moradia etc. Por isso, vou delimitar minha fala às interfaces mais importantes como a inserção da extensão dentro do curso de graduação, dando alguns exemplos das atividades que promovemos”.

(Luiz Sugimoto)




 
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