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..............Campinas, 12 a 18 de Novembro 2001

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...Bioterrorismo - pág. 2   ...Oportunidades - pág. 7
...Breves - pág. 2 ...Eventos Futuros- pág. 8
...Simpósio - pág. 3 ...Teses - pág. 8
...Campanha - pág. 3 ...Arte e Serviço - pág. 9
...Saúde - pág. 4 ...Imagem - pág. 10
...Educação e Cire - pág. 4 ...Lançamento - pág. 10
...Painel da semana- pág. 5 ...Língua - pág. 11

...Em dia- pág. 6

...Cotil - pág. 11
...Inscrições - pág. 7 ...Pessoas - pág. 12
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....IMAGEM
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Saga de Rondon é transformada em tese

Primeira tese de doutorado na área de Antropologia Visual pela USP, o tema fotografia acabou se transformando em livro. Trata-se de A Imagética da Comissão Rondon — Etnografia Fílmica Estratégica, do professor Fernando de Tacca, que acaba de ser lançado pela Editora Papirus. Pertencente à coleção Campo Imagético, a obra apresenta a produção imagética do que se passou a chamar Comissão Rondon, analisando-a como uma construção da imagem “oficial” do índio brasileiro na estratégia de ocupação do Oeste e das fronteiras nacionais; além disso, o estudo forma uma etnografia visual sustentada na formação de uma imagem-conceito do índio. Imagem-conceito que, segundo Fernando de Tacca, superpõe a idéia do índio como selvagem, “pacificado e civilizado do início ao fim dos trabalhos do cineasta e fotógrafo Major Thomaz Reis estendendo-se após a sua morte com a publicação por Cândido Mariano da Silva Rondon de séries fotogramáticas elucidativas da relação que se estabeleceu entre eles”.

São imagens que correspondem à tipologia estabelecida na época para classificar as sociedades indígenas. “O ponto de partida para a compreensão das significações são as próprias imagens em si, na procura do olhar enunciador do produto sígnico”, diz Fernando. A análise contida no livro baseia-se principalmente em dois produtos da Comissão Rondon: os filmes originais (de 1917 a 1938) e os livros da série Índios do Brasil, em três volumes, publicados respectivamente nos anos de 1946, 1953 e 1956. Outros documentos são citados e utilizados, como os relatórios de viagem, as conferências e biografias dos personagens desse empreendimento.

O contexto imagético da Comissão, diz De Tacca, formou intertextualidades imbricadas umas nas outras que permitem desvendar informações que não estavam presentes somente em um dos produtos — os livros ou os filmes. “Rondon e Reis formam um único e inseparável olhar articulado que fornece visibilidade das diferenças étnicas e de contato no Brasil daquela época e responsável por permanências sígnicas do imaginário brasileiro no roteiro entre a imagem do selvagem ao integrado até os dias de hoje”, explica o professor Fernando de Tacca.

 

....LANÇAMENTO

 

Livro mostra relação entre ciência e mídia

Por que a ciência é notícia na mídia? Esta é uma das muitas questões analisadas no livro Produção e Circulação do Conhecimento — Estado, Mídia, Sociedade (Pontes), que está para ser lançado no mercado. A obra, organizada pelo professor Eduardo Guimarães, do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp, tem como principal proposta divulgar e fazer circular pela mídia o conhecimento científico produzido pelo Núcleo de Jornalismo Científico do Nudecri. Discute ainda a relação do Estado com a produção de conhecimento, além de refletir sobre “as relações da mídia com a sociedade, com o Estado e com a ciência.” O primeiro volume da obra, com 269 páginas, contém catorze textos de doze autores — jornalistas, pesquisadores e professores ligados à área da pesquisa científica.

Os artigos contidos no livro estão organizados em três partes. A primeira, A ciência como notícia, traz estudos sobre o que faz um acontecimento da ciência transformar-se em notícia para a mídia e sobre o processo discursivo que caracteriza a divulgação científica. A segunda, Produção de conhecimento e Estado, se dedica ao estudo das políticas científicas na sua relação com a mídia e a sociedade. Numa terceira parte, Jornalismo científico, a obra investiga o jornalismo científico brasileiro, “tanto de modo geral, quanto de estudos mais específicos, que incluem a apreciação de certas experiências de divulgação científica por meio eletrônico”. Conforme diz o professor Guimarães, no texto de apresentação de Produção e Circulação do Conhecimento, “os estudos aqui publicados mostram a distribuição dos veículos de comunicação (jornal, revista, rádio e televisão aberta e por assinatura) pelas regiões brasileiras e quais desses veículos tratam de divulgação científica.

Aspectos que são postos no trabalho ‘Mapeamento da Mídia no Brasil: potencial para a veiculação do jornalismo científico’. A publicação do livro foi financiada pelo CNPq, por intermédio do Pronex (Programa de Núcleo de Excelência), em colaboração com o Núcleo de Jornalismo Científico. O livro tem artigos assinados por Eduardo Guimarães, Eni Orlandi, José Horta Nunes, Claudia Pfeiffer, Telma Domingues da Silva, Clarinda Rodrigues Lucas, Carlos Vogt, José Marques de Melo, Célia Chaves, Wanda Jorge, Vera Regina Toledo Camargo e Mônica Macedo.

 
 
 
 
 

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