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..............Campinas, 12 a 18 de Novembro 2001

Unicamp
Unicamp
...Bioterrorismo - pág. 2   ...Oportunidades - pág. 7
...Breves - pág. 2 ...Eventos Futuros- pág. 8
...Simpósio - pág. 3 ...Teses - pág. 8
...Campanha - pág. 3 ...Arte e Serviço - pág. 9
...Saúde - pág. 4 ...Imagem - pág. 10
...Educação e Cire - pág. 4 ...Lançamento - pág. 10
...Painel da semana- pág. 5 ...Língua - pág. 11

...Em dia- pág. 6

...Cotil - pág. 11
...Inscrições - pág. 7 ...Pessoas - pág. 12
Unicamp
....BIOTERRORISMO
Unicamp
Perigo no ar

A ameaça de ataques terroristas por meio de armas biológicas é mais preocupante diante do potencial bélico existente em vários países e do poder de contaminação de alguns agentes patogênicos. A qualidade do antraz contido nos recentes atentados por correspondências nos EUA nem se aproxima do produto desenvolvido na Rússia, onde um acidente com apenas um grama de antraz geneticamente desenvolvido causou a morte de 68 pessoas nas imediações do laboratório Biopreparat em 1979, que já foi dos mais modernos do mundo e também realizou experiências genéticas para aumento da virulência do Ébola e varíola. Considera-se arma biológica todo agente capaz de causar doença ou morte em indivíduos. Apenas uma pessoa contaminada pela varíola poderia matar milhares de outras simplesmente ao passear por um sistema de metrô de grandes cidades.

A varíola, causada pela toxina botulínica, foi praticamente extinta no mundo todo através da vacinação, mas atualmente existem poucas pessoas imunes e a substância existe armazenada em muitos laboratórios. Outras doenças, como a Tularemia e o vírus Ebola, podem ser manipuladas para contaminar as pessoas. As informações são da infectologista da Unicamp Maria Luiza Moretti Branchini, que abordou em palestra no Caism no dia 1º de novembro, a história do Bioterrorismo, as armas mais prováveis para utilização nesta área, riscos e estado clínico de pacientes contaminados.

A palestra originou de sua tese “Doenças Infecciosas, perspectivas e tendências”, defendida pouco antes dos ataques terroristas. Segundo Maria Luiza, desde os primórdios da humanidade existem registros de uso de armas biológicas nos conflitos humanos. Antes da teoria dos germes, gregos, romanos e persas colocavam cadáveres para contaminar o inimigo. Na era medieval eram usadas catapultas com cadáveres que tinham a peste bubônica. O que eles não sabiam é que a peste é transmitida por pulgas, o vetor natural, e não por pessoas contaminadas. Os ingleses no século 18 usavam lençóis contaminados por varíola para exterminar os índios americanos, acertadamente, porque o vírus se propaga pelo ar e o depósito é o indivíduo doente.

“No mundo todo são realizadas experiências com armas biológicas. Pelo menos 12 países possuem comprovadamente armas biológicas, entre eles o Iraque, que sintetizou o bacilo antrhacis”, afirma Maria Luiza. Alguns agentes precisam ser produzidos especialmente para se tornar infectante. O antraz enviado para o Senado dos EUA foi geneticamente desenvolvido para não aglutinar e se espalhar melhor pelo ar. A forma de disseminação mais comum é aérea, por vaporizador agrícola, o que explica a proibição de vôos de pulverização nos EUA depois dos atentados. Entre as toxinas que podem ser usadas como arma química uma das mais viáveis para os terroristas é mesmo o antraz, devido ao baixo custo, relativa facilidade de armazenamento, requer pouco conhecimento e é de difícil prevenção. Não transmite, no entanto, de uma pessoa para outra.

No caso da varíola, o início de uma epidemia geraria um movimento mundial de vacinação e poderia ser debelada novamente. A tularemia exige um vetor, as pulgas, para se propagar. Na esteira da ansiedade coletiva sobre informações de ataques biológicos, a Unicamp está programando para dia 13 de novembro palestra de Ronan José Vieria sobre a guerra química e no dia 06 de dezembro tem início uma série de eventos abordando o bioterrorismo.

 

....BREVES

 

Engenharia de Alimentos – Representantes de aproximadamente 40 faculdades de engenharia de alimentos de todo país estarão reunidos no dia 14 (quarta-feira), no Centro de Computação da Unicamp, para o 3o Fórum Nacional de Co-ordenadores do Curso de Engenharia de Alimentos. O Fórum será uma oportunidade para discussão e troca de experiências com o objetivo de alcançar uma melhoria contínua na formação dos alunos através do aprimoramento dos processos administrativos, acadêmicos e pedagógicos. Os assuntos a serem abordados são: aplicação da LDB (inclusive Diretrizes Curriculares), desen-volvimento do Projeto Pedagógico e do Plano de Curso. As discussões serão transmitidas por um programa de vídeo-conferência no endereço www. ead.unicamp.br.

Drogas – A Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários realiza no dia 14 (quarta-feira), às 10 horas, a palestra “Uso de Álcool e Outras Drogas na Universidade”. A palestrante, professora Florence Kerr-Corrêa, da Faculdade de Ciências Médicas da Unesp, implantou recentemente o projeto da redução de consumo de álcool entre estudantes da Universidade que leciona e possui significativa experiência nesta área. A programação faz parte do Programa de Redução do Uso de Substâncias Psicoativas na Unicamp. Toda comunidade pode participar, mas o evento é dirigido especialmente aos pró-reitores, diretores, dirigentes da administração e representantes docentes, discentes e de funcionários nos colegiados da Universidade. Informações: 3788-4714.

Energia – A Coordenadoria Geral da Universidade e o Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (Nipe) promovem no dia 13 (terça-feira), às 9 horas o Se-minário “Energia”. O evento acontecerá no Auditório da Faculdade de Engenharia Mecânica, bloco ID 2. Estarão presentes os professores da FEM Gilberto Januzzi e Sérgio Bajay que falarão sobre “Fundo Setorial de Energia Elétrica: Diretrizes Gerais” e “Formulação de Políticas Públicas e Plane-jamento Energético no Ministério das Minas e Energia”, respectivamente. Atual-mente Januzzi presta trabalhos no Ministério da Ciência e Tecnologia e Bajay no Ministério das Minas e Energia. Informa-ções: 3788-4951.

 
 
 
 
 

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