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..Campinas, de 1 a 7 de Outubro de 2001

Eunicamp
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NESTA EDIÇÃO
.Institucional - pág. 2 .Teses - pág. 8
.Integração - pág. 2.Comunidade - pág. 9
.Cidadania - pág. 3.Atendimento - pág. 9
.Tecnologia e Saúde - pág 3.Meio Ambiente - pág. 10
.Educação - pág. 4.Alimentação - pág. 10
.Profissionalização - pág. 4.Artes Plásticase - pág. 11
.Painel da semana - pág. 5.Lançamento - pág. 11
.Em dia e Inscrições - pág 6

.Personagem - pág. 1

.Oportunidades - pág. 7.Cinema - pág. 12
.Eventos futuros - pág. 8 .Teatro - pág 12
 
...COMUNIDADE
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Projeto desperta cidadania em jovens
Eunicamp



“Idéia vai, idéia vem,
Paro, penso, reflito...
Para que tanto preconceito, tanta violência,
Tanta ignorância?
...o mundo é justo, injusto é quem vive nele,
quem o destrói, quem o estraga,
mas um dia isso vai mudar”

Talita de Souza Alves


Se entre os objetivos principais do Projeto Memória, educação não-formal: trabalho com adolescentes na Vila Costa e Silva” estava o de despertar e fortalecer o sentimento de cidadania, identidade e pertencimento social, os organizadores do projeto podem ficar satisfeitos. Os trechos de letras de música e poemas e os textos redigidos para a primeira edição do Jornal da Costa e Silva, redigidos por adolescentes entre 12 e 17 anos que participaram do projeto, demonstram que os alunos não só aprenderam mas também deixaram aflorar a percepção que já tinham da tão falada cidadania.

Como avaliar um projeto capaz de reunir 72 meninos e meninas e transformá-los em verdadeiros pensadores, escritores, líderes, compositores, pintores, fotógrafos? Que conceito dar a uma iniciativa que transforma o tão marginalizado e rejeitado hip hop em fonte de pensamento e, ao mesmo tempo, descobre nele uma inesgotável fonte de conhecimento e consciência política? O projeto “Memória, educação não-formal”, iniciado em 2000 por uma equipe coordenada pela professora Olga Von Simon, diretora associada do Centro de Memória da Unicamp, leva um grupo de adolescentes da Vila Costa e Silva a descobrir a importância de absorver conhecimento por meio das coisas disponíveis em seu próprio meio. Batizado informalmente de “Identidade na Quebrada”, o projeto tem, entre muitos objetivos, promover a integração social, proporcionar meios de aprendizado profissional e de mobilização da comunidade.

O resultado da proposta se revela em fotos, jornais, apresentações, letras de música, artigos produzidos pelos jovens durante as oficinas de jornalismo, fotografia, informática, história oral, memória histórica, criatividade e cidadania. Todo o material produzido pelo grupo, segundo a professora Olga Von Simon, foi adquirido por meio de entrevistas realizadas com moradores antigos do bairro, o que despertou nos aprendizes um interesse pelos assuntos relativos a seu bairro.

As oficinas foram ministradas de março a junho de 2001, na Paróquia São Benedito, por Amarildo Carnicel, Zula Giglio, José Roberto Gonçalves, Paulo Lapa, Hélio Costa Júnior, Irene Barbosa, Alessandra Bagatim, Maria Lucia Rangel Ricci, Ana Célia Garcia de Sales e Adriano Bueno da Silva e Freddy. Nas palavras dos estudantes, as oficinas ajudaram-os a conhecer melhor o bairro em que vivem e a melhorar o rendimento escolar.

A professora Olga Von Simon afirma que um dos principais objetivos era oferecer aos adolescentes a chance de participar de atividades diferentes das desenvolvidas na escola, num período contrário ao das aulas. O intuito de Olga era atrair jovens estudantes negros em situação de risco, com a possibilidade de ser expulso da escola ou atrasado em relação à idade escolar. O interesse, porém, foi manifestado por mais de 120 adolescentes, entre os quais 30% eram negros, a maioria era branca. Ao contrário dos critérios normalmente adotados em outras seleções, entre os entrevistados pela equipe, foram escolhidos os da raça negra, fora ou em atraso na escola ou com problemas no aprendizado. Segundo Olga, a equipe privilegiou a Vila Costa e Silva, depois, a Miguel Vicente Cury.

As oficinas privilegiaram temas associados à cultura popular, como a escola de samba Estrela D’Alva, a campeã do carnaval campineiro, espaços de futebol, semana santa. Na opinião de Olga Von Simon, o projeto melhorou a integração entre estudantes negros e brancos. O projeto iniciou com 20 jovens negros que se dispuseram a percorrer todas as salas de aula convidando os colegas a participar do projeto. Para despertar o interesse dos adolescentes, a professora iniciou o projeto com a oficina de hip hop, por saber que é um tema que atrai pessoas dessa faixa etária. Olga garante que uma pesquisa sobre o hip hop revela que as raízes do hip hop vêm de jamaicanos que vivem nos Estados Unidos.

Na opinião de Olga, a primeira etapa do projeto conseguiu valorizar a vertente negra do bairro; desmistificar o hip hop e mostrar que o espaço da universidade é um espaço aberto. Para a realização das oficinas, a equipe contou com a doação de computadores da Unicamp e da Bosch e móveis usados da Faculdade de Educação. A verba no valor de R$ 4,5 mil concedida pelo Comitê da Cidadania dos Empregados da Caixa Econômica Federal foi essencial para a realização do trabalho. O sucesso da primeira etapa das oficinas estimulou o grupo a pensar em uma segunda edição do projeto, mas a expectativa é de que outras entidades se espelhem na iniciativa do Comitê da Cidadania, formado por funcionários da Caixa, em apoiar o projeto.

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...ATENDIMENTO
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Pediatria festeja o Dia das
Crianças com atividades

A Equipe Multidisciplinar da Enfermaria de Pediatria – apoiada pela Associação Viva e Deixe Viver e Grupo Hospitalhaços – estará organizando uma série de atividades no HC alusivas ao Dia das Crianças. A programação, com a presença dos pacientes internados na Enfermaria de Pediatria (4o andar), pais, visitantes, funcionários e voluntários, inicia dia 5, às 12h30, com uma festa, na própria Enfermaria (programação completa abaixo).

Segundo a diretora da enfermagem pediátrica, Maria Isabel Costa Melo, uma das organizadoras, as atividades visam oferecer ludismo e descontração para os participantes. “Nós promovemos todo ano quatro festas fixas: Festa Junina, Páscoa, Dia das Crianças e Natal. A intenção é valorizar o lado saudável das crianças, ainda que dentro de um hospital. A saúde deve predominar sobre a doença”, reforça Maria Isabel. Outras informações: telefone 3788-7576 ou e-mail micmelo@uol.com.br.

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Dia 8/10, às 15 horas: Escultura de bexigas – Daniel F. Cruz
Dia 9/10 - 12 horas: Almoço de confraternização pastor Francisco Motta; 15 horas: Coral da 3M
Dia 10/10, às 10 horas: Dança – Cléo Decico
Dia 11/10/01 - 12h30: Apresentação do Coral Vozes – da Área da Saúde; · 15 horas
Apresentação circense – participação do Instituto de Artes
Dia 19/10, às 14 horas - Ventríloquo – pastor José Arno

 

 
 

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